Qualquer texto nesse momento soa como crônica de uma morte já anunciada. Vou utilizar as sábias palavras de Nando Reis, cantor e compositor que aprecio muito e que fala de amor como poucos, para desabafar: Amor eu sinto a sua falta e a falta é a morte da esperança. Trocaria o amor da frase pelo Bahia e ela ficaria perfeita para os dias atuais. Escutei essa música hoje e não pude evitar a comparação com os últimos acontecimentos que presenciamos.
Fiquei pensando o que seria melhor pra nós. Estou quase chegando à conclusão que o fim do maior clube do N/NE – o Bahia, ele mesmo, o antigo campeão dos campeões -, é a solução para acabar com tanto sofrimento. Acredito que dessa forma não estaríamos mais aqui perdendo tempo, queimando neurônios, procurando soluções e participando de infindáveis discussões a respeito do mesmo tema. Seria a melhor maneira de satisfazer o desejo daqueles que são os verdadeiros donos da nossa paixão, essa corja assassina, a tríade do terror.
Estamos testemunhando, ano após ano, tanto horror e iniqüidade ao nosso Tricolor que estou começando a me acostumar à idéia de viver sem ele. E não é comodismo, é a morte da esperança. A todo o momento surge uma jogada suja, um movimento torpe, vil e sanguinário, que estão culminando na morte lenta do Bahia, o antigo campeão dos campeões.
Os déspotas da nossa mediocracia continuam agindo. Resolveram indicar um nome para as próximas eleições, justamente no momento em que o clamor público apontava numa direção: Reub Celestino. Não vou aqui comentar ou questionar a competência do escolhido da tríade, seria leviano. Mas essa indicação é nitidamente um ataque, um xeque-mate na oposição, já que Reub havia afirmado que não queria concorrer à eleição e, sim, ser um nome de consenso.
Imagino a felicidade deles nesse momento. Devem estar comemorando mais uma vitória, saboreando com gosto a nossa derrota. Nem a política do pão e circo foi tão miserável, quanto a que essa corja implantou. Eles estão destruindo não só um patrimônio público, mas a alegria de milhares de pessoas. Será que eles não percebem? Sim, claro que sim!
Outro dia, assistindo ao programa “Sportcenter” da ESPN Brasil, Antero Greco, um dos comentaristas da casa, falando a respeito dos grandes times do Brasil que caíram para as divisões inferiores, comparou o Bahia ao Napoli, da Itália. Ora, o Napoli é o quinto ou o sexto maior time da Itália, mesmo que tenha vivido anos entre a segunda e terceira divisões. Essa comparação nos diz muita coisa. Se é tão fácil para alguém, principalmente do eixo RJ-SP, enxergar isso, por que se torna tão difícil os nossos líderes pensar dessa forma? E olha que Antero não é o único a achar que não devemos viver eternamente na penúria. Juca Kfouri também não entende o que se passa por aqui.
Paciência! Eles venceram mais uma vez. E agora, o que fazer? Qual a direção a seguir? Sinceramente, não sei. Quando tudo parecia estar caminhando para um desfecho favorável ao nosso ente querido, fomos apunhalados novamente. Quem perde? O Bahia, o antigo campeão dos campeões, que está com os dias contados, respirando por aparelhos. O que vemos no horizonte? O fim.
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