Diretoria inexperiente, técnico sem o devido preparo, elenco limitado tecnicamente — onde apenas se salvam não mais que três ou quatro jogadores de bom nível técnico –, são as pedras do caminho que estão quase fazendo o Bahia permanecer na Segunda Divisão.
Nada pessoal contra as pessoas que compõem a direção do clube, comissão técnica e elenco, estou embasado tão somente nas atitudes e nos modestos números desta temporada de um clube que pretende galgar a Primeira Divisão…
Contra números não existem argumentos. Existe, sim, a comprovação de que neste ano o “castelo de areia” tricolor mais uma vez ruiu. Podem até arguir que matematicamente ainda há chances. Vou concordar. Mas… será que aquilo que não convenceu ninguém até aqui reverterá essa situação conquistando 10 ou 12 pontos e ainda tendo de torcer por uma pane coletiva nos demais concorrentes diretos? Se perder para o Náutico — concorrente direto em ascensão –, adeus Corina! Com 63 pontos não sobe porque o critério número de vitórias se tornou um outro adversário…
Isto se algum dos demais concorrentes apenas se limitar a chegar aos 63 pontos. Repito: estou embasado em números — quisera eu que fosse apenas pessimismo da minha parte e numa realidade gritante que é a incapacidade do time em campo.
Charles não era o nome indicado para ser efetivado. O Bahia está numa situação delicada, precisando de alguém experiente no comando técnico, porque ser estrategista em campo e político nos vestiários são habilidades indispensáveis para entrar nesse funil onde cinco times brigam para ver quem sai primeiro do outro lado. Então, nesse afunilamento, houve a necessidade de substituir o técnico, mas efetivar o auxiliar com pouca ou nenhuma habilidade nos vestiários para separar o joio do trigo — com histórico de desarmonia com alguns atletas em passado recente –, e querer obter sucesso, torna-se algo improvável.
* Aliás, Charles, por que tanta má vontade com Pittoni? A torcida pede, a imprensa pergunta, você responde “Ele tem treinado. Quando eu achar que pode jogar, ele vai jogar. Se vai jogar ou não, depende do que tenho de ideia de jogo”. Facilite, Charles, esse filme eu já assisti.
Esses egos não podem ser benéficos. Benéficas são as atitudes de humildade, mas este não tem sido o seu caso enquanto técnico. Sábado, contra o Santa Cruz, você deu show de infantilidade quando achou que modificando o time com improvisações poderia se destacar. O tiro saiu pela culatra, moço.
Enfim, que não seja o ABC um alfabeto difícil, que não seja o Boa das Alterosas uma montanha impossível de escalar, que não seja o Náutico a pedra do caminho para que o Atlético de Goiás seja, enfim, a redenção. Mas antes de tudo isso, orar é a recomendação.
DIREÇÃO
O melhor que a diretoria tem a fazer é começar a planejar o ano de 2016, incluindo aí coisas importantíssimas como a Cidade Tricolor e o consequente aparelhamento para a grandeza do clube, assim como são Atlético de Minas, Cruzeiro, São Paulo e outros do mesmo nível. Ou se conscientiza que não dá para ficar correndo contra as dificuldades que apequenam o Bahia em campo, subindo num ano e descendo no outro, brigando sempre na bacia das almas ao invés de partir para a verdadeira organização do clube, ou se chega claramente para a torcida e diz: o tamanho do Bahia é esse aí e ponto final.
comentários
Aviso: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do ecbahia.com.
É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral, os bons costumes ou direitos de terceiros.
O ecbahia.com poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios
impostos neste aviso ou que estejam fora do tema proposto.