é goleada tricolor na internet
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Publicada em 31 de agosto de 2020 às 02:39 por Marcelo Barreto

Marcelo Barreto

O jogo que vi- Bahia 1 x 1 Palmeiras

Meus Amigos,

Neste sábado à noite, em mais uma partida com tempos bem diferentes do Esquadrão, o Bahia empatou com a equipe do Palmeiras pelo placar de 1×1.

Roger Machado surpreendeu na escalação, ao sacar Ernando, Ronaldo e Zeca, que vinham tendo atuações bem interessantes, para dar oportunidade à Lucas Fonseca, Daniel e Capixaba. Esperava até a entrada de Daniel, mas com alteração do sistema para um 4312. Entretanto, o Bahia repetiu a idéia de começar o jogo com duas linhas de 4 bem compactas e deixando Rodriguinho e Gilberto adiantados. O receio de Daniel não dar conta na marcação não se confirmou e tivemos um time que conseguia iniciar bem as jogadas, com boas triangulações entre Daniel, Rodriguinho e os pontas Elber e Rossi. O problema é que o último passe desses dois atrapalhou muito as jogadas ofensivas no último terço do campo, com cruzamentos errados ou tomadas de decisões equivocadas. E quando acertavam, a bola desviava na zaga, como nos chutes de Rodriguinho e Gilberto.

Gregore, apesar do cartão amarelo ridículo no início do jogo e a suspensão para a próxima partida, conseguiu controlar as investidas dos adversários e fez um jogo muito acima do que vinha apresentando nas últimas partidas. Aliás, Lucas Fonseca e Juninho fizeram um bom primeiro tempo e defensivamente o Bahia não correu perigo na primeira parte.

A segunda parte iniciou-se de forma semelhante, com o Bahia tentando propor o jogo, mas pecando no último passe. Quando conseguiu completar uma jogada em gol, Rossi estava impedido e o gol de Gilberto não valeu. Só que o gás do Bahia acabou com 15 minutos. Os laterais, que não estavam fazendo uma partida ruim, começaram a errar tudo, passes, posicionamento, cruzamentos, além de ceder muito espaço na marcação, com bolas nas costas a todo instante. Parecia que o Palmeiras tinha “acordado” para o jogo, tamanha a mudança de postura do time paulista e tamanha queda de rendimento do time tricolor. Enquanto o time paulista efetuou as 5 alterações permitidas entre os 22 e os 28 minutos, o Bahia começou a mexer no time somente aos 29 minutos, com as saídas de Rossi e Gilberto para as entradas de Saldanha e Ronaldo, numa clara demonstração de que Roger não confia no elenco que tem à disposição.

Anderson, que era um mero espectador na primeira parte e que havia se atrapalhado todo com a bola minutos antes, fez uma linda defesa no chute de Wesley, após chegada pela esquerda nas costas de Nino. Logo depois deste lance, na sequência, Nino errou na saída de bola, num passe errado de claro desgaste físico (as pernas já não acompanhavam o que a cabeça determinava), a zaga estava toda aberta, Scarpa cruzou e Zé Rafael marcou. 0-1.

Roger depois disso promoveu mais 2 trocas, tirando Daniel e Rodriguinho exaustos para colocar Marco Antônio e Clayson. As alterações pouco surtiram efeito. Um chute de Élber, para fácil defesa de Weverton e uma falta mal cobrada por Clayson, na barreira. Zé Rafael teve a chance de matar o jogo, mas Anderson à la Manuel Neuer fez uma linda defesa, mantendo vivas as esperanças do torcedor tricolor. Nos acréscimos, Marco Antônio, em nova cobrança de falta acertou a barreira. No escanteio, Weverton saiu mal e o mesmo Marco Antônio, tão criticado por Roger pela sua falta de profissionalismo, dominou e fez com estilo o gol de empate. 1-1. Brilhou novamente a estrela tricolor.

O empate acabou sendo o resultado mais justo para o que as duas equipes apresentaram durante a partida. O Bahia, com claros problemas físicos e de peças de reposição, novamente se mostrou um time que depende demais da inspiração de Rossi e Élber para fazer o jogo de Rodriguinho aparecer ainda mais. E Gilberto continua sua seca na série A 2020. Acho que Roger pode tentar encaixar Marco Antônio como o reserva de Rodriguinho neste esquema de 442, pois o paraense sabe fazer gols e tem bons recursos técnicos, precisando para isso jogar perto do gol. Precisamos achar no próprio elenco alternativas que façam o ataque do time melhorar. Outra possibilidade seria lançar Saldanha e Gilberto de início, pois os 2 tem mobilidade e sabem jogar. O garoto tem qualidade mas não me parece um centroavante de origem e sim um atacante de mais mobilidade, que gosta de sair da área. Num 4312, com Gregore/Ronaldo mais recuados, Jadson/Elton pela direita e Daniel/Ramon pela esquerda, com Rodriguinho/Marco Antônio centralizado, essa poderia ser uma opção para os jogos em casa, onde temos menos espaços para os velocistas correrem. Alternativas existem, mas primeiro o elenco precisa estar equilibrado fisicamente para que consiga entregar algo além do que vem demonstrando.

Anderson – Não teve culpa no gol. Foi fundamental para o Bahia ter chances até o fim do confronto com duas defesas excelentes.
Nino – Fez uma partida ruim. No primeiro tempo até foi razoável, mas na segunda parte caiu muito de produção. Novamente tomou nas costas no gol, além do erro de passe que originou a jogada do Palmeiras. Não está bem. Talvez Zeca possa jogar algumas partidas pela direita, visto que João Pedro será operado no joelho e não tem previsão de volta.
Lucas Fonseca – Uma das surpresas na escalação, fez uma partida boa, principalmente nos cortes pelo alto.
Juninho – Melhorou muito em relação à última partida, pois jogou de forma mais simples, sem querer inventar tanto.
Capixaba – Retornou ao time e fez uma partida razoável, mas com nítida queda de rendimento físico e técnico na segunda etapa.
Gregore – Mais um cartão desnecessário, o que o tira do próximo jogo. Porém foi muito bem no jogo, com muitos desarmes seguros e sem cometer tantas faltas. Achei o melhor do Bahia no jogo.
Daniel – Assumiu a titularidade e mostrou que não pode sair do time. Seus toques de bola, organização das jogadas e bom entrosamento com Rodriguinho fizeram o Bahia jogar um bom futebol na primeira parte e no início do segundo tempo. Cansou e precisou sair
Élber – Fez um jogo mais aguerrido do que nos outros confrontos, mas ainda perdeu muitas bolas de forma boba. Não conseguiu dar sequência nas jogadas criadas por Rodriguinho e Daniel.
Rossi – Fez mais uma partida ruim, apesar de não faltar entrega e luta. Nas jogadas que teve vantagem perante o marcador, não conseguiu transformar estes lances em chances claras de gol. Só em um lance de Rodriguinho que conseguiu passar com qualidade.
Rodriguinho – Novamente o jogador mais lúcido do time. Com Daniel em campo, seu futebol sobe de produção, pois não precisa recuar tanto para achar os companheiros. E enquanto teve pernas foi o mais perigoso ao adversário. Precisa aguentar os 90 minutos, nem que para isso seja o jogador que menos volte para defender.
Gilberto – Se esforçou bastante, teve 2 chances de gol para fora e um gol anulado. Ainda longe do matador de antes da pandemia, mas que ainda tem crédito com a torcida.

Clayson – Entrou e pouco produziu. Talvez sua posição em campo deva ser revista, pois pelos lados não consegue praticamente nada.
Ronaldo – Entrou e pouco produziu.
Saldanha – Entrou e brigou bastante, mais uma vez. Merece ser testado de início, ao lado de Gilberto e Rodriguinho em condições físicas ideais.
Marco Antônio – Entrou e deu mais coragem ao ataque, sofrendo faltas, “partindo para cima” da defesa do Palmeiras. O gol foi de quem sabe jogar e a sua declaração no fim da partida foi um “tapa com luva de pelica” no treinador.

Roger Machado – O time fez bons 60 minutos de jogo. Depois foi ladeira abaixo. Não pode ficar com uma alteração por fazer, até pelos problemas físicos do time. Acredito que falta confiar mais em algumas peças, como Marco Antônio, pois não é a primeira vez que ele entra e faz jogadas salvadoras (Grêmio e Chape ano passado). Além disso, se a saída de Fernandão for confirmada é necessário cobrar reforços também à direção. Faltam opções para o ataque e com a lesão de João Pedro, faltam opções para a lateral direita. Borel já deveria ter sido testado no baiano pós-pandemia, mas agora vai correr o risco de ir para a fogueira no Brasileiro. Além disso, repensar o esquema que depende de Elber e Rossi para construir as jogadas no último terço do campo. Bastante irregulares, talvez fosse o caso de pensar no 4312, com Daniel e/ou Ramon em apoio à Rodriguinho, Marco Antônio/Saldanha e Gilberto. Sua declaração de que não se preocupa com os próximos jogos, mas tão somente o atual, demonstra que está pressionado, apesar da direção não se manifestar sobre o assunto. O bom treinador aparece na adversidade e está na hora de fazer funcionar os seus conhecimentos.

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