Não vou falar de esquemas táticos, de jogadores, de treinador ou de coisas relacionadas às quatro linhas. Aproveitando o subtítulo de Tropa de Elite 2, o inimigo agora é outro. E é dele que preciso falar.
O Bahia está próximo de conquistar não um título, mas um dos seus maiores feitos em 80 anos de existência. Esse grupo de jogadores sabe que pode entrar para a história do clube, afinal, são sete anos longe da nata do futebol brasileiro.
A responsabilidade é grande. Por mais que no meio do futebol aconteçam coisas inescrupulosas, dessa vez, não acredito que esses jogadores deixarão escapar essa oportunidade pelo fato de o salário estar atrasado um mês. Isso se realmente estiver.
Não me parece perfil desses atletas, ainda mais o time com condições reais de conquistar o feito com uma ou duas vitórias. Atraso de salário, não deveria, mas é uma realidade no nosso país. E nesse aspecto não há divisões, é uma situação que se estende a todos os clubes.
Atribuir uma possível queda de rendimento a salários, ao que parece, é mais uma das inúmeras tentativas de tumultuar o ambiente que, diga-se de passagem, foi exemplar durante a competição.
O Bahia jogou bem contra o Paraná. Vencemos sem sofrimento. No jogo contra o Coritiba era esperada a dificuldade. Não estivemos bem, fomos inferiores. Ainda assim, por alguns minutos, não terminávamos a rodada como líderes. Empatamos.
Sábado perdemos. O campo não ajudou, mas mesmo assim estivemos bem. A arbitragem confusa contribuiu para nossa derrota, o empate seria mais justo pelo que se desenrolou na partida.
Os resultados foram favoráveis e continuamos mantendo cinco pontos de diferença para o quinto colocado, faltando apenas quatro rodadas para o término da competição. A conta para o acesso ficou mais simples. Basta vencermos duas partidas e ponto final. Se considerarmos que o Sport ainda joga contra o América-MG, talvez nem precisemos disso tudo.
Poderíamos nos limitar a debates relacionados ao que vimos dentro das quatro linhas. Mas aí vem o quarto poder local, contaminado pela epidemia nacional do jornalismo baseado na polêmica, e faz a parte dele. Ecoa aos quatro cantos que os jogadores fizeram corpo mole por causa dos salários atrasados. Rapidamente, todos os veículos divulgaram o furo jornalístico.
Houve uma cobrança normal e como tem de ser, civilizada e entre eles. Os jogadores não fizeram nenhuma reclamação pública ou demonstraram qualquer descontentamento que justificasse seu desempenho em campo. A diretoria acertou os ponteiros e está tudo resolvido. Setembro foi pago e outubro estará na conta até o próximo dia 15.
Francamente! Deve ser falta do que publicar ou de criatividade mesmo. A imprensa baiana já passou da hora de se reciclar. É preciso renovar e, principalmente, qualificar as pessoas responsáveis por levar informação ao torcedor. Chega de gente sem compromisso com a informação, que coloca interesses escusos e objetivos pessoais em primeiro plano.
Estamos bem próximos de definir a nossa volta à Série A. O momento é de união, fé e apoio aos jogadores. Eles estão realmente empenhados em conquistar o objetivo, fecharam com o torcedor e vão continuar se entregando em campo, como fizeram até agora.
Márcio Araújo, comissão técnica e jogadores, saibam que terão o nosso apoio até o fim. Continuem honrando a camisa desse time, que é amado por milhões e invejado por poucos insignificantes. A chance dos nomes de vocês ficarem eternizados na memória de cada torcedor está em vossas mãos. Acreditamos que nenhum fator externo vai desviar o foco.
E para aqueles que anseiam por nossa derrocada, encerro o texto com uma frase conhecida: Vida longa aos meus inimigos, para que eles possam aplaudir de pé a minha vitória.
Saudações Tricolores!
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