O jogo é contra o São Paulo, no Morumbi, certamente uma parada dura para o Bahia. Parada dura… Vírgula, o Tricolor da Boa Terra sempre levou vantagem nos confrontos com o Tricolor Paulista. Claro, isso não é lógica e tampouco um fator regido pelo sobrenatural. O São Paulo é um clube grande que opta por formar times técnicos, que joga e deixa jogar, proporcionando assim espetáculos mais ao gosto do torcedor.
O Tricolor baiano, por ser um clube que está sempre voltado para conquistas de acordo com a sua tradição de vencedor, costumeiramente arma times razoavelmente técnicos e, quando enfrenta times como o São Paulo, tem facilitada mais as suas ações para um jogo igual. É mais fácil jogar contra o São Paulo que enfrentar um Palmeiras ao estilo Felipão, que arma seus times mais fechados.
Não diria que jogar contra o São Paulo sob pressão é um fato positivo para o Bahia. Pode ser que influa, pode ser que não. Há no time paulista jogadores de larga experiência como Rogério Ceni e Rivaldo, de técnica acima da média, como Dagoberto e Lucas, entre outros. Então, todo cuidado ainda é pouco porque o time são-paulino é experiente e acostumado com situações adversas, como na Libertadores da América, por exemplo, onde ele se sente à vontade.
Entretanto, creio numa vitória do Bahia pelo fato de o Morumbi ser um estádio amplo, com um campo grande e gramado de excelente qualidade, aliados, talvez, ao fator psicológico. Depois, não tenho dúvida que a torcida do Tricolor baiano residente em São Paulo estará apoiando a sua paixão maior, levando consigo o corintiano colega de trabalho, vizinho etc., que não perde uma oportunidade de torcer contra um dos principais rivais, principalmente se esse rival está no G-4 concorrendo diretamente com o seu clube.
Afora isso, fico um pouco apreensivo com essa coisa de René colocar um time com três volantes em detrimento da inteligência, técnica, experiência e liderança de Ricardinho. Compreendo a sua opção, ele é quem sabe o porquê dessas alternâncias, mas me permito discordar dele nesse ponto. Porém, se o problema de Ricardinho é a sequência com intervalos curtíssimos entre um jogo e outro, passo a dar razão ao treinador e a entendê-lo melhor nesse aspecto, afinal Ricardinho não é um garoto e a idade pode desgastá-lo ao ponto de prejudicar seu futebol e consequentemente o Bahia.
UM POUCO SOBRE JOBSON
É claro que a ansiedade pela definição da sua situação tem impedido que ele produza tudo que sabe e que a torcida espera. Não deve ser fácil pra ele. Mas tem um detalhe: esse atraso no veredicto e as seqüentes vezes em que ele é sorteado para exame de doping, tem tudo a ver com alguma orientação do CAS. Os juízes querem ter certeza de que o Jobson está livre das drogas. A mudança do dia 4 de Agosto para 3 de Setembro ratifica o meu raciocínio.
Daí eu acreditar que Jobson não será condenado. A intenção dos juízes não é marginalizar o atleta, sim lhe dar a oportunidade para que o mesmo exerça sua profissão com dignidade e exemplo para os que estão iniciando, infelizmente, no vício. Uma punição para uma vítima de traficantes, que pede socorro e oportunidade de regeneração à sociedade, que tem um filho e espera por outro, não seria inteligente e muito menos humano, por parte dos juízes. É por detalhes como esses que acredito na absolvição de Jobson.
BOATOS
Nada de concreto sobre a venda de Marcone para o exterior como andam propalando por aí. O Bahia só concordaria em vendê-lo por cerca de 4 milhões de reais livres para o clube. Vale acrescentar que parte dos direitos federativos do jogador pertence a empresários desde a sua chegada ao Bahia.
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