é goleada tricolor na internet
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Publicada em 14 de maio de 2023 às 11:39 por Djalma Gomes

Djalma Gomes

Saiu do casulo e ganhou asas

O salto que o Bahia deu ao ser adquirido pelo maior conglomerado de futebol do mundo, é imenso. Finalmente amanheceu para o Bahia, raiou o Sol. Revela-se à frente uma Free-way por onde viajará esse gigante juntamente com a sua torcida – como bem sugeriu Ferran Soriano, CEO do Grupo. O Bahia é um projeto para a geração de um Século e, sendo assim, foram-se as nuvens negras que anunciavam tempestades e as sombras das incertezas superadas para muito além delas. Enfim, uma notável metamorfose aconteceu e o Tricolor saiu do casulo e ganhou asas. 

Não sou um vendedor de ilusões, pelo contrário, apenas expresso a minha expectativa sobre o porte do futuro que espera pelo Bahia, pelo que vejo no presente. Os resultados obtidos pelo time de futebol até então fazem parte de um processo evolutivo de acordo com tudo que tem princípio com objetivos definidos.  

Nesse novo patamar no qual o Bahia se encontra abrem-se também as janelas para a preocupação dos adversários pela concorrência que terão em relação ao mercado, bem como nas classificações para estar em competições internacionais. Isso vai mais além quando se trata de adversários que se debatem nas divisões inferiores ao sentirem quão distante estarão do Bahia. Então movidos por sentimento de frustração passam a odiar o Bahia. 

O meio para o crescimento sustentado na certeza de um futuro brilhante não combina com a inveja que invade sem nenhum pudor com a ética a incapacidade de alguns dirigentes adversários. Esses, deveriam buscar conhecer a causa do êxito de uma grande negociação do seu “inimigo”, feita pela competência inconteste de quem montou no cavalo selado quando esse passava, ao invés de preferir dividir suas frustrações com suas próprias dificuldades de entender e copiar o que é certo. Além da falta de afinidade com a ética e a razão, é claro – mal sabem os incautos que a única coisa que quando dividimos, aumenta, é o conhecimento. 

Estado do pensamento tupiniquim à parte, é de fundamental importância que saibamos dissertar sobre meios e fins, entendendo-os respectivamente como ferramentas e objetivos a serem alcançados. O resultado será uma saudável interação entre torcida e Instituição – o momento da transição final entre o antigo e o novo Bahia, com a solicitação de uma cumplicidade entre SAF e torcida, foi o que mais chamou atenção deste escriba. O raciocínio é tão simples quanto lógico, porquanto entramos numa via sem volta e tudo quanto precisamos é entrelaçar as mãos e seguir – o General que convocou a nação Tricolor para seguir com ele, conhece muito bem o caminho do campo das batalhas. 

Entretanto, nada é um mar de rosas porque percalços acontecem e um desses tem sido o treinador Renato Paiva, que insiste em não exorcizar o espírito de Carl Barks – criador do personagem Professor Pardal, para Walt Disney. Renato não está sabendo lidar com a sensatez, pois, não define um time titular e a cada jogo entra com um onze diferente. É necessário dar uma identidade ao time Tricolor para que a própria torcida avalie mais o comportamento desse time do que o do treinador. Por exemplo, não entendo Yago ser titular em detrimento de Nicolás Acevedo, não atualmente, e nesse ponto o vilão passa ser o treinador. 

Contra um Santos F.C. cheio de problemas internos, como atrasos salariais, jogador envolvido com o ilícito e treinador ameaçado de dispensa, Renato Paiva achou que poderia ganhar quando e como quisesse, e inventou desastradamente. Com esse espírito pardalista mexeu na estrutura do time que vinha ganhando e o resto já sabemos. Alguém precisa contar para Renato Paiva que o Bahia é um estado de espírito para o seu torcedor e não para o treinador. 

A autossugestão é um processo em que você pode treinar sua mente para acreditar em algo, favorecendo o alcance dos seus objetivos. Trata-se de uma ação consciente com o objetivo de atingir o subconsciente por meio de repetições, levando a uma mudança de pensamentos e comportamentos, mas isto tem consequências, boas ou más. No caso de Renato Paiva, suas crenças têm sido infelizes em algumas oportunidades e isto, mais cedo ou mais tarde, vai acabar causando a sua demissão se não mudar suas atitudes como treinador, é claro. 

Há tempo para mudar de patamar mental por parte do treinador do Bahia, mas ele precisa querer mudar. O torcedor não quer saber das explicações outrora convincentes e atualmente rechaçadas veementemente. Em time que está ganhando não se mexe. O Bahia é um clube de massa e o maior aliado do treinador é a própria torcida. Ou não. E esta última hipótese é a pior para um treinador, meu caro Renato Paiva. Portanto, escala o onze certo porque o resto o time faz em campo, assim como fez contra o Flamengo, que apesar da derrota com influência do Árbitro, saiu de campo calorosamente aplaudido. 

VERGONHA NACIONAL 

Muito triste ver jogadores profissionais compactuando com o crime e acabando com suas carreiras. Os mais velhos aliciando os mais novos e o exército bandido ganhando corpo no futebol. Esse é o retrato de um Brasil desmoralizado, gigante na corrupção que vai estendendo seus tentáculos em quase todos os segmentos. 

“Só o homem é o arquiteto do seu próprio destino. A maior revolução em nossa geração é que o ser humano, modificando as atitudes mais íntimas da sua mente, pode modificar aspectos exteriores da sua vida” 

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