é goleada tricolor na internet
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Publicada em 10 de abril de 2024 às 09:17 por Djalma Gomes

Djalma Gomes

Não foi bom

Não foi bom, mas nem por isso o mundo deixou de ser mundo. O Bahia perdeu o campeonato no final de março – se me faço entender – e não no dia 7 de abril. Na autêntica final o jogo seguiu normal até aos 32 minutos, após isso se tornou anormal porque jogar 72 minutos inferiorizado numericamente fez toda a diferença já que do outro lado havia um time coerente com a sua proposta de jogo e muito bem dirigido tecnicamente. 

– Agora é deixar que comemorem as chuvas porque a safra do milho está salva e sendo festejada pelos avicultores com muita alegria, não sem justo motivo. Afinal, a seca vinha castigando a avicultura por longos e penosos seis anos e a ameaça de faltar o milho era iminente. Até o ovo da galinha poderia desaparecer do mercado e a “Kombi do ovo” silenciar seu maldito alto-falante – não gostei disso. 

Comemoração à parte, no Tricolor a página muda para uma outra fase de decisão, dessa vez pela Copa Nordeste – conquistá-la é uma questão de honra. Rogério Ceni não vive um estado de graças com a torcida, mas também não entrou em desgraça porque a bandeira branca ainda está a meio pau e tudo dependerá de como termina o Nordestão e começa o Brasileirão. 

O que Ceni deve fazer é se debruçar sobre as críticas construtivas e transformá-las em reflexões para corrigir o seu ponto mais sensível que é rever conceitos. Precisa quebrar seus paradigmas e renunciar às previsibilidades das substituições durante as partidas já com as cartas marcadas – Yago Felipe é o Az de ouro do baralho de Ceni. Nota-se – peço vênia – que existe uma preocupação em escalar, sempre, o Yago Felipe – é o que parece.  

Incomoda-me também, a declarada rejeição do treinador aos jogadores de baixa estatura. Temo por Nicolás Acevedo, o melhor primeiro volante do Bahia. Temo igualmente por Biel o melhor ponta esquerda do elenco. Esses, em minha opinião, são jogadores imprescindíveis entre os onze titulares – claro, com Acevedo em condição física ideal. Se Rogério pudesse, acho que faria um elenco único só com jogadores de alta estatura. 

Também quero entender: por que Camilo Candido não foi adquirido definitivamente e acabou indo embora; por que emprestaram Matheus Bahia que é mais lateral esquerdo do que todos da posição que restaram no elenco. Não por acaso, no Ceará Matheus Bahia barrou tecnicamente o titular e ótimo lateral Paulo Victor. Não seria bom para o Bahia que aqui estivesse Matheus Bahia? Mais uma vez peço vênia pelo tom de prejulgamento e penso: Rogério, possivelmente, resolveu não querer contar com Camilo e nem com Matheus. Só isso? O tempo nos contará. 

É para lamentar que um profissional inteligente, com um nome monstruoso no cenário do futebol mundial, conhecedor do que faz, de muito futuro – se resolver mudar conceitos, repito –, organizado e trabalhador, ainda não tenha aprendido a ser sensível com seus próprios erros, extraindo deles o melhor conteúdo para mudar. Como disse o pensador “experiencia não é aquilo que acontece conosco; é o que fazemos com aquilo que acontece conosco”. Espero sinceramente, Rogério, que você possa reavaliar alguns conceitos para começar a colecionar sucessos, porque seu potencial não tem limites. Sua evolução depende só de você.  

 

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