Que o Bahia ameaçou ninguém tem dúvida, que chegou a meter dois a zero, todo mundo viu. Provou portanto que ganharia sem maiores problemas se o Gallo não tivesse feito uma substituição equivocada ao preterir Beto, colocando Cadu. São coisas que acontecem na imaginação dos treinadores, e quem sou eu para contestar essas tiradas (lá ele!) geniais dos técnicos?!
Resta ainda o consolo da certeza de que o Barradão é realmente o melhor lugar para o Bahia passear. O Barradão é indiscutivelmente o recreio dos tricolores. Pena que o juiz empenou… Não é choro não, mas o juiz deu uma empenada que até agora o Bahia está torto. No primeiro gol do Vitória a zaga do Bahia sofreu falta, e o pênalti que deu o empate a eles não existiu.
É isso aí. Conversa de quem não ganhou o título, uma zorra! Empenaram mesmo, e na minha opinião o pessoal do Bahia dormiu de touca. Rolou um lero legal até acontecer o empate. Paciência. Agora, Gallo, que Carpegiani ganhou de você no vestiário, ganhou sim. O jogo era seu e ele empatou.
Também não vou ficar aqui fazendo chover no molhado. Sei lidar com realidades, não posso ceder à pressão de momentos quando eu mesmo aposto na recuperação do clube a médio e longo prazos. Posso estar errado, mas a lógica do quadro é que me faz concluir assim. O resto é coração e rivalidade, e isto faz do futebol a paixão maior do brasileiro.
Daí que eu penso não haver culpados, porque culpados sob pressão não existem. Ninguém é capaz de executar algo de bom numa empresa se a pressão das circunstâncias é quem gerencia o momento. Por isso mesmo acho que Paulo Carneiro está certo ao não trocar coisa nenhuma de comissão técnica. A Série B está começando e o Bahia está seguindo um planejamento, e a comissão técnica é parte fundamental desse planejamento.
Eu considero que o Bahia ainda está aprendendo o caminho de volta pra casa. Tudo está sendo refeito. A Divisão de Base recomeçando de novo, e o time principal ainda está em formação. O caminho ainda é íngreme, mas a bússola que indica o Norte é confiável. Eu não estou criticando quem passou, apenas estou dizendo que a modernidade só agora chega ao Tricolor. A filosofia é outra.
De uma certa forma o Bahia sairá mais fortalecido da perda do campeonato e eu explico isso: se a taça é erguida o time estaria “pronto” para começar a segundona e pouca coisa mudaria, pois historicamente é assim: ganha-se o baianão e entra-se no brasileirão com o mesmo time, aí não vem o resultado esperado e o time é modificado durante a competição a cada duas derrotas seguidas. É mais ou menos assim.
Possivelmente será diferente desta vez porque os pontos fracos apareceram do meio do campeonato pra cá e ficaram efetivamente identificados nos dois últimos jogos do baianão, então a coisa não ficou mascarada como no passado. Se há condições, ou não, de trazer os reforços certos, aí é outra história, mas os meios serão discutidos à exaustão e providências virão.
Fala-se que há muitos jogadores que ainda nem foram devidamente aproveitados, e é verdade… Mas esses jogadores estão sendo preparados por serem ainda jovens e com potencial identificado pela comissão técnica. Assim é o caso de Douglas (um zagueiro que sempre botei fé), que agora será incorporado ao elenco definitivamente e pronto para entrar no time. Este é apenas um exemplo, mas outros estão no mesmo patamar de preparação que Douglas.
É aí que se faz necessário uma comissão técnica que possa estar acompanhando toda evolução do futebol desde a base. Olhando por esse prisma é que acho a continuidade de Gallo & cia. necessária dentro do projeto tricolor. Ele pode até falhar e o tem feito, mas é uma pessoa equilibrada e capaz, e certamente vai lapidar ainda muita “pedra bruta” que há na mina tricolor.
O Bahia de hoje tem um planejamento que já começa a mostrar resultados desde a sua infra-estrutura (concentração, campos, departamento médico e fisiológico, alojamento da base etc.), e isto terá os reflexos, com certeza absoluta, dentro de campo em curto prazo. Eu aposto numa excelente campanha tricolor no brasileirão já a partir do jogo com o Paraná.
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Parabéns ao Bahia e à torcida. É assim que se constrói uma relação saudável. A assessoria de imprensa do Tricolor foi muito feliz em criar aquele momento de fraternidade entre torcida e jogadores. O clube de forma geral. Valeu à pena sim, isso trará muitos benefícios futuramente. O momento foi histórico e digno das manchetes de jornais.
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Marcelo, o goleiro, não precisava ter feito aquela confusão. Essas coisas atestam contra a finalidade do futebol, que é fazer amigos, e acende a luz amarela da desconfiança… Será que em outras ocasiões ele não entrará em cena mais uma vez, em momento inadequado? Essa foi a segunda confusão. Juízo, moço! Você é um excelente goleiro.
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