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Coluna

Djalma Gomes
Publicada em 31/01/2020 às 10h33

O roteiro deste ano está bem escrito

O ano futebolístico começou e aí estão os respectivos campeonatos domésticos e Nordestão para os clubes iniciarem os preparativos visando competições nacionais e internacionais. O modelo atual, no qual os clubes colocam dois times para disputá-los, parece-me o mais adequado para possibilitar times competitivos e perto do ideal. Os campeonatos nacionais e internacionais é que de fato são os objetivos dos clubes e, especialmente, os do Bahia.

Enxergando isso é que a direção do Tricolor manteve uma base antiga incluindo comissão técnica e alimentando-a com novas contratações capazes de melhorar substancialmente a qualidade do plantel, inclusive, mantendo um elenco que não ultrapassa a média de idade dos 26 anos. Futebol não se aprende, é qualidade nata, mas se aperfeiçoa física e tecnicamente.

Com o novo centro de treinamentos o Bahia oferece todas as condições para que esse aperfeiçoamento de importância máxima seja ainda melhor com um planejamento começado desde o ano passado, e trazer o promissor técnico Dado Cavalcante foi uma boa tacada que em tese faz parte de uma filosofia de trabalho que visa não deixar o Bahia sofrer solução de continuidade.

Com isso fica claro que se por algum motivo Roger Machado sair antes do fim do seu contrato com o Bahia, ou mesmo não renová-lo ao fim do atual, Dado Cavalcante dará continuidade ao trabalho sem precisar que o clube fique à mercê do mercado de técnicos, que vale salientar, não está fácil para contratar. Vejam os respectivos casos do Inter, Flamengo, Atlético Mineiro e Santos que recorreram ao mercado exterior para conseguir.

Aliado a esse planejamento vem o calendário deste ano do Tricolor e esperamos que seja menos sofrido com essa inovação. Ora, se a CBF não está conseguindo fazer um calendário em condições de os times cumpri-lo sem exaurir física e psicologicamente seus plantéis da metade do ano para frente, esses clubes então adequam-se ao atual calendário mantendo dois times profissionais que, se a um preço financeiro relativamente alto, na contrapartida pode porém gerar um favorável custo-benefício, e esse é o objetivo.

O torcedor não vê os fatos exatamente por esse prisma porque é um imediatista movido pela paixão e que cobra muito do seu time desde a largada do calendário. Não deveria ser assim, mas esse é um ponto que não se discute porque paixão e racionalidade não combinam em tempo, lugar e situação alguma, já que são antagônicos e de sentimentos extremos.

Uma parte da torcida – não sei medir seu tamanho – já começou a chamar Roger de “burro”, teimoso e acha que ele não sabe fazer substituições táticas. Taxam-no também de retranqueiro etc. etc... Imaginem que o mesmo treinador era quase uma unanimidade ano passado no seio da torcida. Mas esse é o torcedor, quase todos eles viajam na mesma carroceria de um caminhão chamado paixão onde o freio de arrumação é a tônica. Se joga mal é vaiado, se joga bem é aplaudido. Se ganha é o melhor, se perde é o pior.

Meio termo é artigo de luxo, mas seria bom se todos entendessem que agora Roger Machado tem um elenco mais ao seu estilo que precisa ser trabalhado para adaptá-lo ao modelo tático que ele quer implantar, mas isso não se faz em dois ou três jogos, demanda tempo e muito trabalho. Por um princípio filosófico e profissional, Roger não gosta de pegar o “bonde” em movimento, mas como em toda regra há exceções, ano passado ele assim o fez. Neste ano é diferente, ele está começando um trabalho com conhecimento de parte significativa do elenco e este é um dos fatores que me faz acreditar que o roteiro deste ano está bem escrito.

 

OS MAIORES BALUARTES DA HISTÓRIA DO BAHIA SÃO INJUSTAMENTE DEIXADOS À PARTE

Cada prédio na Cidade Tricolor ganhou o nome de alguém... Nem vou entrar no mérito do merecimento porque não sou julgador. Porém, achei o fim da picada deixarem à parte, como se nada representassem, OTÁVIO CARVALHO (fundador e presidente do Bahia), OSÓRIO VILLAS BOAS e PAULO VIRGÍLIO MARACAJÁ PEREIRA. O primeiro representa a paternidade do maior clube do Norte e Nordeste. Os outros dois baluartes, Paulo e Osório, dispensam quaisquer comentários e obrigatoriamente deveriam encabeçar os atos de respeito e grandeza à memória edificante no ESPORTE CLUBE BAHIA.

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