Meus Amigos,
Num domingo em que a rodada estava perfeita para as aspirações do Bahia, com a real possibilidade de terminar em 11º ou 12º colocado, o time de Mano Menezes voltou a decepcionar o torcedor com uma atuação bastante irregular, que culminou com a derrota para o Sport Recife por 2×1.
Mano teve a oportunidade de manter o time que venceu o Botafogo, mas preferiu sacar Clayson do time e lançar Élber no lado esquerdo do meio campo, dentro do tradicional 442 em linha. Esta mexida se mostrou equivocada em toda a primeira parte visto que o camisa 7 fez mais um jogo desinteressado, preguiçoso e sem qualquer senso coletivo. O resultado disso foi que no primeiro tempo o Bahia só jogou pelo lado direito, com Nino, Elias e Ramires. Nino inclusive certou dois belos cruzamentos para Gilberto, mas o camisa 9 estava em nova noite ruim e errou o movimento de cabeceio nas duas oportunidades.
O Bahia não fez um primeiro tempo primoroso, principamente pela má produção ofensiva de Élber, Marco Antônio, Gilberto e Ramires, mas mesmo assim controlou as ações da partida em 90% do tempo. O Sport ameaçou somente em uma falta da intermediária e no lance que ocasionou o primeiro gol da partida já no finzinho da primeira parte. Élber não acompanhou Patric, tomou o drible seco, Capixaba chegou atrasado e acabou derrubando o lateral pernambucano. Na cobrança Hernane, o Brocador, bateu bem no canto. 0-1 e mais nada a acrescentar na primeira etapa.
Para o segundo tempo, Mano Menezes arriscou 2 substituições. Sacou Ramires e Marco Antônio e lançou Daniel e Clayson. O time passou a jogar num 433, com ÉLber sendo deslocado para o lado direito. Isso se mostrou um erro, visto que o Sport cresceu no meio campo e o Bahia ficou ainda pior na partida. O segundo gol do rubronegro da Ilha do Retiro surgiu em falta lateral cometida por Nino, após Élber não voltar na marcação de Sander. Na cobrança, mesmo com 8 defensores do Bahia contra 4 jogadores do Sport, o Bahia conseguiu sofrer o gol, em cabeçada forte do volante Marcão. Não achei a bola indefensável, mas longe de ser uma falha do goleiro Douglas. 0-2, com 8 minutos do segundo tempo.
Percebendo que o problema estava no lado direito do ataque do Bahia, Mano finalmente substituiu Elber para colocar Fessin. O menino criado no ABC de Natal deu nova vida ao ataque do Bahia. Muito pela movimentação e pelas arrancadas, muito porque passou a ser uma peça que realmente queria jogar, diferente do decorativo camisa 7 do Bahia.
E a primeira chance criada no segundo tempo, aos 20 minutos, foi puxada pelo camisa 70. Fessin entrou pela direita, balançou no meio de dois zagueiros e bateu no canto, para bela defesa do arqueiro do Sport. No rebote, a zaga afastou para escanteio e na cobrança do corner o Bahia teve uma dupla chance com Gilberto e Daniel, mas ambos chutaram na zaga. Inclusive neste lance entendi que houve um pênalti em Gilberto, cometido por Iago Maidana, mas que o árbitro não assinalou. E devo destacar que Gilberto sequer reclamou, o que causou estranheza.
Aos 26 minutos Gilberto perdeu um gol inacreditável, dentro da pequena área. Após cobrança de Clayson, a bola sobrou para o camisa 9, que, com o gol aberto, preferiu dominar e deu a chance para o goleiro se recuperar e defender. Surreal.
Mano Menezes foi para o tudo ou nada. Nino, que já não produzia mais nada desde a saída de Ramires, deu lugar a Saldanha. E o camisa 99 marcou no primeiro toque na bola. Na cobrança de escanteio, o garoto sozinho, completou de cabeça. 1-2 e a esperança na virada finalmente apareceu.
O Bahia cresceu de produção. Conseguiu criar boas chances de marcar, com Clayson em cobrança de falta, com Daniel chutando de fora da área e novamente com Clayson, em 2 bons chutes que o goleiro do Sport defendeu. E no último lance da partida, Clayson desarmou o zagueiro do Sport, foi ao fundo e tocou para trás. Gregore recebeu, cortou para a esquerda e bateu seco no canto. Seria um lindo gol se o VAR não tivesse anulado o lance, considerando um toque de mão de Clayson. No momento do lance entendi que o segundo toque de mão na bola foi proposital, com o movimento dos dedos de parar a bola no lugar. Para mim a anulação foi correta. Fim de jogo e mais uma derrota do Bahia. 1-2.
Douglas – Não vi culpa nos gols. Foi um espectador da partida
Nino – Fez um primeiro tempo interessante, com bons cruzamentos, novamente pela presença de Ramires e Elias pelo seu lado. No segundo tempo, com Élber por aquele setor, sofreu mais. Cometeu uma falta desnecessária e depois disso sumiu na partida até ser substituído.
Ernando – Terminou o jogo de lateral, tentando ajudar ofensivamente. Não foi mal, mas tanto ele como LF precisam ser mais eficientes pelo alto. O gol tomado foi muito ruim.
LF – O gol sofrido de cabeça decorre de uma suposta falta reclamada. Só que o zagueiro precisa se impor mais no jogo aéreo. Não pode cair após qualquer toque.
Capixaba – Um primeiro tempo inexistente e um segundo tempo sem sal. Muito abaixo do que produziu no jogo anterior. Essa irregularidade precisa acabar.
Elias – Novamente não errou passes e soube se impor com a experiência que possui. Terminou o jogo como uma espécie de 3 zagueiro, para ser a bola de segurança do time.
Gregore – A presença de Elias novamente permitiu que seu bom futebol aparecesse. Marcando e tendo liberdade de movimentação, quase sai de campo consagrado com um belíssimo gol, que foi anulado.
Ramires – Deu a Nino uma boa opção de jogo na primeira parte. Mas foi pouco ofensivo, o que se espera de um meia que tem liberdade para chegar à frente. Não acho que merecia ter saído do jogo antes de Élber.
Élber – O pior em campo. Sem sangue, sem vontade, o setor esquerdo foi nulo na primeira parte porque sua presença matava as jogadas ofensivas e na segunda parte fez 10 minutos tenebrosos. Jogou num ritmo muito abaixo dos demais e tem participação indireta nos dois gols sofridos.
Marco Antônio – Não foi bem na partida, pois tentou tocar mais do que finalizar. Precisa arriscar mais no gol, pois tem capacidade para isso.
Gilberto – Não pode perder a grande quantidade de chances que teve para marcar. Errou 2 cabeçadas e duas finalizações que um camisa 9 não pode perder. Luta não está faltando, mas acho que precisa de um banho de sal grosso para tirar esse mau olhado que colocaram. Tá “carregado”.
Daniel – Entrou e deu mais dinâmica ao meio. Arriscou um belo chute de fora da área, além de passes muito precisos. Precisa ter sequência como titular, pois já mostrou qualidade.
Saldanha – Entrou e marcou no primeiro toque. O “artilheiro” da era Mano Menezes no Bahia, com 2 gols em 5 jogos, já merece ser titular no lugar do camisa 9.
Fessin – Entrou e deu vida ao lado direito do ataque na segunda parte. Após sua entrada o time passou a jogar com mais vontade. Gostei da movimentação e ousadia para arriscar dribles e chutes. Vale a pena dar outra chance.
Clayson – Não merecia ser reserva para Élber antes da bola rolar e depois do jogo isso ficou ainda mais claro. Merece novas oportunidades, pois mostrou repertório de dribles, chutes e passes, levando perigo ao gol adversário.
Mano Menezes – Errou na escalação inicial e errou ao manter Élber no time para a segunda etapa, mexendo no esquema tático. Depois corrigiu e teve coragem para arriscar com a saída de Nino. Precisa estabilizar a quantidade de gols sofridos pela defesa, principalmente pela bola aérea do time.
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