é goleada tricolor na internet
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Publicada em 16 de novembro de 2004 às 00:00 por Autor Genérico

Autor Genérico

O dia da caça

O jogo do Bahia contra o Avaí, na Fonte Nova, pode entrar para a história como o dia em que os cambistas se ferraram. O número de ingressos vendidos foi superior ao público presente ao estádio. Até 5 minutos antes do jogo, as arquibancadas do setor Dique estavam praticamente vazias.
Enquanto isso, do lado de fora, os cambistas amargavam um prejuízo histórico, tendo que revender bilhetes até por R $ 1,00. Com as meias-entradas esgotadas duas horas depois de abertas as bilheterias, na quinta-feira, e o anunciado recorde de público, o torcedor preferiu apostar no fim-de-semana prolongado. Resultado: 57.053 pagantes e 47.000 presentes.
Isso lembra a fábula do pequeno pastor que brincava de estar sendo atacado pelo lobo. Os outros pastores corriam em seu socorro e ele, então, ria da própria farsa. Um dia, o lobo atacou de verdade e ninguém mais apareceu.
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Mas vamos ao jogo. O Bahia mais uma vez provou suas limitações. Não tem alas, o ataque não funciona e o meio-de-campo é ultra-dependente de Robert, que recebe, quase sempre, a marcação implacável de até três adversários.
A falha de Leonardo faz parte da mística do futebol. Ele que sempre mantém a média da eficiência, errou feio. Minutos antes, porém, fez o gol que o ataque tem dificuldades em fazer.
A inoperância do ataque Tricolor é crônica. A insistência do treinador Oswaldo Alvarez com Selmir beirou a teimosia. Aliás, foi a mesma coisa com Valdomiro. Renna sempre dá velocidade e opções de tabela ao time, e já era pra ser titular desde o fim da fase de classificação. Selmir não dribla, não chuta, não cabeceia, não passa, não ganha dividida com zagueiro, não faz gol. Tem que ir pro banco.
Tudo perdido? Nada perdido. Oswaldo Alvarez montou um bom conjunto, embora limitadíssimo, com os jogadores que possuía. Temos condições de ganhar do Fortaleza, do Avaí e do Brasiliense. È só botar a alma e o coração no bico da chuteira e contar com a mística da camisa azul, vermelha e branca. É a esperança que temos de compensar um time sem bons laterais, com um meio-de-campo que não arma, com um ataque que não faz gols.
A maravilhosa torcida do Bahia, o empenho dos jogadores, o comando de Oswaldo Alvarez e a estrela tricolor nos colocou entre os quatro melhores da Série B. É contar com tudo isso, mais uma vez, pra ganharmos o Campeonato.

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