é goleada tricolor na internet
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Publicada em 18 de dezembro de 2007 às 00:00 por Autor Genérico

Autor Genérico

Paradoxos

Então estamos em Dezembro, mês das festas e resultado de um ano de lutas. Alegrias para uns, tristezas para outros, e assim a vida vai engenhando paradoxos. É um ano terminando e outro começando. Esta parte é natural. Que dizer deste que está chegando ao ocaso, e daquele prestes à nascer? Deste em curso para o ocaso não temos muito pelo que nos alegrar, pois o fato de o Bahia ter iniciado a sua volta para casa com chegada prevista em Dezembro de 2008 não apaga das nossas memórias o trágico 25 de Novembro, dia em que a alegria deu passagem à tristeza. O que deveria ser festa acabou em prantos.

Mas não quero me lembrar de coisas que afinal são tristes. Prefiro lembrar-me de um livro que lí, onde o autor diz que a vida é uma grande viagem num Trem de muitos vagões, e que a cada estação, de parada obrigatória, desembarcam e embarcam muitos passageiros. Só que jamais saberemos quem desembarcará na próxima parada. E é este o segredo desta longa viagem que é a vida. Sabemos que estamos aqui, agora, mas o minuto seguinte pode vir cheio de paradoxos. É incógnito.

Que será que nos reserva o Ano Novo? Dá para imaginar o um Bahia melhor? O meu coração tricolorido me enche de esperança e eu acabo me tornando um sujeito passional, com pouco raciocínio, nessa relação com o meu “Baêaa”. Sabe como é, né!… de uns tempos pra cá esse “Baêaa” já não inspira tanta confiança, e eu, incontinente, continuo com esta paixão, mesmo sabendo que posso ir ao Barradão tão normalmente como o fazia indo à Fonte Nova, e isto seria mais um parodoxo, dos mais inimagináveis. Esse “Baêaa” me coloca em cada fria!!

Agora virou uma coisa normal os vagabundos e mal-educados, ao fim de cada temporada, invadirem a Fonte Nova para prejudicar o Bahia… são mais sete jogos sem mando de campo. Que nem tem. É só para justificar mais um paradoxo patrocinado pela “inteligência” humana. E mais, multa para pagar. Aliás eu até gostaria de saber para onde vai esse dinheiro que os clubes pagam de multa, quero dizer: qual a destinação dessa verba. Imagino que seja destinada ao social, mas é só uma imaginação mesmo, pois não faço a mínima idéia, e ningúem nunca me disse.

Antes que acabasse o ano o Bahia renovou e adquiriu os passes de Alison e Fausto, contratou Paulo Comelli, Adriano Costa, acertou a permanência de Emerson Cris e viu Nonato voltar à Àsia. O paradoxo de tudo isso é Cléber estar entre a vida e a morte. Mas com a fé que tenho em DEUS acho que ele acabará voltando à vida, normal.

Apesar de ter respirado aliviado ao sair da série C para a série B, o Bahia não conseguiu em momento algum ter a tranquilidade para começar 2008 em paz. Os respingos dos acontecimentos ruíns de 2007 ainda o perseguirão por tempo indeterminado. Sem a Fonte Nova, que, parece, apresentou seu último ato de forma melancólica em Novembro passado, o Bahia se tornou o mais novo nômade desse futebol de pouco planejamento. Tá vendo por onde passa o verbo planejar? Bem ao largo dos nossos dirigentes.

Fazer futebol sério, enxergando além da linha do horizonte, é uma necessidade. Ou se faz a coisa certa ou seremos isso que somos neste momento, uma náu sem rumo certo. Um clube que tem o apelo público que tem o Bahia já teria que ter uma “casa” muito confortável para seus milhões de torcedores. Não é necessário construir sozinho uma arena esportiva, até porque os recursos não existem. Mas a iniciativa privada está aí mesmo, e poderia ser tentado, com sucesso, um consórcio com grandes empresas.

A Odebrecht, por exemplo, não toparia um empreendimento desses construindo uma arena e explorando-a por um tempo determinado (assim como se faz em consórcios rodoviários onde o pedágio é a atração do negócio), com retorno absolutamente seguro? Já imaginaram oferecer uma marca que coloca 40.000 mil torcedores, em média, dentro de um estádio atuando numa divisão que é chamada de “porão do futebol”, a uma empresa renomada, de marketing, para que ela busque o parceiro ideal para o Bahia? É isso, faltam cabeças empreendedoras, homens profissionais que sejam pagos para pensar o Bahia.

Chegar numa época dessas e ficar implorando ao governo que libere o anel inferior da Fonte Nova, para não ficar de pires na mão mais do que já está, é apenas uma consequência da falta de planejamento e visão empresarial que assolam o Bahia, há mais de trinta anos. Não estou acusando esse ou aquele dirigente, acuso todos que passaram por lá, indistintamente. Talvez livre a cara de um homem, que, não sei se demogagicamente, pensava no futuro do Bahia. Ou pelo menos demonstrava que pensava: Alfredo Saad. Mas este foi taxado de louco e inconsequente, e o “Estadio Tricolor”, alí na zona que atualmente é o Iguatemí (havia uma placa enorme no local anunciando o estádio), foi por água abaixo! São os paradoxos desse Bahia de regime quase ortodoxo.

Bem, enfim parece que Camaçarí “resolveu” o problema do Bahia. Já temos um estádio para jogar… que vergonha! Não pela cidade de Camaçarí, mas pela falta de estrutura do Bahia, o maior Clube de futebol da Bahia implorando por uma casa. Não é justo e nem coerente. Esse é mais um paradoxo, comtemporâneo. Camaçarí ficaria bem para um clube de pouca expressão nacional.

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Quero mandar daqui, um abraço a querida Delza Deiró, viúva do saudoso amigo (amigo de verdade) Raimundo Deiró. Ela está na galeria dos abnegados torcedores tricolores e disposta a judar sempre! Pessoa, mãe, sogra, avó, amiga, cunhada, irmã, da melhor qualidade! O unico “desgosto” (risos) dela é com Sandro e Daniel, seus genros, torcedores do time de Canabrava. Fazer o quê?!… há coisas na vida que a gente não pode escolher, muito menos explicar.

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Paulo Comelli pede paciência à torcida. Diz ele que, não se contrata fácil com uma concorrência idesigual. São agentes FIFA (malditos filhos da lei Pelé), rábulas que pensam entender de futebol, na verdade só fazem atrapalhar.

Ah,sim… completei neste mês, dois anos como colunista do site www.ecbahia.com.br , com quase 50 crônicas. Sou produto de um “estalo” na cabeça de Nelson. Referendado por Marcelo Barreto e Zé Carlos Júnior, tenho procurado fazer o certo, e graças a DEUS jamais entrei em conflito com a minha consciência. Agradeço muito a vocês, amigos, todo o apoio que tenho recebido.

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Um feliz Natal e um Ano Novo muito promissor para todos os meus amigos e leitores. DEUS ilumine todos. São os meus sinceros votos!

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