é goleada tricolor na internet
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Publicada em 21 de janeiro de 2007 às 00:00 por Autor Genérico

Autor Genérico

Público Zero, sim!!!

Recentemente um fato muito triste, me fez pensar que: compreender é muito dolorido, às vezes, mas é preciso. Não obstante o fato que me fez chegar a esta conclusão tenha sido muito trágico, pois refere-se a um colega de colégio do meu filho, que partiu prematuramente aos treze anos de idade quando esbanjava saúde (é a lei do paradoxo), separo os fatos e agora compreendo também atitudes às quais sempre me postei contra.

Uma coisa que eu tentava mas não compreendia era o tal do “público zero”. Isto não diz que sou a favor do caos administrativo que está instalado no Bahia. Como qualquer torcedor que ama seu clube e o vê entregue ao descalabro, quero mudanças rápidas, também. Mas no meu modo de entender seria bem pior tirar a única fonte de sobrevivência do clube – a torcida dentro do estádio. Ainda que de algum modo isto viesse à fortalecer a situação, para mim importa o Bahia e não as pessoas que gravitam em torno dele.

Mas como a voz do povo é a voz de Deus, fiz uma reflexão e cheguei à conclusão de que outro remédio não há para o Bahia, senão um choque definitivo para viver ou morrer de vez. Afinal, perdido por um é o mesmo que perdido por dez numa disputa final. Daí que compreender pode ser dolorido, mas é preciso!… Público zero, sim!!!

Não sei o que leva o ser humano a um estado tão pequeno em seu próprio espírito, ao ponto de pensar que algo maior em todos os sentidos, seja transformado em objeto de batalha pessoal. A “briga”, agora, já não é mais de grupo contra grupo, é de 70% da Bahia contra apenas uma fração diretora que insiste em não se colocar como eventual (pasmem), que suponho deve saber, que tudo abaixo de Deus é passageiro.

Não creio que a diretoria do Bahia esteja consciente de que a “briga”, agora, é com toda a torcida. Talvez pensem que é apenas uma “queda de braço” com uma fração oposicionista, algo pueril. Não é. Até poderia ser, antes. Mas os caminhos que levaram o Bahia à semi-falência e ao desespero da torcida, foi qualquer coisa de monumental, algo fora de qualquer script.

Não sei se os clubes de Pernambuco (Náutico e Santa Cruz) experimentaram tantas angústias e tanto desequilíbrio, nos “infindáveis” anos em que passaram nas divisões inferiores do futebol brasileiro. Só sei que aqui a queda foi livre, enquanto que em Pernambuco foi de pára-quedas.

Estive sempre defendendo uma troca de comando conversada, renúncia espontânea, sem pressão radical de oposição. Mas depois que um amigo meu, que faz parte ativamente da oposição, mandou-me um e-mail (não enviou só para mim) dizendo que acabara de sair de uma reunião completamente decepcionado com a postura dos mais influentes oposicionistas, embasada em sentimentos de “ódio, vingança e estrelismo”, aí eu pude sentir que a coisa é muito mais pessoal, que o Bahia parece estar colocado abaixo das vaidades pessoais, e que nenhuma tentativa de conversa haverá.

É a tal coisa… uns esticam a corda numa ponta e outros a esticam na outra ponta, e os fios no meio vão se partindo um a um, até perceberem que nesse estica-estica quem se partiu em vários pedaços foi o Bahia. Quem já leu o “Advogado do diabo” sabe como a vaidade prejudica as pessoas e, por conseqüência, seus objetivos. Não adiantará mudar os nomes se não mudam os homens, o que é preciso é mudar a forma de pensar e agir, colocar o Bahia num pedestal bem acima deles, como seria o certo.

O meu sentimento é que nada acontecerá de bom para o Bahia nos próximos cinco anos. Tudo continuará como “dantes no quartel de abrantes”. A crise está instalada e instalada permanecerá por muito tempo. Não quero dar uma de pitonisa, é a realidade gritante, são os fatos corriqueiros que se arrastam há muito tempo. Qualquer pessoa que saiba um mínimo de planejamento pode prever isto.

Se algum pobre mortal pensa que a crise se acabará com uma mudança sob guerra, estará redondamente enganado. Haverá desdobramentos muito maiores, haverá divisão nos grupos, ciúmes, a então oposição não dará tréguas para que se trabalhe em paz no Bahia, e como diria Chico Anísio no papel do vampiro brasileiro, eles também dirão… “minha vingança será maligna”. A deles lá, cruz credo!!

xxx

Que bela campanha fez o time Junior do Bahia, na copa São Paulo. Pena que o regulamento seja tão cruel ao ponto de punir quem faz boa campanha.

Quando a FPF mandou o Bahia viajar cerca de cinco horas, para jogar em São José do Rio Preto (se não me engano), tirando-lhe um direito que havia conquistado em campo, de forma brilhante, ficou claro que havia má vontade. Daí, quando aquele juiz anulou um gol legítimo contra o Atlético, as coisas ficaram mais claras para mim.

xxx

Pelo andar da carruagem, o Bahia não será campeão. Possa ser que o time de Artur mude bastante, afinal estamos no início do campeonato, mas que a coisa mais uma vez tá se desenhando em cores feias… tá, sim senhor!!

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