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Publicada em 17 de abril de 2008 às 00:00 por Autor Genérico

Autor Genérico

Os “pupilos” de João Bismarck

Sempre que me sobra algum tempo, às quintas-feiras apareço na AABB para rever amigos que ainda jogam um bonito futebol. É o chamado “bába do Bismarck”. Lá estão Baiaco, Osmar, Zé Augusto, Emo, Zé Eduardo, Sapatão, Edmilson Pombinho, Bado, Luciano, Newton, Catú, Mailson, Iberê, Aliomar Britto, Espinheira, Borges, Sivaldo, Douglas, Pitada, Pita, Alberto Leguelé, Jésum (que apareceu recentemente) e tantos outros amigos que não tenho como não cometer injustiças ao não lembrar de todos.

Especialmente quero falar aqui de um grande amigo e uma grande figura humana, chamado João Bismarck… é ele o mentor dessas festas do futebol veterano, sobretudo na praia, em período de férias do jogador profissional da Bahia e do Brasil. Olha, esse cara é um desses injustiçados no futebol baiano, e que com muita abnegação faz um trabalho maravilhoso no esporte e, muito especialmente, com ex-jogadores de futebol.

Todos os nomes citados acima são jogadores que marcaram época aqui ou fora daqui. Uns alcançaram êxito (após o encerramento da carreira de jogador) em suas “novas” profissões como médico, Advogado, Juíz de Direito, comerciante, empresário, técnico de futebol, professor de educação física, enfim são muitos os bem sucedidos.

Outros, porém, ficaram um pouco à margem do sucesso pós futebol profissional. É aí que entra o trabalho de Bismarck, ele não deixa que aqueles menos privilegiados sintam-se abandonados e esquecidos. Bismarck reúne todo esse pessoal lá na AABB, todas as quintas-feiras, e o resultado é uma auto-estima elevada e uma igualdade social não muito comun por aí à fora.

Aliomar Britto, por exemplo, está bem perto de se tornar um desembargador, mas está alí presente em todas as quintas-feiras no final da tarde, participando do bába. Observem o algo mais que representa isto para o grupo. Não o título de Juíz, ou desembargador, mas sim a igualdade entre todos eles. Afinal foram contemporâneos no esporte, profissionalmente, e o vínculo da amizade afasta qualquer desigualdade. Alí ninguém é Doutor. Aliás, são doutores em fraternidade.

É algo muito bonito de se ver. É para fazer justiça que faço absoluta questão de divulgar esse trabalho de Bismarck, que deveria ser reconhecido pelas autoridades públicas da Secretaria do Bem Estar Social, inclusive. É bem verdade que por lá aparecem habitualmente celebridades como Bobô, Popó, Ana Paula (a bandeirinha) e outros que vão dar o apoio pessoal a Bismarck e seus “pupilos”. Mas isto só não é suficiente.

No dia 10 de Abril próximo passado, foi aniversário de Nelson Cazumbá. Foi uma festa com direito à peixada, cerveja e muita resenha pós bába! A alegria estava estampada no semblante de cada um deles que participa do bába, Cazumbá parecia um adolescente comemorando a sua primeira festa.

João Bismarck é um amante do futebol e um profissional dos mais competentes. Tem uma capacidade de aglutinação singular e natural. Fico impressionado como é que alguém com a sua capacidade e sabedoria fica à parte do futebol profissional.

Particularmente acho-o ideal para as funções de observador técnico, olheiro, garimpeiro de talentos, gerente de futebol, superintendente de divisão de base, enfim, ele se encaixa com perfeição em qualquer setor do futebol. Quer unir um grupo? Chame-o.

Começou como preparador físico do Vitória em 1976, depois foi para o Galícia, foi técnico do Serrano de Vitória da Conquista, marcou época no Leônico, foi campeão da Segunda Divisão do campeonato baiano pelo Jequié, Bahia de Feira e Galícia, duas vezes vice campeão brasileiro de Futsal, é atualmente presidente da Liga de Futebol de Praia (Beach Soccer).

Mas infelizmente os dirigentes do futebol baiano não valorizam a prata da casa, preferem trazer de fora pessoas que nem sempre tem amor pelo que fazem. É por isso que os clubes da Bahia, particularmente, vivem cheio de causas trabalhistas. Eu até diria que eles importam essas causas em detrimento do “santo de casa”.

Enquanto isso Bismarck vai cuidando da auto-estima de pessoas como Baiaco, Pita, Cazumbá, Osmar e tantos outros, apoiado pela boa vontade, com o próximo, de Aliomar, Tião, Genaldo, Valnei Barbosa, Popó, Pitada e outros colaboradores, cada um em sua função particular/profissional auxilia e facilita a vida de muitos.

Como seria bom se o cidadão anônimo dispusesse de um tempinho, as quintas-feiras no final da tarde, para dar uma prestigiada no bába desses veteranos ainda bons de bola. Não para ajudar com valores monetários, não é esse o caso, mas sim para ver um pouco dessa beleza de trabalho sobre o qual escrevo aqui, e matar um pouco a saudade de seus antigos ídolos e do futebol arte.

João Bismarck é o que podemos chamar de referência no esporte. Não importa qual a modalidade, ele é um desportista. Um conselheiro, um apoio, um amigo, um irmão, um apaixonado pelo futebol… mas acima de qualquer coisa um cidadão fiel à sua paixão. O esporte.

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Estive em Pituaçú visitando as obras. Vão de vento em popa. Ainda não concluído já se pode notar a beleza de estádio que será.

Só acho que fará falta uma cobertura nas arquibancadas. Parece-me que não consta isso no projeto. Será que estou equivocado?

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Continuo esperando pela Fonte Nova, Governador! O tempo passa e as coisas parecem geladas. Se pelo menos estivessem mornas…

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