Meus Amigos,
Inicialmente, quero aqui registrar as inúmeras mensagens de apoio e confiança após meu nome ter sido cogitado para concorrer a eleição do nosso Bahia. Mesmo não avançando com a inscrição da chapa, fiquei bastante lisonjeado com o convite feito pelo grupo Independente Tricolor. Aproveito para informar que não estou inscrito em qualquer chapa ou que faço parte de qualquer grupo político e que irei continuar elaborando as minhas análises aqui. Parabenizo a todos os sócios que se inscreveram para concorrer à Diretoria Executiva e ao Conselho Deliberativo. Que seja uma disputa sadia e que vença o melhor. Mas, principalmente, que seja uma grande festa da nossa democracia.
Feito este registro, nesta segunda-feira, no Estádio Major Couto Pereira, o Bahia fez um jogo bem interessamte e quebrou um longo tabu ao vencer o time do Coritiba por 2×1. Desde 1985 que o Esquadrão de Aço não batia o alviverde paranaense fora de casa.
Se a partida estava cercada de boas perspectivas por causa dos inúmeros desfalques do anfitrião e pelo bom momento do Bahia, logo no início ela se transformou em apreensão. Aos 2 minutos o Coritiba abriu o placar, após o lateral esquerdo William Matheus ir ao fundo e cruzar para Giovanni Augusto, entre os zagueiros, finalizar. 0x1. O gol foi uma jogada bem tramada do Coxa, visto que o jogador Robson puxou a marcação de Nino para o meio, permitindo o corredor para William Matheus avançar sem marcação.
O Bahia seguiu com dificuldades em neutralizar as investidas do time paranaense, muito pela ausência de um jogador de referência no ataque, muito pela incapacidade de Ronaldo e Daniel efetuarem desarmes precisos. Mano então precisou intervir, corrigindo o posicionamento do time, adiantando os laterais e executando uma saída com 3 atletas, passando o time para atuar num 361. Além disso, trouxe Fessin e Elber mais para o meio, para serem decisivos no 1 contra 1.
Essas mexidas deram ao Bahia um maior volume de jogo, impedindo o Coxa de chegar ao ataque como vinha acontecendo. O gol era questão de tempo. Fessin, Élber e Nino finalizaram com muito perigo. Quando parecia que o time ia empatar, um lance quase pôs tudo a perder. Erro no corte da bola por Anderson Martins e Giovanni Augusto arrancou para marcar o segundo. O lance foi anulado após consulta ao VAR pois considerou toque de mão do jogador Neilton.
Logo após esse lance invalidado o Bahia empatou. Matheus Bahia arrancou e achou Élber dentro da área. O camisa 7 dominou, cortou e bateu seco. 1×1. Na comemoração fez o gesto característico de quem pede siêncio à torcida, o que não se justifica pelo seu alto salário e seus poucos gols pelo clube, além da sua irregularidade “constante”.
O Coritiba sentiu o gol. Tanto que Gregore ia fazer um golaço ao sair tabelando com o meio e com o ataque, mas esbarrou em Wilson. Fim da primeiro tempo e a sensação de que o Bahia iria virar o jogo.
A volta do intervalo reservou a primeira mexida no Bahia. Anderson Martins, com incômodo na panturrilha, foi substituido por Juninho. O Coritiba adiantou suas linhas, e deu trabalho ao Bahia para sair jogando desde a defesa. Mesmo assim, as jogadas de ataque pelos lado continuaram a surgir, principalmente por ter em Élber seu jogador mais agudo. Os dois times continuaram desperdiçando oportunidades, sempre pecando no último passe.
Mano foi promovendo alterações, com as entradas de Zeca e Rossi, nos lugares de Matheus Bahia e Fessin. E a entrada do camisa 12 foi crucial para o triunfo tricolor. Primeiro porque começou a causar desequilibrios no setor. Matheus Bahia buscava mais o fundo. Zeca já tentava uma tabela, um toque mais curto. E num desses lances, ele definiu o placar. Recebeu na esquerda, trouxe para o meio e cruzou fechado. A bola foi venenosa e morreu no fundo do gol. 2×1 Bahia.
Douglas ainda fez uma linda defesa em chute de Neilton e o Bahia desperdiçou alguns contra-ataques, principalmente com Rodrigunho que entrou muito mal e com dificuldades em construir o jogo. No fim, com méritos, o Bahia conseguiu um triunfo importantíssimo para as suas aspirações no campeonato.
Douglas – Precisa melhorar a saída do gol em cruzamentos. Mas fez pelo menos duas lindas defesas.
Nino – Fez um bom jogo. Seguro, foi bastante ofensivo e poderia ter marcado um belo gol no primeiro tempo. Pecou defensivamente, muito também pela falta de apoio de Fessin e de Daniel.
Lucas Fonseca – Fez um jogo muito bom. Pareceu estar mais confortável e em melhor forma física.
Anderson Martins – Fez uma partida abaixo do que se espera dele. De bom somente os passes bem encaixados para os defensores.
Matheus Bahia – Deu o passe para o gol de empate. Ofensivamente foi bem.
Ronaldo – Fez uma partida razoável, com bons desarmes e antecipações. Entretanto, se posicionou mal várias vezes, favorecendo o adversário.
Gregore – O melhor em campo. Marcou, cobriu, jogou construindo e quase faz um golaço. Seu futebol cresceu muito com Mano Menezes.
Daniel – Não foi nem meia atacante e nem meia organizador. Precisa chutar mais em gol ou acertar um passe milimétrico.
Fessin – Diferente dos outros jogos, esteve apagado. Mesmo assim teve 2 chances claras de gol. Precisa marcar, se quiser sair do país.
Élber – Fez uma partida muito boa. Criou perigo ao adversário e fez um gol importantíssimo.
Gilberto – Fez uma boa partida. Muita movimentação e participação na construção das jogadas. E conseguiu jogar os 90 minutos bem. Algo raro em 2020.
Juninho – Entrou e não comprometeu. Ainda cortou algumas bolas perigosas.
Marco Antônio – Entrou e pouco produziu. Errou um passe para Rossi que poderia ter sido o 3-1.
Rodriguinho – Alguns toques de qualidade. Mas errou praticamente todas as jogadas que disputou. Precisa de sequência, para subir seu nível de jogo.
Zeca – Entrou e foi fundamental no triunfo. Sua mamãe está no céu, comemorando sua volta por cima. Que seja aqui no Bahia.
Rossi – Entrou e não comprometeu. Fechou bem o lado direito do Coritiba. Participou, sem bola, do gol, ao tentar tocar nela.
Mano Menezes – A estratégia deu certo novamente.. Soube fazer a leitura antes do intervalo, adiantando os laterais para baterem de frente com os do Coxa e reduzir o espaço de manobra do adversário. E sua entrevista foi bastante esclarecedora. Se deixar ele trabalhar, poderemos colher frutos em breve.
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