Muito interessante a entrevista feita pelo Globo Esporte com o goleiro Marcelo Lomba, que há seis meses estava descartado por Luxemburgo, apesar de ter tido a responsabilidade de substituir um ídolo que houvera entrado em desgraça com a sociedade por infeliz escolha. Percebe-se a sinceridade nas palavras de Lomba e a leveza do prazer que sente em ter dado a volta por cima na Bahia e no Bahia, onde, segundo ele, quer continuar.
Eu preciso ser feliz. E hoje eu sou muito feliz no Bahia. As coisas na minha vida, no lado profissional, pessoal, qualidade de vida… Estou bem em tudo. Não posso reclamar de nada! O Bahia me dá tudo que preciso. Salários em dia, estrutura de campo, profissionais qualificados… Não tem como eu pensar que algo pode ser melhor. Aqui está ótimo. É um clube com torcida de massa. Tenho que respeitar os contratos que tenho, mas, se possível, fico aqui. Estou realizado dentro e fora dos campos.
Fiz absoluta questão de transcrever esse trecho da entrevista que Marcelo Lomba concedeu a Globo porque ele simplesmente ratifica o meu conceito sobre o atual Bahia e a organização da estrutura como um todo. Não tenho como achar diferente. Se já não tinha dúvidas antes, quando tudo estava muito nebuloso, pelas próprias dificuldades, presentemente estou convicto de que o Bahia segue uma reta com objetivo definido.
Falar sobre incompetência nessa gestão é buscar a distorção dos fatos e subestimar o sentimento de percepção da maioria. Que uma minoria tenha preconceito sobre a pessoa de Marcelo Filho e também não goste do presidente tricolor, nada mais natural. Afinal, se ele fosse unanimidade, seria muito monótono e o trabalho, possivelmente, não tivesse a performance atual. O que também seria natural pela ausência de cobranças.
Toda democracia com grau elevado no embate faz com que a oposição busque o aproveitamento da sua ideologia, pela situação, porque essa ideologia nada mais é que a convicção sobre um suposto exemplar modelo de governo. Idem as convicções da situação que, também, supõe que o seu modelo de gestão é o ideal.
No meu entendimento, a diretoria tricolor tem o discernimento politicamente correto para acolher críticas construtivas e, no mesmo diapasão, na relação com as críticas destrutivas, tem inteligência suficiente para silenciá-las. O peso ou a leveza, tanto faz.
A crítica quando é razoável, não ultraja ninguém, pelo contrário, abre mais ainda a mente do criticado para considerações pertinentes. Agora, se ela é ostensiva e proposital ao ponto das ofensas, acabam-se quaisquer chances de diálogo e daí em diante nada há que se fazer para ser agradável e, muito menos, curvar-se ao radicalismo.
Abram-se quantas janelas de esclarecimentos ao radicalismo. Este jamais mudará de posição, não importa se o time vai bem, se as contas estão em dia, se hoje o clube tem crédito e credibilidade, se um centro de excelência Cidade Tricolor vai ser construído, nada, absolutamente, nada disso tem importância… Porém, continuar trabalhando como tem acontecido, tem toda importância para o Bahia.
REFLEXÃO
O Bahia me dá tudo que preciso. Não tem como eu pensar que algo pode ser melhor. Aqui está ótimo. (Marcelo Lomba)
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