Interrompemos nossa programação para o pronunciamento do excelentíssimo correspondente internacional do ecbahia.com, senhor Wellington Calasans, transmitindo mensagem psicografada urgente a toda torcida tricolor.
Direto do lugar onde ser loira de 1,80 m e olhos azuis é algo que passa despercebido/quase ignorado, da top model internacional à humilde camareira do hotel. Não estou falando de Santa Catarina.
O dia sete de agosto é lembrado todos os anos pela nação tricolor, desde 1994, como o “dia do gol de Raudinei”. Todos nós recordamos o gol de Raudinei. Gol que foi detalhado em livro (“Raudinei aos 46 – Um gol que entrou para história do Bahia”, Luis Antônio Gomes). Um gol que é acompanhado das mais inacreditáveis histórias dos tricolores que, assim como eu, sentiram orgulho do Bahia.
Uma coisa, porém, precisa ser dita: aquele gol foi um orgasmo, mas gerou uma gravidez indesejada! Com aquele gol/orgasmo o Bahia ganhava o campeonato baiano, mas perdia a sua força, pois surgiu ali uma terrível dúvida, que paira em toda gravidez indesejada: gerar ou abortar? Ao optar por gerar, o fez sem amor e com o consequente abandono.
Raudinei cumpriu o papel dele de atleta e entrou para a história do clube. A torcida fez a parte dela: comemorou muito! O problema é que, já naquela época, nos bastidores do esquadrão de aço algo não cheirava bem. Para ser mais preciso, algo estava podre. O Bahia era vítima da ganância de cartolas que faziam da “marca Bahia” um trampolim para alimentar interesses próprios, distantes da vida do clube. Para aqueles violadores, “o orgasmo do gol deu ereção suficiente para que (eles) continuassem copulando com o Bahia” (citação da tricolor puro sangue do fórum do ecbahia.com) e com a torcida.
A criança gerada daquele gol completaria – se estivesse viva – 19 anos hoje, mas para a alegria da imensa nação tricolor, outra criança foi gerada: a democracia!
Dessa vez sem o gol/orgasmo, mas sim após uma sequência de estupros. Do estupro veio a revolta e da revolta a revolução. Seja no gol de Raudinei ou no estupro da goleada, a camisinha estourada era a mesma: Joel Santana.
O “NÃO” ao modelo de gestão (?) veio acompanhado pela inovadora iniciativa do Público Zero. Pressionados, os violadores ensaiaram uma reação: torcedores foram xingados, marcas de bebidas caras eram exibidas nas redes sociais como se fossem um recado de “estou tranquilo” que estivesse sendo dado. Esqueceram que patrocinadores vivem de público e que o público (torcedores apaixonados) vive de resultados. Sentiam prazer sozinhos, como numa masturbação. Mas masturbação não gera filhos e eles (os violadores) desceram no mesmo ralo.
Os sete gols sofridos, naquela humilhante goleada, não foram uma derrota da torcida. Cada um daqueles gols representava um pecado capital daqueles que faziam do Bahia um time menor, o Bahia da Ribeira. Senão, vejamos:
1. Luxúria: apego e valorização extrema aos prazeres carnais, à sensualidade e sexualidade; desrespeito aos costumes; lascívia.
Denúncias foram feitas pela imprensa de que jogadores da base era molestados.
2. Gula: comer somente por prazer, em quantidade superior àquela necessária para o corpo humano.
Frequentar as churrascarias de luxo de Salvador era mais uma forma usada para afrontar a torcida.
3. Avareza: apego ao dinheiro de forma exagerada, desejo de adquirir bens materiais e de acumular riquezas.
Autoexplicativo.
4. Ira: raiva contra alguém, vontade de vingança.
A matéria “O rei da baixaria” explica melhor do que o meu texto.
5. Soberba: manifestação de orgulho e arrogância.
“O nosso time é melhor do que o deles” (dias antes de ser homenageado pelos sete gols)
6. Vaidade: preocupação excessiva com o aspecto físico para conquistar a admiração dos outros.
O gel no cabelo é um dos inúmeros exemplos.
7. Preguiça: negligência ou falta de vontade para o trabalho ou atividades importantes.
Precisa desenhar?
Para a nossa felicidade, a democracia está dando os primeiros sinais de vida. Os resultados dentro e fora de campo são sentidos lentamente. Como uma mãe que amamenta o seu bebe, a torcida do Bahia percebe cada evolução do seu time do coração. Mesmo tendo sido gerada da forma que foi, a “criança democracia” foi recebida com festa e consegue, até aqui, devolver à família tricolor o orgulho e a força que pareciam perdidos para sempre e condenados ao aborto.
Raudinei ganhou e o Bahia perdeu. O “vice” ganhou, mas agora terá que aguentar a fase “versa” dessa nova história.
Saudações Tricolores!
Tricolor puro-sangue, Wellington Calasans mora na Suécia e atua na área de comunicação como correspondente e consultor.
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