Meus Amigos,
Numa terça-feira sem graça, ainda amargurado pela eliminação da CNE, o Bahia voltou a campo, em partida válida pela 3.fase da CB.
Jogando de forma mais agressiva, diferente da última partida de Enderson Moreira, o time treinado por Cláudio Prates começou o jogo acumulando uma sequência de gols perdidos. Élber, que estava “on fire”, praticamente ganhou todas as bolas da defesa Regatiana, deixando Gilberto e Arthur Caíque em excelentes condições de marcar. Uma pena que os atacantes pareciam estar de “ressaca”, tamanha a displicência para finalizar as jogadas. A mudança no meio campo, com Ramires mais próximo de Douglas Augusto e Elton deu consistência ao time, com apoio pelos 2 lados aos laterais, o que deu mais variação de jogada ao time. Além disso, a saída com 3, tão comum com Enderson Moreira, foi menos utilizada pelo interino, o que já foi um avanço.
O jogo caminhava para um triunfo tranquilo do Tricolor quando o lance que mudou a partida aconteceu. Moisés, que visivelmente está sentindo nas pernas e na cabeça os jogos e a contestação da torcida, não acompanhou Barbio (com sua velocidade sem controle) e fez um dos pênaltis mais infantis que já se viu ao puxar o atacante do Galo da Pajuçara pela mão, dentro da área. Na cobrança, o eterno Zé Carlos marcou. 1×0.
A tranquilidade do Tricolor na condução da partida deu lugar à uma série de erros, descontrole e desorientação. Por pouco o CRB não ampliou o placar e complicou a eliminatória. Fim do 1. tempo e 1×0 para o CRB.
O jogo do Bahia começou a mudar quando Fernandão entrou no lugar de Douglas Augusto, que não fazia uma boa partida. A presença do camisa 20, além de gerar maior preocupação da defesa adversária, deu ao Bahia profundidade e mais tempo de bola no ataque, visto que Gilberto estava muito isolado e pouco produzia. O grandalhão passou a fazer a parede, dando a oportunidade dos laterais chegarem e efetuarem os cruzamentos. Além disso, deu mais liberdade para Arthur Caíque flutuar no meio, o que fez com que seu jogo melhorasse substancialmente.
E foi do atacante barbudo o gol de empate. Numa jogada estranha de Moisés, com bate rebate, o lateral se redimiu e achou o camisa 77 na linha da pequena área, que não perdoou. 1×1. O detalhe é que Arthur Caíque estava livre de marcação, muito provavelmente porque Gilberto e Fernandão estavam em campo. Outro ponto positivo para Cláudio Prates.
No fim, o resultado positivo deu ao Bahia a tranquilidade necessária para jogar em Salvador por um triunfo simples, na estréia do novo comandante Roger Machado.
Sobre a contratação do novo técnico, me arrisco a dizer que foi uma excepcional ação da direção, não somente pelo currículo do treinador, mas também pelo seu currículo como jogador, pela pessoa que sempre foi no futebol e por vir acompanhado de uma referência na preparação física brasileira, que é Paulo Paixão. 6 copas do mundo, 3 finais, 2 títulos, não é para qualquer um. Torço muito para que dê certo e que fique aqui até o fim de 2020 pelo menos, quando termina o seu contrato. Precisamos mudar esse cenário de time que mais troca de treinador no Brasil desde 2003. 64 treinadores é muita coisa. Precisamos de estabilidade.
Anderson – Alguns tentaram imputar a ele o lance do pênalti, mas sem culpa alguma na minha opinião. A bola ia fora. Preguiça e desatenção de Moisés somente.
Nino – Fez uma bela partida. Marcou, foi ao fundo, um dos melhores do time.
Ernando – Não comprometeu.
LF – Mal na partida, não achou Zé Carlos. Permitiu alguns lances do ataque, por estar mal posicionado.
Moisés – Partida pífia do lateral. Se não fosse o cruzamento para o gol de empate, teria errado tudo na partida. Ainda tomou um passeio de Barbio, o que é inadimissível. Precisa sair do time e se recondicionar fisicamente e mentalmente. É um ativo do clube e estava sendo colocado as feras pelo antigo treinador.
Elton – Fez uma partida regular. Não comprometeu.
Douglas Augusto – Errou muitos passes e esteve aquém do que vinha jogando. Acho que a mudança no esquema, obrigando ele a chegar mais à frente pelo lado esquerdo, o deixou desconfortável. Tem sua vaga de titular ameaçada.
Ramires – Fez uma partida de maior mobilidade, apesar dos erros de passe. Acho que será útil se jogar nessa posição, apoiando pelo lado direito. Não tem características de armador, mas sim de um “box to box”, ou aquele meia que joga de área a área. Será um dos pontos que Roger terá que se debruçar.
Élber – O melhor em campo disparado. Uma de suas melhores partidas no Bahia. Hoje não tem como ser reserva.
Gilberto – Bem abaixo do habitual. Pareceu desconcentrado. Talvez esteja precisando de uns dias de descanso.
Arthur Caíque – Esteve muito mal na partida, bastante disperso. Mas com a entrada de Fernandão passou a flutuar por trás dos 2 centroavantes e foi feliz ao concluir para empatar a partida.
Nilton – Entrou e não coomprometeu.
Flávio – Entrou para manter o apoio pelo lado direito e não comprometeu.
Fernandão – Entrou e deu mais força ofensiva ao ataque. Jogou de forma diferente do esperado, pois ficou muito do lado direito, mas foi importante para pressionar a defesa alagoana.
Cláudio Prates – Foi mais ousado do que o antecessor. Teve méritos no empate e soube refazer a formação original quando o time pareceu estar sem pernas. Foi bem, por incrível que pareça.
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