Por José Renato de Carvalho Gomes, estudante na Faculdade Bahiana de Medicina
Muitas pessoas nos mandam olhar para o futuro, focar no presente e esquecer o passado… De maneira alguma! Olhar para o passado, ainda mais quando o mesmo é cheio de glórias, só nos faz crescer e aprender. Poderei esquecer-me de jogadores como Leone, capitão do Bahia em 1959, o melhor lateral direito que esse clube já teve? Não o vi jogar, sequer sonhava em nascer. Mas os feitos daquele Bahia de 59 atravessam décadas, gerações… Emociona-me.
Ao assistir o filme “Bahêa minha vida”, um torcedor de apenas vinte anos, como eu, se dá conta da grandeza e complexidade de um escudo, um clube… Como o Esporte Clube Bahia. Assistir ao depoimento do melhor time de todos os tempos formado pelo Santos Futebol Clube, rasgando plenos elogios ao meu time, o Bahia, enche-me de orgulho e grandeza.
O primeiro jogo foi na Vila Belmiro. Onde o Santos começou colocando 1×0 no placar. Mas era o BAHIA diante do Santos… E como dizia Baiaco, ex-jogador histórico do Bahia, “Não tinha essa não, a gente tomava um gol ia lá e marcava dois, estávamos sempre com cinco ou seis ao mesmo tempo, atacando, agredindo…” que fique a dica aos professores pardais atual. E assim sendo, o Bahia virou o jogo para 3×2, ganhando do Santos de Pelé, em São Paulo.
No segundo jogo, Pelé e companhia calaram a Fonte Nova… Fizeram 2×0 no Bahia, gols de Pelé e Pepe. E forçaram um terceiro jogo, realizando a melhor de três, no Rio de Janeiro, campo neutro, para decidir o campeão da Taça Brasil. E foi lá que o Bahia colocou 3×1 no maior time que o Santos já teve.
Nós tínhamos Vicente Arenari, que costumava dizer: “do meio de campo para frente, podem fazer suas firulas, suas brincadeiras… Mas do meio de campo para trás, sou eu quem mando”. E foi ele quem comandou, também, esse grande time do Bahia em 59. Como vou esquecer feitos assombrosos como esses? Pois como o próprio Pepe jogador do Santos, em 59, titular ao lado de Pelé, disse: “nós perdemos para o Bahia pelos simples fato deles terem sido superiores em dois dos três jogos que disputamos para chegar ao título O Bahia tinha um esquadrão de aço, era um fato, nós não sabíamos.
Não irei nem comentar do título de 88, apenas irei resumir… O Jornalista Juca Kfouri colocou da seguinte forma: “Os times estavam assistindo o Bahia, dizendo: olha o Bahia vindo ali, olha o Bahia chegando… Não, para o Fluminense o Bahia perde, dizíamos, e o Bahia diante de 110 mil pessoas na Fonte Nova, levando 1×0, virou o jogo para 2×1. Ei! O Bahia passou do Fluminense! E lá estava o Bahia contra o Internacional de Taffarel e companhia, e todos diziam: Internacional vai esmagar o Bahia. Resultado: Bahia campeão Brasileiro em pleno Beira-Rio lotado”.
Como vou esquecer disso tudo? Não dá. Torcedores de outros times campeões ou não campeões, não me peçam isso.
Para encerrar irei apenas falar como falou no filme Léo Briglia, que sentado ao lado de Marito, Vicente e Nadinho disse… “É, na nossa época era diferente, tínhamos amor. Jogávamos com amor… Mas isso não existe mais. Aí temos que ficar assistindo essas merdas de hoje jogando”. Assino em baixo, CAMPEÃO!
Disse também Zé Carlos, chorando, campeão de 88… “Jogar no Bahia para mim era um prêmio, não era pelo dinheiro. Era um prêmio para mim.”.
Era jogar buscando apenas justificar aqueles que estavam nas arquibancadas, torcendo, gritando, chorando… Jogar com amor, buscando simplesmente o triunfo. Não acho que o Bahia seja o que se apresenta hoje, com 90% desses jogadores sofríveis. E o pior… Além de não terem técnica, não possuem nenhum amor e respeito com aqueles que os assistem.
Uma pena. Já tivemos heróis… Não temos mais.
UM PAI ORGULHOSO
Ao entrar no meu perfil do Facebook lá estava, compartilhado, esta maravilha de texto… Eu pensei, com os olhos cheios de lágrimas e emocionadíssimo: Renatinho tem apenas 20 anos de idade e não viu nada do que eu vi em se falando especialmente de Bahia, mas tem uma sensibilidade no quesito amor por esse clube perto do singular, se singular não for completamente.
Por isso não pensei duas vezes e resolvi transcrever para a minha Coluna dois dos meus maiores orgulhos nesta vida; JOSÉ RENATO e o BAHIA. O diploma que ostento com orgulho, bem guardado em nossa casa, de BI-CAMPEÃO BRASILEIRO conferido pelo nosso Presidente Paulo Virgílio Maracajá Pereira em 1989, meu filho, passa a ser inteiramente seu, por merecimento do seu amor pelo E.C. BAHIA.
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