E aí, diretoriazinha fracotinha, vai cobrar 30 reais na sexta-feira para a gente ver aquele escrete sensacional levar uma esfregada do Brasiliense em Pituaçu? E aí, vão demitir o Sérgio Guedes e contratar o quarto técnico da temporada? Vão contratar mais 15 jogadores esta semana, antes que se encerre o prazo para contratações? Vão fazer o quê? Estamos a três pontos da zona de rebaixamento e a mais de mil do G4. Que vergonha, hein? Que timeco vagabundo vocês conseguiram montar! Quanta incompetência!
Não tenho nada de novo a dizer. É suficiente republicar um texto que fiz para o Bora Bahêa há pouco mais de um ano exatamente no dia 31 de agosto de 2008, depois do Bahia ter tomado 4 a 1 do Santo André, em Feira de Santana. Poderia ter sido publicado hoje. É exatamente a mesma coisa. Por isso, só fiz trocar o nome do Santo André pelos da Portuguesa e do ABC e outras poucas adaptações mínimas, para atualizar o artigo. Como a realidade não mudou e nada aponta na direção de que venha a mudar, guardarei o artigo para republicá-lo outra vez no próximo ano, com as devidas adequações.
O título também está atual: Pesadelo e Realidade. Confiram:
Após ser goleado pela Portuguesa por 4 a 1, em Pituaçu, e pelo ABC por 3 a 0, em Natal, o Bahia demitiu o terceiro técnico da temporada, Sérgio Guedes, que havia sido contratado semanas antes para substituir Paulo Comelli, o qual, por sua vez, tinha sido demitido depois de várias derrotas seguidas e um empate com a Ponte Preta em casa. Para o lugar de Sérgio Guedes, os próceres do Bahia foram buscar o treinador Mané Minha Égua, que acabou de vencer a quarta divisão do campeonato de Catolé do Rocha, na Paraíba, levando o Vitorinha do Catolé a disputar uma das vagas no Torneio de Acesso à série C do Paraibanão 2010.
Com a experiência acumulada em campeonatos de divisões inferiores no interior de Rondônia, Tocantins, Piauí e agora na Paraíba, o calejado treinador Mané Minha Égua tem certeza de que poderá contribuir com o Bahia na série B. A diretoria tricolor aposta nisso e confia plenamente no novo técnico, que inclusive indicou dois reforços, já contratados pelo clube: o centroavante Mulambo, artilheiro do Vitorinha do Catolé no campeonato, com 65 gols; e o zagueiro Jurubeba, também do Vitorinha, que teve a defesa menos vazada do certame, com apenas 83 gols. O novo técnico também trouxe seu preparador físico, Zé Marreta, que pede apenas duas semanas para botar o time em ponto de bala.
Acordei suando. Que pesadelo horroroso. Tinha dormido em frente à televisão depois de ter tido a desventura de assistir o Bahia apanhar de três do ABC, depois de já ter caído de quatro dentro de casa, dias antes. Constatei que a realidade era tão ruim quanto o sonho. Ou pior, por ser realidade. Lembrei que tinha visto mesmo na TV aquele bando lamentável errar inúmeros passes na partida e tomar um passeio de um tal de ABC, coisa absolutamente inconcebível há alguns anos atrás num passado que, na verdade, vai ficando cada vez mais passado, mais distante.
Não se pode culpar os jogadores. Eles não têm culpa de terem pernas polidas com óleo de peroba. Nenhum deles foi procurar emprego no Bahia. A caricata diretoria do clube é que os procurou, os achou e os contratou. Essa turma é que é responsável.
O Bahia de hoje é isso aí: um time que não se dá ao respeito – como uma rapariga desfrutável, daquelas mal pagas, que apanham de qualquer malandro em tudo que é porto.
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