é goleada tricolor na internet
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Publicada em 21 de julho de 2011 às 00:00 por Autor Genérico

Autor Genérico

René Simões

Voltam a falar que se René Simões não ganhar contra o seu ex-clube, o Coritiba, possivelmente cairá do cargo – isso, caso viesse a acontecer, seria por parte da diretoria do Bahia o mesmo que dar atestado de subserviência e medo aos setores que querem ver o Bahia em desgraça. Não faria nenhum sentido tal absurdo, porque técnico com a competência que tem René não há disponível nem aqui e nem no último reduto do Brasil! Apontem-me um, sequer.

Faz tempo que não vejo o Bahia com esquema tático e padrão definidos como tem agora. Um time sem medo e bastante inteligente à semelhança do seu comandante. Poder começar um jogo com um esquema e, quando necessário, criar variantes com a mesma eficiência, tem deixado os adversários sem opções e acuados. Porém, se Jóbson brinca de fazer bonito na frente do goleiro, se Júnior não consegue fazer as pazes com o gol, e se a bola insiste em não entrar, o problema está em René?

O que todos dizem, sem exceções, após cada jogo do Bahia? “O time jogou demais e não mereceu esse resultado adverso, o Bahia acuou o adversário”… Esta é a maior prova de que o técnico do Bahia trilha o caminho certo. Isso mostra que só está faltando aquele algo mais na frente que é empurrar a bola pra dentro.

O Bahia se defende dentro de uma média razoável e penetra na área adversária a todo instante, mas peca nas finalizações e isso não é culpa do técnico que treina seus jogadores à exaustão. Não foi à toa que trouxeram Reinaldo, numa clara demonstração de preocupação com a posição de centroavante no elenco. E não venha me dizer que a bola não chega aos homens de área… Chega, e chega com qualidade!

O Vasco da Gama está em quinto lugar com 15 gols a favor e 14 contra. O Bahia está na décima sexta posição, com 12 gols pró e 14 contra. A diferença entre os dois é a maior eficiência do ataque vascaíno, em relação ao ataque tricolor. Hipoteticamente, o Bahia ultrapassaria o Vasco com apenas duas vitórias – o Bahia fez seis jogos fora e quatro em casa.

“Tem de contratar um centroavante de primeira grandeza”. Escuto. Também pergunto: quem? Qual? A Seleção do Brasil não tem e não é por culpa de Mano. Não tem porque não há no Brasil nenhum com o brilho que merece a Seleção. Lá, como aqui, não aparece um Ronaldo Fenômeno a todo instante, e nem um Beijoca a cada 20 anos.

O mal é que são poucos os militantes na imprensa que enxergam os fatos na sua essência para daí gerar a notícia. Ao contrário, querem criar a notícia, e notícia não se cria porque ela advém dos fatos. Então, as coisas são feitas de acordo com os olhos da conveniência de cada um em detrimento da própria consciência profissional, e René é um bom assunto para especulações maquiavélicas e injustas.

A cultura e a inteligência fora desse núcleo incomodam muito, porque alguns cronistas se sentem acima do bem e do mal. René é um sujeito culto e inteligente que usa essa ferramenta em pró do seu trabalho, do clube e do elenco que dirige, da forma mais rica possível. A imprensa prefere mais o estilo brincalhão de Joel Santana para usá-lo como bem lhe convier.

Quando René jogava com dois volantes, dentro e fora de casa, diziam que aquilo era suicídio. A partir do jogo com o Fluminense, ele colocou três volantes. Agora dizem que ele tem de jogar com dois volantes… Ora, será que René está sabendo menos que as pessoas que não vivem o cotidiano do Bahia? Quem está vivenciando problemas e deficiências é o próprio, logo ele deve ter todos os seus motivos para jogar dessa ou daquela forma, com esse ou com aquele jogador.

Apesar de não querer arriscar um resultado, espero que o Bahia seja o vencedor embasado na lógica do mando de campo. Mas se não vencer, que não se dê a René a máscara de ferro. Tampouco a diretoria tem de dar satisfações a quem quer que seja, por medo ou transferência de responsabilidade, fazendo de René um bode expiatório. O passado com Rogério Lourenço, Chiquinho, Benazzi etc., atesta que houve equívocos da diretoria com as sucessivas trocas, e, portanto, não creio que pensem repetir os mesmos erros.

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