é goleada tricolor na internet
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Publicada em 30 de julho de 2020 às 13:32 por Autor Genérico

Autor Genérico

Minha Análise – Bahia 1 x 0 Confiança/SE

Meus Amigos,

Na semifinal da Copa do Nordeste o Bahia passou um enorme sufoco contra o organizado time do Confiança/SE, conseguindo a classificação no finalzinho e garantindo sua presença nas finais da Lampions, após o placar magro de 1-0.

A expectativa do confronto seria de um Bahia dominante, pressionando a Equipe do Bairro Industrial desde o início do confronto. Isso efetivamente ocorreu, mas com uma disposição tática que viria a ser muito prejudicial ao longo da partida. Diferente das partidas anteriores, onde o time de Roger Machado construia as suas jogadas num 4222, com Elber e Clayson responsáveis pela armação das jogadas e Rodriguinho e Fernandão mais próximos do gol adversário, com as laterais livres para a passagem de Capixaba e João Pedro, o Bahia nesta partida voltou ao esquema de 2019, com dois pontas abertos (Clayson na esquerda e Élber na direita) e Rodriguinho tentando fazer a ligação pelo meio sozinho. Isso se mostrou um erro gigante, pois as linhas de defesa do Confiança, muito próximas, anulavam os dribles, dobravam as marcações e impedia o avanço tricolor.

O Bahia só levou perigo quando Élber conseguia se desvencilhar dos adversários e tabelar com João Pedro. Numa desta jogadas, o lateral cruzou e Fernandão fechou na primeira trave, obrigando o goleiro do Dragão à uma grande defesa. Quem esperava um crescimento do time Tricolor viu na verdade muitos erros de passe, bolas para trás, tentativas infrutíferas de jogo pelos lados e pouca aproximação entre os atletas. Pareciam jogadores estáticos, como se tivessem raízes no campo. Foi irritante o primeiro tempo do Bahia.

Na segunda parte, esperava-se uma mudança de postura, mas esta não ocorreu. Pelo contrário. O Confiança, que na primeira parte somente se fechou, arriscou duas subidas ao ataque e quase surpreendeu o Bahia em um escanteio cobrado no primeiro poste. O time de Roger só foi apresentar algum lance de perigo quando Rodriguinho, conseguiu achar Élber na direita com um lindo passe, mas o camisa 7 bateu por cima, mesmo tendo Fernandão livre do outro lado em condições de finalizar. Isso foi aos 18 minutos, o que prova a ineficiência ofensiva do time.

Com a entrada de Alesson no lugar do apagadíssimo Clayson, o Bahia passou a jogar mais no 4222, com ÉLber e Rodriguinho mais próximos, com Alesson flutuando mais perto de Fernandão. Isso gerou uma maior passagem de João Pedro pela direita, que chegou em alguns momentos com certo perigo mas errando os cruzamentos. Juninho optou por uma jogada individual e levou perigo ao gol adversário, numa bela arrancada pela esquerda. Enquanto o Bahia martelava, o Confiança lutava para conseguir chegar aos pênaltis. O time Proletário já não incomodava o Bahia ofensivamente, mas seguia fazendo sua marcação muito bem ajustada, impedindo o maior sucesso Tricolor. E quase conseguiu seu objetivo.

Élber pegou uma bola na linha do meio campo, arrancou pela esquerda passando por 3 adversários e tocou para Capixaba. Este devolveu para o camisa 7 que serviu Daniel na entrada da área. O camisa 8 tricolor, tinha acabado de entrar no lugar de Gregore, ajeitou e bateu no canto. 1×0 Bahia e classificação bem encaminhada. Ainda teve tempo para um susto de Anderson, que saiu mal do gol e largou uma bola perigosa, mas no fim o Bahia garantiu sua classificação para a final contra o perigoso time do Ceará. Serão dois jogos difíceis, pelas características dos jogadores cearenses e pelo bom trabalho de Guto Ferreira com as bolas paradas.

Anderson – Pouco trabalhou, mas quase entrega no fim, numa bola muito fácil de pegar. Não pode dar esse mole, numa fase tão decisiva da competição.
João Pedro – Achei sua melhor atuação pelo Bahia neste retorno ao futebol. Foi ao fundo algumas vezes, fez boas tabelas. Ainda peca muito nos cruzamentos, sempre rasteiros e no primeiro poste, mas acredito que pode melhorar bastante neste quesito.
LF – Partida regular. Achei bem nas bolas aéreas desta vez.
Juninho – Foi bem defensivamente e ainda fez uma boa jogada ofensiva. Acho uma válvula de escape interessante para jogos retrancados, pois mostra certa habilidade e velocidade para conduzir a bola e aparecer como elemento surpresa para destrancar o jogo.
Capixaba – Com a presença de Clayson no corredor esquerdo teve seu jogo bastante prejudicado. Foi sua pior partida no ano. Muito pela falta de opções de passe dos meias (Clayson estava sempre na sua frente e Rodriguinho isolado entre os volantes), muito pelo excesso de tentativas de carregar a bola.
Gregore – Um dos pilares do time não pode tomar um cartão amarelo com 20 minutos de jogo, por uma falta desnecessária. Sua presença em campo atrapalhou o jogo de Flávio, que precisou ficar mais preso no centro e não colaborou na criação do jogo e não trouxe avanços ofensivos ao time. Se quer jogar como um jogador de área a área (box to box), precisa chegar mais na intermediária ofensiva e arriscar mais passes, infiltrações e chutes. Não fez nada disso.
Flávio – Mais uma partida abaixo do que vinha produzindo, muito pela presença de Gregore em campo em dia ruim. Pouco participou das jogadas ofensivas, ficando muito preocupado com a parte defensiva. Acho que tem mais qualidade que o camisa 26 para fazer essa função de jogar de uma área à outra (box to box) e isso precisa ficar definido pelo treinador.
Élber – Se não teve o mesmo destaque dos outros jogos, tentou muito, lutou bastante e foi o responsável direto pela jogada do único gol do Bahia. Sua confiança hoje é determinante para o sucesso da equipe.
Clayson – Uma partida pífia. Sem alma. Sem sangue. Não precisa ser o craque, mas precisa dar mais em campo. Para a função que ocupa, precisa ganhar mais no um contra um, precisa chutar mais em gol e levar perigo aos adversários. Muito pobre a atuação e uma titularidade inexplicável, nesta função de ponta. Como meia, função exercida nos último 2 jogos, eu acho que pode agregar mais do que como ponta.
Rodriguinho – Sumido de boa parte do confronto, só passou a se destacar quando teve Élber mis perto para jogar. Diversas vezes dominou a bola, procurou alguém para tabelar mas não tinha ninguém por perto. Sua melhor característica é jogar perto do gol, com toques de primeira para abrir defesas e finalizações precisas. Deixar ele no meio dos volantes, de costas, não irá acrescentar nada ao jogo.
Fernandão – Teve uma chance de finalizar e o goleiro adversário impediu seu gol. De resto, ficou à parte do confronto à maior parte do tempo, o que demonstra a incapacidade de criação do Bahia.
Daniel – Entrou no fim para fechar o meio e não comprometeu.
Daniel – Entrou no fim e foi fundamental para o resultado. Como venho falando à tempos, ele é um camisa 8, um segundo homem de meio campo. Veio de frente e teve a felicidade de fazer um belo gol. Que sirva de lição para Gregore e Flávio.
Alesson – Entrou e deu mais mobilidade e trabalho aos adversários do que Clayson. Vejo potencial nele.
Roger Machado – Não entendi o porque da mudança do esquema, a manutenção da forma de jogar durante praticamente 70 minutos e o porque as trocas ocorrerem de forma tão tarde. Daniel só entrou no jogo aos 41 minutos do segundo tempo. Inadmissível isso. A classificação esteve em risco (penaltis são sempre uma loteria) por incapacidade do treinador em não mudar o cenário. Voltar ao modelo de jogo de 2019 é um erro crasso e que custará caro ao Bahia, tanto nas finais do Nordeste quanto no Brasileiro. Além de matar o jogo de Rodriguinho como fez com Guerra. Infelizmente, sua manutenção no comando técnico do Bahia é cada dia mais questionada.

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