é goleada tricolor na internet
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Publicada em 3 de setembro de 2008 às 00:00 por Autor Genérico

Autor Genérico

Passageiro de última hora

O Bahia joga contra um adversário muito perigoso – salários atrasados. São dois meses, mas é algo preocupante quando se trata de sobrevivência. A desmotivação dobra porque a cabeça não separa os problemas do salário em atraso e o foco não é mais a bola, sim a falta do dinheiro.

Mas como miséria pouca é bobagem, ainda aparece espertalhões querendo sanear suas dificuldades às custas do Tricolor…

Tá aí mais um capítulo dessa novela Bahia/Vitória/Barradão que tem desdobramentos razoáveis e, do tipo “lei do Gerson” também. Hipoteticamente daria para o Bahia nem só ganhar algum dinheiro, pela primeira vez neste campeonato, quanto jogar com um apoio maior da torcida. Em tese, porque na prática talvez não seja bem assim.

Onde está o provincianismo: no lenga-lenga da diretoria do Vitória que negou várias vezes o estádio ao Bahia dizendo que a “torcida não aprovou”. E agora, já no fim do campeonato, por que de repente nem a torcida é ouvida e o Conselho referenda o aluguel do equipamento ao Bahia? É claro, enxergaram a possibilidade de uma receita maior às custas do Bahia.

Onde está o razoável: na direção do Bahia que recusa-se a jogar no Barradão se o Bahia não tiver participação no negócio entre Petrobrás e Vitória. Os canabravenses não estão cedendo de graça o seu estádio ao Bahia, eles estão alugando e ainda querendo participação nas rendas do Tricolor. Nesse caso é justa uma contrapartida, a Petrobrás que faça um adendo no contrato e beneficie o Bahia pela divulgação da sua marca.

Justiça seja feita, estão certos os diretores do Bahia. É preciso uma contrapartida que não seja só o estádio. Se esse caso tivesse acontecido lá no início do campeonato, tudo bem!… daria até pra repensar a ação, pois o Bahia tiraria proveito nas rendas ao longo da competição e teria montado um time de melhor qualidade. Mas ocorre que agora é um pouco tarde, o campeonato acaba já, e o Bahia só teria poucos jogos aqui em Salvador.

É melhor deixar de lado essa novela Bahia/Barradão e trabalhar apenas e tão somente para manter o Clube na Segunda Divisão neste ano, o que já é um grande negócio. Pituaçu parece que fica pronto em Outubro e aí a história muda bastante, podendo até ser que o Bahia seja o passageiro de última hora que embarque nesse trem, rumo à série A.

Acho que o jogo agora é favorável ao Bahia. Jogar no Barradão só se tiver alguma excelente vantagem financeira para o Tricolor.

Vamos pra outra.

Há um grupo de jovens trabalhando de forma decente e leal aos princípios da legalidade no sentido de mudar alguns itens do estatuto do Clube e conseguir ainda neste ano as eleições diretas, coisa que acho improvável, mas pelo que sei documentos já foram enviados à diretoria do Bahia para estudos. É uma tentativa válida.

Mais válido ainda é a diretoria receber e analisar esses documentos. Mesmo que nada aconteça o fato por si só já mostra um caminho com luz, e se algum motivo mover as partes na direção de um diálogo o Bahia começará a trilhar o rumo correto.

Acho que o caminho é esse aí, o diálogo. Cumpre-se o tempo do presidente Petrônio e tenta-se um novo presidente para os próximos três anos. O problema é um nome que equilibre essa balança, achar a pessoa certa na hora certa não é fácil, mesmo porque ninguém quer entrar nesse barco fazendo água.

Eu nunca tive dúvida do caráter de todos os cidadãos que formam a direção do Bahia, são homens de bem, não discuto isto. Discuto sim o modelo administrativo que maltrata o Bahia sob todos os aspectos, discuto a forma como é conduzido de dentro para fora o processo de democratização amplo, mas a longo prazo.

Por outro lado, a torcida, ainda que de forma tímida, vai fazendo a sua parte ao se associar ao Clube. É essa consciência que envida meios para que o Bahia seja um clube completamente independente e democrático. É essa consciência que motiva razões para que a torcida defina o futuro do seu Clube. Justo, não é?

Isto é consciência ampla de amor ao Clube, é consciência ampla de reconstrução de uma instituição que domina sentimentos e é a razão de viver de uma gente que é maioria na Bahia.

Agredir e achincalhar moralmente aos homens não é um caminho inteligente, essa é uma forma de demonstrar raiva e preconceito, e não acreditar na própria capacidade de reverter um quadro através da busca incansável. Ferir a moral dos homens é tentar conseguir às custas da agressividade inconseqüente algo que a inteligência política desaconselha.

Criticar uma gestão é uma coisa, agredir a moral do cidadão é outra completamente diferente, não leva a nenhuma definição coerente. Os meios do diálogo estão aí à disposição de todos, é só ter discernimento e boa vontade para alcançar a convergência.

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Roberto Cavalo, em conversa com amigos, teria dito que está muito orgulhoso em ser técnico do Bahia. Bom sinal, principalmente quando o mesmo Roberto diz ao seu elenco que treinaria o Bahia até de graça.

É claro que ele, Roberto Cavalo, usou uma força de expressão para conscientizar os jogadores sobre a grandeza do Bahia. É o mesmo que dizer que o Bahia é uma das principais vitrines do Brasil, com portas abertas ao sucesso, a depender do esforço responsável de cada jogador.

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Fala-se somente da qualidade do Bombril, mas o que seria o Bombril se não existisse a mão?… É só pra lembrar que todo brilho organizacional da supervisão tricolor, incluindo roteiros, transportes aéreo e terrestre, campo para treinar, segurança, hospedagem, inscrições de jogadores na CBF, regularizações, cartões amarelos, batedores policiais etc. etc., tem por trás a figura do competente Roberto Passos.

Quando o time entra em campo o irmão do campeão brasileiro de 88 – Ronaldo Passos – tá mais cansado que maratonista em final de São Silvestre.

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