é goleada tricolor na internet
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Publicada em 4 de maio de 2018 às 13:03 por Autor Genérico

Autor Genérico

Sensato e objetivo

No Bahia das arquibancadas e redes sociais, a ansiedade do torcedor não tem limites e isso deve-se à paixão que move o futebol, o que acaba “atrapalhando” de alguma forma o trabalho de uma diretoria que afinal vem se conduzindo bem à frente do clube. No meu modo de ver, o Bahia está bem planejado e com um elenco que seguramente figura entre os dez melhores do Brasil. Eu não trocaria, por exemplo, esse elenco tricolor pelo do Vasco da Gama e nem pelo do Botafogo, isto só para citar alguns entre os chamados “grandes clubes”.

Trabalho bem planejado não aparece com resultados imediatos. Ele vai se solidificando através do entrosamento e da conscientização entre as pessoas de que a disciplina revela profissionais capazes de transcender fronteiras. Isso chega ao elenco profissional do clube de forma tal que possibilita que a prática o transforme do meio da jornada para a frente num grupo homogêneo dentro e fora do campo de jogo. É o médio/longo prazos que dá a consistência necessária ao desempenho em alto nível do time em campo e também na convivência cotidiana.

Times de futebol necessitam indiscutivelmente de lideranças dentro e fora das quatro linhas e cabe aos seus gestores técnicos serem esses líderes, bem como também identificar líderes entre os seus comandados e os capacitarem. Nesse ponto é que tiro o chapéu para Guto Ferreira, que tem como qualidade a própria convicção daquilo que faz com intensidade e muita transpiração. Guto não é um treinador imediatista, ele trabalha visando um futuro mais consistente. Agora, fazer isso em time de massa é complicado e requer paciência de Jó, porque a pressão, às vezes, ultrapassa a razão.

Nessa mesma linha de coerência segue Bellintani dentro do seu estilo diagonal de administrar o clube como empresa. É desse patamar que o presidente tricolor enxerga, gere, delega e cobra resultados, porque a sua visão lhe permite alcançar todo sistema comandado por ele, que disse em entrevista: “A cautela no ato de trazer jogadores para o elenco se dá pelo motivo de a diretoria acreditar que uma contratação feita sob pressão serve apenas para satisfazer o desejo imediato da torcida e transferir a responsabilidade do presidente para o jogador contratado”.

Sensato e objetivo o modo de pensar do presidente do Bahia. Não se corrige possíveis necessidades de um time fazendo anotações e contratando em cima das coxas – se me permitem. A diretoria tricolor adotou uma filosofia de trabalho que repercutiu forte nas divisões de base – mantenho minha opinião anterior sobre a forma como se pensa atualmente no Bahia as divisões inferiores -, mas reconheço entretanto que foi uma decisão da convicção administrativa e empresarial, o que tem de ser respeitado.

Parto do princípio de que cada gestor tem um modelo peculiar na forma de administrar, e, se um determinado modelo, na visão desse gestor, está antiquado, então nada mais natural que dar uma guinada para corrigir o rumo. De nada adiantaria uma troca de comando a cada três anos se não fosse para oxigenar o clube, por isso mesmo que autorizado pelos sócios através das urnas o presidente tricolor tem implantado novos conceitos administrativos fazendo valer o sistema presidencialista do clube que o credencia a fazer as mudanças que ele achar que são para o bem do Bahia e da sua Nação.

O nível da paixão é tão alto que ontem, 3 de Maio, contra o Botafogo da Paraíba, a torcida vaiou muito o time, que diga-se à favor da verdade, jogou bem e mostrou muita disposição dentro de campo, apesar de ser um time que não vem jogando como titular, à exceção de três atletas. Flávio – grata surpresa – jogou pela primeira vez no time e mostrou técnica refinada em alguns lances. Zé Rafael perdeu pelo menos uns três gols desses chamados “feitos”, e isso muda eventuais conceitos da torcida durante um jogo.

O fato real é que alguns jogadores ainda não entraram na forma ideal, o que certamente acontecerá com o decorrer dos jogos. Assim como fala o presidente do Bahia, também acho que nem sempre contratação imediatista é solução de problema, mesmo porque a política de contratar jovens desconhecidos para a categoria de Aspirantes pode revelar excelentes jogadores.

GUTO FERREIRA

Meus pêsames e sinceros sentimentos pelo falecimento da sua digníssima senhora mãe. Que o tempo cure as dores dos corações de toda a família, embora as saudades a partir de então sejam permanentes. Creio que toda a Nação Tricolor está consternada e espiritualmente contigo.

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