Com o fraco desempenho tricolor no segundo turno do Brasileirão – na verdade, desde as 3 últimas partidas da primeira fase – a torcida decretou o fim da lua de mel. Com o time, com o treinador e com o grupo City. As razões para o fraco desempenho da equipe, a julgar pelas desculpas de Ceni, são várias, indo da má qualidade do gramado à perda de confiança, sem deixar de passar pelo excesso de jogos.
O fato, entretanto, é que, ao longo do segundo turno, o gramado melhorou, espaçaram-se os jogos e o desempenho continuou pífio. Sobrou apenas a falta de confiança para contar a história do desempenho tricolor. A título de curiosidade, parece que esse repertório não é exclusivo de Rogério Ceni. Recentemente, o Manchester City publicou em suas redes sociais, após mais uma derrota, desta feita diante do Liverpool, uma foto de Pep Guardiola acompanhada da seguinte frase, a ele atribuída: “a partir daqui, vamos tentar construir, vencer jogos e recuperar a confiança”.
Não dá para negar que, realmente, a equipe como um todo caiu de produção. Mesmo jogadores acima da média como Evérton Ribeiro e Santi Árias deixaram a desejar nos últimos jogos. Muitos atribuem a esse baixo rendimento a insistência de nosso treinador em manter um time titular, repetindo a escalação à exaustão, com perdão pela má rima… A esses, questionaria, se possível, por que tantos técnicos desejam poder repetir a equipe que entra em campo, partida após partida? A repetição de movimentos e posicionamentos dos atletas não ajuda a construir uma equipe entrosada? A favor de Ceni o fato de que, nos últimos confrontos, ele sacou diversos jogadores e promoveu a entrada de alguns até então reservas? A equipe até melhorou o desempenho, mas não conseguiu transformar em resultados positivos. À exceção, claro, do jogo contra o Cuiabá, partida em que jogamos pedra em santo e do estrondoso triunfo sobre o Atlético-GO, partida que marcou a reconciliação entre a torcida e o clube…
Obviamente, não dá para olhar apenas os aspectos negativos da temporada. O Bahia terminou o campeonato em oitavo lugar. Fato inédito na época dos pontos corridos. Retornamos à Libertadores após 35 anos. Isso não é desprezível, embora a expectativa do torcedor fosse por resultados melhores. Tenho a convicção que se os desempenhos nos turnos fossem invertidos, o torcedor tricolor estaria em êxtase, exaltando o grupo City, Rogério Ceni e os jogadores. Mas, após um primeiro turno onde fizemos 31 pontos e alcançamos a 7ª colocação, apesar das péssimas três últimas partidas da primeira fase, chegar num segundo turno com 22 pontos e uma 13ª colocação, só dá mesmo para dizer que o Bahia se desligou do campeonato, entrando em modo off, só religando nas partidas finais.
Confesso que, ultimamente, deixei de olhar para os resultados dos outros clubes e, também de fazer contas. Tampouco queria entender quais as razões que nos levaram a uma performance tão pífia. Só espero que toda a tecnologia de gestão tão badalada do grupo City seja capaz de retirar as necessárias lições do cenário negativo que vivemos em 2024 e tenha também a capacidade de usar esses aprendizados para construir um 2025 ainda melhor. BBMP!!
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