Meus Amigos,
Numa segunda feira de muito vento na capital catarinense, o Bahia foi superior ao Avaí e venceu mais uma partida pelo Brasileirão 2019. Este triunfo colocou o time no tão almejado “G-6”, que dá acesso à fase preliminar da Copa Libertadores 2020.
Com a manutenção de Guerra entre os titulares, surpreendendo aqueles que apostaram na volta do esquema de 3 volantes, a equipe de Roger Machado fez 30 minutos excelentes. Jogando num 4141, com Guerra e Flávio alternando a pressão na saída de bola com Gilberto, a equipe tricolor praticamente não deu chances ao Avaí, mesmo fora de casa. Novamente o equilíbrio ofensivo presente, chegando forte com os pontas e laterais pelos 2 lados do campo, inversões de bola bem feitas e 2 gols que praticamente definiram o jogo. Os gols de Élber e Nino foram bem trabalhados, com movimentação interessante de Guerra no 1. gol (levando 2 marcadores e abrindo espaço para Élber trazer para dentro e chutar) e de Artur no segundo gol, ao levar toda a marcação para o centro e abrir o corredor para Nino receber o lançamento, dominar e chutar.
Após os 30 minutos, pareceu que o time não queria mais jogar. Displicência em diversas jogadas e risco de complicar um jogo fácil. O Avaí ainda teve um gol corretamente anulado por impedimento, onde o Bahia pediu falta em Nino Paraíba, o Juiz não marcou e o time parou. Não podemos confiar na arbitragem neste momento em que estamos novamente nas posições de destaque do campeonato. Os jogos serão mais duros e difíceis daqui para frente. Deixamos de ser um clube “simpático”, para ser um rival aos interesses dos “grandes” clubes. Serve de alerta.
O segundo tempo do jogo mostrou uma outra faceta que devemos ter cuidado neste returno. O treinador do Avaí fez 2 mexidas e começou a bloquear a saída de bola tricolor pelos lados. Com isso, ficamos praticamente sem saída de bola, insistindo em jogadas arriscadas e errando muitos passes. Na modesta opinião deste que vos escreve, era jogo para recuar as linhas, trazer o Avaí todo para o campo do Bahia e jogar com lançamentos nas pontas para Artur e Élber, de preferência pelo mesmo lado que a bola iniciava a jogada, por causa dos fortes ventos que estavam contra o ataque do Bahia. Mesmo a entrada de Ronaldo no lugar de Guerra, segundo Roger Machado para conter Douglas Pifador não surtiu efeito algum. O último “camisa 10” do futebol brasileiro encontrou espaços, criou perigo num chute cruzado e só não diminuiu o placar por que o seu xará, melhor goleiro do campeonato (12 “clean sheets”) fez uma linda defesa e impediu o gol na cabeçada desferida contra a meta do Esquadrão.
O Bahia só conseguiu sair da arapuca tática do Avaí quando Élber rompia as linhas com sua velocidade e dribles e quando Fernandão entrou no jogo, que começou a segurar bolas, sofrer faltas na frente. O camisa 20 quase marcou, já no fim, quando bateu de canhota e ela tirou tinta da trave. Fim de jogo, Bahia 2×0 no Avaí e o pessoal do time da Baixa dos Sapateiros começa a olhar o preço das passagens para a Argentina, Chile, Uruguai (Inspirado no Tweet de Darino Sena).
Douglas – Incontestavelmente o melhor goleiro do campeonato. O que este atleta tem sido decisivo e regular é impressionante. Merece uma convocação para a Seleção Brasileira e dificilmente perderá os prêmios de melhor goleiro da competição se continuar assim.
Nino Paraíba – Outro de uma regularidade absurda. Não se desgasta a toa, “corre certo” cada vez mais e tem sido decisivo. Agora começou a marcar gols. Outro que briga como melhor jogador do Brasileiro na sua posição.
Lucas Fonseca – Que partida irretocável do capitão. Sempre seguro não perdeu uma jogada, além de ser um porto seguro nas saídas de bola. Merecidamente foi eleito o melhor em campo.
Juninho – Voltou a fazer uma partida segura. Fez boas triangulações defensivas para Moisés sair do aperto catarinense no segundo tempo.
Moisés – Fez um bom primeiro tempo e ficou preso na marcação na segunda parte. Mas não comprometeu.
Gregore – Fez um primeiro tempo muito regular, com destaque para o passe que achou Nino Paraíba no segundo gol. Na segunda etapa caiu um pouco de rendimento, muito pela maior quantidade de jogadores ofensivos dos adversários.
Flávio – Taticamente perfeito. Uma atuação muito segura e que merece todos os elogios. Ora cobrindo Nino, ora chegando na construção das jogadas, apertando a marcação, merece mais carinho da torcida. Um dos diferenciais da equipe, com seu trabalho eficiente e silencioso.
Guerra – Se com a bola não se destacou, taticamente fez uma partida interessante, principalmente no primeiro tempo. A forma como levou 2 marcadores no gol de Élber sem a bola demonstra que precisamos de jogadores mais ofensivos como ele para esse tipo de jogo. Conseguiu jogar 60 minutos, o que me parece um avanço físico. Vai nos ajudar neste returno, muito por dar o equilíbrio ofensivo que estávamos precisando por aquele setor. A boal tem circulado com mais segurança por aquele lado, talvez porque os marcadores não o ataquem para roubar a bola como atacam um jogador jovem. Dentro de campo esse respeito aos atletas é fundamental para o sucesso das equipes. Espero que a torcida entenda e pare de pegar no pé, pois já vi esse filme com Selmir em 2004. Não fazia o que a torcida esperava (gols), mas abria espaços para as chegadas de Robert, Rodriguinho e Potiguar. O time foi assim até o quadrangular final, quando após insistentes críticas das rádios e torcida, Renna assumiu a titularidade. O resto vocês já sabem.
Artur – Fez um primeiro tempo de mais mobilidade, com participação nos 2 gols tricolores. Na segunda parte ficou encaixotado na marcação avaiana.
Élber – A confiança em puxar e chutar a bola mostra sua belíssima fase. Tão criticado no início, demonstra ser um jogador muito eficiente e capaz de quebrar as linhas ofensivas com muita velocidade e recursos técnicos. Mais um atleta que era criticado, muitas vezes injustamente, e que hoje merece todos os elogios.
Gilberto – Foi importante no primeiro gol e na movimentação ofensiva do time. Na segunda parte ficou preso na marcação e não conseguiu sobressair ao adversário.
Ronaldo – Entrou com a função de anular Douglas mas foi pouco eficiente. Novamente pelo lado esquerdo não atua de forma convincente. Para mim cada vez mais se configura como reserva de Gregore.
Lucca – Entrou para dar velocidade ao lado do campo e teve relativo sucesso.
Fernandão – Ganhou algumas bolas pelo alto, segurando a zaga do Avaí. Quase marcou o terceiro gol. Esse gol está perto.
Roger Machado – Foi corajoso e colheu os frutos da escolha. Atuando de forma ofensiva, mostrou que o Bahia não pode temer ninguém neste Brasileiro. Parabéns pela belíssima campanha.
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