O Manchester Globetrotters é o mundo

Rogério Ceni já deu. A raiva pela quarta derrota, em um ano, para o Flamengo, é coisa de torcedor chateado. Para mim, que tenho a função de opinar sobre o Bahia, é mais do que isto.

O Bahia passou o ano de 2024 com um dos elencos mais qualificados dos últimos 30 ou 40 anos, sem sombra de dúvida.

Este mesmo Bahia, que perdeu o estadual e o regional com desempenho muito aquém do investimento realizado, teve sua passagem de pano devidamente feita por setores da torcida e imprensa.

O mesmo Bahia, que fez do líder do campeonato brasileiro o seu freguês, não consegue vencer o time rubro-negro carioca. Ok, são fatos que não definem absolutamente nada. Mas comprova o quanto Rogério é teimoso, inflexível e gosta de invencionices.

O Bahia passou os noventa minutos sem nem assustar o Flamengo. Sua saída de bola, algo alertado desde o começo do ano como deficiente, esteve pior do que a média. O ataque, improdutivo, só toca e nada faz.

Ceni já tem anos de mercado, já tem alguma estrada para refutar qualquer definição de neófito. Conquistou títulos, inclusive no próprio Flamengo, mas com um elenco daquele até eu. Insiste nos seus conceitos superados, não assume sua responsabilidade e culpa os jogadores quando das derrotas.

O Bahia pode muito bem, ainda, classificar-se para a Libertadores, seja na pré ou na pós. Se o fizer, será mais pela incompetência alheia do que por mérito próprio. De qualquer forma, estamos garantidos na série A do ano que vem, oportunidade de corrigir equívocos e investir melhor.

Seja lá qual for o desfecho do Bahia neste ano, torço, fervorosamente, que Rogério Ceni vá pra casa da porra, e que os britânicos tomem vergonha na cara e arrumem alguém que tenha resultados, entregas, etc: qualquer coisa menos toquinhos de bola que não levam a lugar algum.

Não quero ser o arauto da desgraça, mas eu avisei. Se deixar, ele te engana de novo. Que Ceni vá pro quinto dos infernos, de preferência hoje. Amém.