é goleada tricolor na internet
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Publicada em 12 de setembro de 2010 às 00:00 por Autor Genérico

Autor Genérico

O menino do papai

Tudo já aconteceu e nada acontece, ô Brasil sofrido… Surtei, o assunto é outro! Ô Bahia sofrido, será que desta vez vai? Parece que vai. Há determinação explícita dentro de campo. O elenco tricolor tem qualidade não só para subir, mas para conquistar o título. Mas nem precisa tudo isso como objetivo, se ascender já deixa a nação tricolor felicíssima. Mas título é bom, tá?

O melhor de tudo isso é que os resultados, fora, passam mais confiança ao time e alivia a pressão dentro de casa. Jogou mais solto o Tricolor contra o Ipatinga, e a torcida junto. Apesar dos desfalques constantes – embora isto não esteja influenciando na prática –, o Bahia não tem comprometido o seu avanço na tabela e é isso que deixa o torcedor certo de que agora a porta do acesso se abriu e o Bahia está com um pé dentro de casa.

Na verdade o que está fazendo a diferença neste ano são a qualidade técnica do elenco e a disponibilidade quantitativa. O “excesso” é necessário quando a maratona é longa. Torci muito para que Mendes fizesse o seu papel, e o “menino do papai” muito bem colocado fez um belo gol pelo estilo do toque na bola colocando-a conscientemente no lugar certo – fundo da rede. A campanha contra Mendes era visível, mas o Bahia de hoje sabe preservar seus jogadores. Além disso, há um grupo visivelmente unido dentro de campo.

Márcio Araújo, que inicialmente foi tratado por setores isolados da imprensa com algum deboche, está provando que conhece bastante de futebol, inclusive a humildade. Ensina ainda que dá pra jogar, circunstancialmente, com três volantes. Quem tem Fábio Bahia e Bruno Octávio que sabem sair bem com a bola lá atrás, além de marcar bem, pode dar liberdade ao terceiro volante, no caso o eficiente Hélder, e ainda liberar os dois laterais – de muita qualidade, diga-se –, que acabam por se transformar em pontas daqueles tradicionais que vão ao fundo pra cruzar na medida certa.

Ávine foi perfeito – como tem melhorado a cada jogo! – no jogo contra o Ipatinga e dele nasceram os três gols. A defesa continua bem com Alison em ascendência técnica e Nen voltando à forma. Falhas acabam por existir em algum momento, mas já não são pontuais como vinha ocorrendo. Renê transborda em entusiasmo, joga muito e é utilíssimo fora de campo na arte se comunicar. Soube que é formado em marketing esportivo… Ainda bem, o futebol precisa de lucidez dentro e fora de campo.

Paulo Angioni tem retratado muito bem o atual Bahia. Não existe presidente omisso, existe o homem certo no lugar certo gerindo o futebol do Bahia com a experiência que adquiriu como executivo no departamento de futebol do Palmeiras, quando este ganhava tudo. É assim que tem de ser o futebol atual, gerido por profissionais capazes e não por amadores. O presidente do Bahia sinalizou com esse profissionalismo desde a contratação de Paulo Carneiro, que não deu certo, como sabemos, mas nem por isso deixou de buscar outro profissional para planejar com conhecimento a ascensão tricolor à Primeira Divisão.

O Bahia ainda não chegou lá, mas alguém seria capaz de dizer que o caminho não está delineado? No meu modo de entender, com mais oito vitórias o Tricolor estará na série A. Sinceramente, isto não é nada difícil se analisarmos a campanha até aqui. Não só a campanha, mas a determinação de todos que fazem o Bahia, do presidente ao faxineiro, é o seu maior indicativo. De modo particular, a mim interessa ver o Bahia no seu devido lugar. O resto é conversa fiada.

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“O Baratão Auto Peças”, com mais de 150 funcionários é uma empresa muito tricolor. Cerca de 90% dos funcionários torcem pelo Bahia. Paulo Henrique e Jairo ficam monitorando os “contras” – não mais que 2% – e ai desses que tentarem um mínimo de gozação… Aí tem todo um histórico do sempre vice muito bem documentado.

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Um abraço pro meu amigo, colega, e leitor assíduo das minhas colunas, Zé Antonio. Um torcedor capaz de antecipar seus compromissos, quando viajando, só para não deixar de ver o “seu” Bahia jogar. Estando em Salvador ninguém lhe convide para quaisquer banquetes em dia e horário de jogo do Tricolor de Aço.

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