Podem ir me dizendo logo: por que o objetivo maior do Bahia na Série B é subir para a Primeira Divisão, em vez de almejar ser campeão? O que custa pensar alto? Ficar entre os quatro que sobem deveria ser um objetivo secundário! Eu não me satisfaço com pouco, se posso ter o máximo.
Até hoje não me conformo com o fato de não termos sido campeões da Série C (aquele jogo lá… contra aquele time lá… de Goiás, mas que jogou em Minas, em Uberlândia… que ficou com menos 2 jogadores boa parte da partida… e que a gente saiu ganhando e deixou eles virarem… ah, era o CRAC!). O Bragantino foi campeão perdendo para o ABC e somou pontos no ranking da CBF e a gente ficou com o VICE e ainda comemorou pacas. Foi muita indigência de nível de aspiração. Eu fiquei puto!
Pois nessa Série B, pelo que eu vi nas partidas inaugurais (assisti a, praticamente, todos os jogos não simultaneamente, claro gravei-os), todos os times estão no mesmo nível. Não temos um bicho-papão como o Corínthians esse ano. Claro que é só o começo, muitos times vão se reforçar (espero que nós também). Então, o que custa escrever num mural lá no Fazendão: A nossa meta é o título da Série B de 2009! Precisamos manter um aproveitamento de 90% dentro de Pituaçu e 50% fora de casa. No momento estamos com… Acho que isso serviria inclusive para aumentar o moral e a auto-estima dos nossos jogadores e, conseqüentemente, o empenho deles.
Outra coisa que está me retando é esse negócio de juiz dar cartão amarelo porque achou que o jogador simulou falta, ou deu seguimento a uma jogada em que foi marcado impedimento, sem que nenhuma dessas coisas tenham acontecido de fato. Nessa partida contra o Paraná, o meu jogador predileto Ávine (até que entrou bem o desgramado, perdeu um gol de cara, mas tudo bem) foi lançado na ponta esquerda e o miserável do bandeira marcou impedimento.
Ávine vinha no embalo e cruzou a bola. O juiz prontamente lhe aplicou o amarelo. Eu revi o lance, parei a imagem e vi claramente que Ávine estava a 1 metro ou mais antes da linha da zaga. Eu tenho o jogo gravado quem duvidar pode me pedir que eu mostro o pau, quer dizer, o lance. Aí eu pergunto a vocês: quando é que nós vamos nos valer dos tão utilizados recursos eletrônicos para cancelar no tribunal essas punições disciplinares totalmente injustificadas? O nosso grande lateral (ou meia-atacante) agora já tem um amarelo e com mais 2 nós ficamos sem a sua inestimável presença em campo. Protesto veementemente.
Está provado que o Bahia só acerta jogar quando está onze contra onze. Se perdemos um jogador expulso, o time se descaracteriza todo, se perde, se apequena, se amofina. Se ficamos com um ou dois jogadores a mais, relaxamos, deixamos de marcar o adversário convenientemente, parecendo até que estamos com pena deles, em vez de botar a faca nos dentes e meter-lhes gols sem piedade. Perdemos a oportunidade de assumir a liderança na largada dessa Série B, só porque conseguimos fazer 2 gols contra um time com 11 jogadores e nenhum gol contra um time com nove. É totalmente indesculpável você estar com 2 jogadores a mais e deixar os adversários soltos em campo, livres para receber a bola, tocar, penetrar em nossa defesa. E nessa situação de vantagem numérica é igualmente incompreensível os nossos jogadores não encontrarem um companheiro livre para tocar a bola. É uma questão matemática. Está faltando preparo físico? Fala aí, meu amigo Alexandre Dortas, grande fisiologista!
Eu ouvi na semana passada uma entrevista com o novo contratado, o centro-avante Lima, na qual ele dizia que a sua principal característica era a calma na hora de concluir a gol. Realmente, vá ter calma assim lá na casa do chapéu! Fiquei com inveja da calma do rapaz. Eu aqui me encharcando de Valium e ele esbanjando uma placidez de fazer gosto. A bola com ele, o gol ali na cara, e ele calmíssimo: peraí que eu vou dar uma ajeitadinha, uma pisadinha, um toquezinho e vai sair um gol Lexotan daqueles! só esqueceu de combinar com os adversários, que tiveram tempo de se posicionar para interceptar os chutes dele mais de uma vez. Mas ele vai dar certo. Eu não sei se eu vou estar vivo pra ver, mas ele vai fazer uns gols muito bem calculados e calminhos. O nome dele vai virar sinônimo para tratamento ansiolítico.
Na tarde desse domingo eu estava me preparando para me dedicar ao salutar esporte de secar o time do 1899 a.C., quando, antes do início do jogo, vi os jogadores perfilados para ouvir a execução do Hino Nacional e, para acabar de acachapar, ainda teve o Hino do Estado Paraná!!! E os jogadores do 1899 a. C. lá parados, sem nem uma musiquinha que os representasse, uma boquinha da garrafa, uma dança da manivela… E quando pensei que o jogo ia começar pra valer teve 1 minuto de silêncio pelo falecimento de sei lá quem o pai do gandula, talvez. Enchi o saco e fui assistir ao Milan x Juventus.
Esses deputados estaduais não têm mesmo o que fazer: ficam inventando essas leis ridículas, com a justificativa de estimular o espírito cívico, mas esse negócio de tocar hino em estádio de futebol sem ser jogo oficial da seleção nacional é uma excrescência; e pior ainda é tocar o hino do Estado! Nada a ver! Eu diria até que está mais próximo do espírito do nacional-socialismo alemão da década de 1930/40. Se os nossos deputados baianos resolverem copiar os seus colegas paranaenses e paulistas, nós vamos ouvir em Pituaço a torcida tricolor abafando o hino imposto e cantando o refrão daquele que é o mais belo de todos os hinos de clubes do mundo: Baêa! Baêa! Baêa!
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