Preciso compreender melhor a teoria dos entendidos fisiologistas, preparadores físicos e treinadores de futebol que têm cuidados excessivos com os jovens jogadores egressos da base de formação de atletas dos clubes, especialmente os do Bahia, que efetivamente relutam mais que os outros clubes para lançar o jogador no time de cima…
Historicamente, o Bahia sempre formou times campeões com jogadores prata de casa, e isso não é preconceituoso, é constatação. Em 59/60, o Bahia foi campeão brasileiro com um time jovem e quase todo formado por jovens baianos. Em 1988, repetiu a dose com no mínimo 40% dos jogadores, que compunham os times da campanha vitoriosa, formados na Base.
Muito bem. Em 2011, o Bahia fez a excelente campanha com o time júnior na Copa São Paulo, sendo até aqui único do Norte/Nordeste a chegar a uma final da competição. Dudu, Madson, Fábio, Jussandro, Rafael e mais outros já vieram prontos para o time profissional, se deles o técnico precisasse. Mas que nada! Os treinadores que passaram pelo Bahia desde aquela época só divagavam nos discursos, mas coragem que é bom para colocar os garotos, não houve em nenhum deles.
A lateral direita e esquerda, respectivamente, será composta amanhã, contra o Inter de Porto Alegre, por Madson e Jussandro, genuinamente tricolores, graças à competência e coragem do técnico Jorginho, que sabe muito sobre o potencial dos juniores. Por onde passou, Jorginho trabalhou muito bem a Base e, se aqui ele continuar para 2013, a torcida pode esperar o descobrimento de muitos talentos.
É muito mais fácil se formar uma equipe ao seu modo que ter de trabalhar vícios, e, pior, controlá-los. Não estou me referindo de forma específica, apenas apelando para exemplos. Certamente que muitos jogadores ao fim desta temporada não ficarão no Fazendão, então será a vez, segundo critérios de Jorginho, de ele adicionar em volume maior, a prata ao ouro.
Sei que ainda é cedo para avaliar, mas pelo seu discurso, conhecimento da função como um todo e saber como lidar com a personalidade de cada jogador do seu elenco, Jorginho é o que mais se aproxima da categoria indiscutível e insofismável de Evaristo de Macedo o Mestre.
Não vou muito longe para concluir sobre o técnico do Bahia. Ele colocou Jones para jogar futebol e ao mesmo tempo colocou oito milhões de pulgas atrás da orelha dos tricolores quando foi anunciada a titularidade do mesmo. Alguém ficou aliviado ao ver Jones se machucar e não poder ir à Porto Alegre? Duvido!
Há menos de 30 dias, a fotografia que a torcida mais desejava ver era a de Jones pelas costas, claro em direção ao aeroporto com a mala na mão… Aliás, quase acontece, pois o Ceará o quis, mas o jogador não quis, para tristeza (…) do torcedor tricolor à época. Mas hoje esse mesmo torcedor considera como perda séria para o Bahia, Jones não enfrentar o Internacional.
Isso é o futebol com suas peculiaridades aliadas ao imponderável que faz o torcedor cravar os dedos nos cabelos e submeter as unhas à raiva dos dentes. Ou então o faz sair do oito para oitenta na hora do gol.
Marcelo Filho e Angioni, ah se vocês surfassem na mesma onda do torcedor… Certamente teriam mandado embora mais de meio time do Bahia. A pressão estava grande e as notícias de racha eram as mais diversas, pitorescas e imaginárias possíveis, sobre os bastidores do Bahia. Imagino o que não estariam falando agora sobre vocês se esse problema com Souza tivesse acontecido antes uns trinta dias…
Felizmente está aí o São Jorge, salvador da diretoria, do Fazendão, dos jogadores especialmente do Souza , do ônibus etc. & tais… O Bahia agora navega em céu de brigadeiro e todos os passageiros seguem tranquilos e sem sustos. Pequenas turbulências podem acontecer, é natural em longos percursos, mas o comandante saberá usar muito bem os recursos dispostos na aeronave.
Vamos ver como o comandante Jorginho e seus tripulantes se comportam no pouso sobre um Beira Rio meio que destruído e meio que em reconstrução, circunstancialmente.
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