Eu não quis ir ao estádio ver o BA-Vi, apesar do co-irmão ter levado uma sapecada no interior de Alagoas que o definiria como presa razoavelmente fácil para o Bahia. Ainda assim não confiei, e mesmo vendo algum progresso no Bahia de Renato Gaúcho, não arrisquei. Preferi ficar na Associação dos Servidores do Banco Central (Asbac), aqui pertinho de casa, bebendo algumas geladinhas com uns não menos desconfiados amigos, tricolores e rubro-negros.
Fizemos um pacto: ninguém fala de futebol nesta joça, exceto do campeonato aqui do clube que vai ter o seu início na próxima terça-feira. E assim passamos um domingo maravilhoso, o que para nós, tricolores, está prolongado pela vitória de 2 a 1. Já os meus amigos canabravenses, rubros de tantos desgostos, deixo que curtam a dor das incertezas que os castigam desde que os alagoanos os colocaram de frente com a realidade.
Para o bem da verdade estava todo mundo desconfiado, nem um lado e nem outro estava certo de uma vitória. Pudera, o Bahia empatou com o Madre de Deus e o outro se enrolou todo com o Corinthians de Alagoas, time que não está em nenhuma das divisões do futebol brasileiro. Fazer o quê? Os dois maiores do futebol baiano sofrem com a falta de dinheiro e seus respectivos presidentes apenas estabeleceram uma folha na ordem mais ou menos equivalente a meio salário do Robinho, do Santos.
Talvez os dois juntos tenham uma folha que iguale ao salário do santista. Talvez! É bom ratificar. O Fluminense do Rio tem o Fred, o Atlético de Minas redescobriu o Obina artilheiro, o São Paulo descobriu Fernandinho, que pelo visto não sai do time titular. O Santos à exceção de Robinho tem um time todo novato com a maioria sendo prata da casa. Só na Bahia nada de positivo acontece com os nossos.
O nobre Rui Cordeiro certamente vai mandar e-mail pra mim dizendo que estou começando a descobrir a pólvora…. Já vou logo adiantando, Rui, aguardarei o fim do campeonato baiano e o desenrolar da Copa Brasil. Dessa vez vai ou racha!
Se quiserem um Bahia capaz em campo, então é preciso investir no time de forma infalível. Vai entrar dinheiro fruto da venda da sede da Boca do Rio, pois então que se forme um grande time para subir porque é este o objetivo. O importante é recolocar o Bahia na Primeira Divisão custe quanto dinheiro disponível for necessário para se chegar lá. O resto é tiro nágua e conversa fiada de quem quer que seja.
O time que o Bahia tem hoje não vem inspirando confiança à torcida! Tem peças boas que devem ser aproveitadas como base para o time que disputará a Segunda Divisão do Brasileirão. Também não espero por contratações espetaculares, espero por contrações de jogadores que venham para somar como titulares. De meia-boca já chega! Onde buscá-los? No São Paulo e similares, fora dessas fontes é morrer nas mãos de empresários querendo fazer do Bahia uma vitrine, onde qualquer bonde possa ser exposto.
A aposta no jogador da base sub-20 ainda não me parece ser para este ano. O que está aí não vai dar muito jogo, não. Porém o sub-17 já é uma aposta bastante animadora, parece-me individualmente mais qualificada, mas nada que possa trazer alento para este ano. Neste ano, infelizmente, a única saída é dinheiro ao vivo e a cores, e se o tal dinheiro da Prefeitura Transcons não se materializar, nada será possível a nível de Primeira Divisão. Reflitam.
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Mancada, incompetência, descaso, política… Todos esses adjetivos têm um só destino: Sudesb. Não dá para entender como praga predatória o mal que assola o gramado de Pituaçu. Diria que a praga de lá é o cabide político tão peculiar às instituições do governo. É feio, e mais do que feio é vergonhoso ver um estádio novo, tipo cartão postal, com o seu gramado jogado às traças. E isto é o que os olhos vêem, longe dos nossos olhos pode causar arrepios.
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O radialista Mário Freitas, um ícone no rádio baiano, mal conseguia conter a sua revolta após a derrota do seu time para o Bahia. A bola foi pênalti e disso acho que ninguém tem dúvida. Mas no gol do Vitória, antes, houve a falta em Edílson que não foi apontada pelo juiz do jogo e causou o contra-ataque que redundou em gol. Erros acontecem, e eles têm acontecido muito contra o Bahia, inclusive, favorecendo ao Vitória. Agora, que é impressionante a paixão que o Mário tem pelo Vitória, isto é. Ele não consegue controlar, salta aos olhos e ainda entra nos ouvidos.
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