O sucesso de uma realização nada mais é do que uma consequência da prioridade dos valores em que acreditamos e das decisões diárias que tomamos em nossas vidas. Nada poderá funcionar a contento se não tivermos o reconhecimento pelo mérito do trabalho e da dignidade com a qual o realizamos, sobretudo quando se trata da coisa pública, assim como um clube de futebol, por exemplo.
O ser humano tem dentro de si um número ilimitado de recursos, e escolher nesse universo de opções, os melhores recursos nessa luta pela disputa no mercado ao qual estivermos inseridos, os fatores decisivos são; inteligência, sapiência, frieza, paciência e sensatez. É como um jogo de xadrez onde só dá o xeque-mate intelectos dotados dos sentimentos acima. Maturar para realizar algo gigantesco significa um conjunto sábio de sentimentos que faz parte de uma estratégia inteligente.
Na luta pela sobrevivência o homem tem utilizado, fundamentalmente, dois processos apenas, que podem ser exemplificados pelo episódio de um rei persa e de um menino holandês. Ao aproximar-se com o seu exército de um braço do mar, Xerxes olhou através do Helesponto e perguntou: como vou atravessar esse obstáculo com meus soldados? O Rei então ordenou aos seus generais que construíssem uma ponte, com barcos, e eles obedeceram.
Porém, quando a ponte ficou pronta veio uma tempestade e a destruiu completamente. Num ataque de raiva, Xerxes ordenou aos soldados que aplicassem trezentas chibatadas no mar. Depois de não não conseguir fazer a travessia, mandou executar os supervisores que haviam dirigido a construção. Era realmente um impasse – um homem contra o mar, e ele fracassou completamente.
Relembremos agora aquele menino holandês que conseguiu triunfar sobre o mar, colocando o dedo no buraco de um dique – lembremos dos Países Baixos. Alguém poderia pensar que qualquer um seria capaz de igualar aquele menino em heroísmo: bastaria estar presente quando o dique começou a vazar por aquele buraquinho, bem como possuir dedos.
Os Países Baixos são um pequeno país do Noroeste da Europa. A nação também é conhecida como Holanda, nome da principal parte do país. Na realidade, nos Países Baixos existem duas províncias com esse nome: Holanda do Norte e Holanda do Sul; juntas, elas formam a região conhecida como Holanda
Na verdade, algo importante foi mais necessário nesse caso do menino, a outra peça do equipamento mental que nem sempre está à disposição das pessoas: a inteligência, a capacidade de estabelecer novas correções, novas associações e pensar de maneira diferente. E isso exige presença de espírito, criatividade, sensibilidade, além de dedos.
Xerxes enfrentou o problema sem nenhuma inteligência, o que o impediu de compreender a natureza das suas dificuldades. O menino holandês conseguiu ver o problema sob um novo ângulo e perceber a relação entre o seu dedo e o furo no dique.
Metáforas à parte, quero apenas chamar a atenção da torcida do Bahia, que em sua maioria, incluindo os Youtubers, vivem em permanente estado de vigília angustiante para ver essa negociação entre Bahia e City Group finalizada como esperado. Eu também tenho esse sentimento de apreensão. A imprensa toda tem.
Ocorre que o Presidente do Bahia, na pessoa de Guilherme Bellintani, tem sido a borracha vedadora da panela de pressão. É ele que tem feito essa negociação com o maior cuidado que o caso requer porque o teor de decisão é extremo em responsabilidade e, se ele falhar, na medida que prejudique o Bahia, o mundo desabará sobre sua cabeça porque será responsabilizado pelo que ocorrer.
Então, para que estar a todo instante especulando com fechamento, ou não, do negócio, com desistência do City, traçando paralelos entre Bahia e Palermo, invocando o competente jornalista Nicolas como se ele fosse um privilegiado sabedor de tudo sobre o assunto, como se a compra do Palermo, pelo City, gerasse o desinteresse dos gringos pelo Bahia, e por aí seguem. Esqueçamos as especulações e aguardemos a fala de Bellintani porque no momento certo ele se apressará em anunciar o Bahia City. Ele apenas está agindo como o menino holandês e não com a desinteligência do Rei.
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