é goleada tricolor na internet
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Publicada em 6 de fevereiro de 2020 às 16:02 por Marcelo Barreto

Marcelo Barreto

Minha Análise – River 1×0 Bahia

Meus Amigos,

Ontem, numa noite lastimável do Esquadrão de Aço, o time de Roger Machado foi ELIMINADO pelo “poderoso” River do Piauí em partida válida pela 1a fase da Copa do Brasil 2020.

Numa competição onde o Tricolor esteve presente nas quartas de final das duas últimas edições, a expectativa em torno da equipe era alta, até pela manutenção do elenco e trabalho, com reforços que melhoraram o elenco. Entretanto, perder da forma que perdeu, numa arrogância e letargia que irritaram o torcedor, apenas corroborou o que este que vos escreve pensa há tempos: Precisamos de mudanças no comando técnico do futebol do clube.

Não é normal a quantidade de insucessos recentes do Esquadrão, sendo eliminado desde 2017 (2a fase da Copa do Brasil para o Paraná Clube) de competições por equipes de divisão inferior e de orçamento MUITO INFERIOR ao seu, quase sempre jogando mal, sem vontade e sem comprometimento.

Não é possível que, à excessão de Guto Ferreira e Carpegiani em 2017, todos os treinadores contratados tenham tido dificuldades para fazer o Bahia jogar de forma ofensiva, com gana e sede de vencer o adversário e ninguém é cobrado por isso. Sempre é um jogo burocrático, chato e muitas vezes ineficiente, principalmente contra as equipes menores, o que demonstra um erro na escolha de perfil dos treinadores. Roger iniciou seu trabalho jogando de forma mais ofensiva, com 2 atacantes, mas rapidamente voltou ao insuportável esquema de 3 meias/volantes e 3 atacantes, onde praticamente só Gilberto é o responsável por finalizar as jogadas.

Ademais, a inexplicável quantidade de atletas contratados (101), sendo 62 para o futebol profissional e 39 para o time de transição, demonstra que as mudanças são necessárias. Só de laterais direitos para o time principal já foram trazidos 8 atletas em 4 anos. Um absurdo.

Sobre a partida de ontem, o time Tricolor atuou na primeira parte de forma controladora da situação. Dominava o jogo, mas não finalizava a partida. Perdeu boas chances, pecando sempre no último passe. O time continuou jogando praticamente todo o tempo pelos lados do campo, mas não soube aproveitar os bons laterais que possui.

Se o time fosse menos displicente, menos arrogante na hora de finalizar, com certeza não estariamos indignados hoje com a eliminação precoce da Copa do Brasil.

Na segunda etapa, novamente houve uma queda e rendimento do time de Roger Machado. O time voltou a se apresentar mais espaçado, com erros de passe que não ocorreram no primeiro tempo. E o principal erro de 2019, que persiste em 2020 como já foi alertado aqui, influenciaram diretamente no resultado. A falta de meias ou pontas que se aproximam para uma tabela e que “pisam na área” é um erro do conceito de jogo adotado e que precisa ser corrigido já para o próximo jogo.

Mesmo assim, o empate dava a classificação ao Esquadrão. O River nada tinha feito na primeira parte e também até os 20 do segundo tempo. Só que percebendo a letargia do Bahia, começou a acreditar ser possível se classificar. E numa falta idiota cometida por Juninho, o castigo Tricolor chegou. Com apenas 1 homem na barreira, Douglas tomou um frango homérico, com a bola passando por baixo de seu sovaco e morrendo fraca no gol.

A alegria e explosão do River contrastou com a incredulidade Tricolor. Parecia que os atletas estavam em transe, apostando numa anulação do gol para evitar o vexame. Como isso não aconteceu, 1×0 para os donos da casa.

Depois, de forma atabalhoada e precipitada, o Bahia tentou empatar. Quase conseguiu numa jogada que Rossi teve tudo para empatar mas chutou no travessão. Fim de jogo e a eliminação precoce da Copa do Brasil 2020 confirmada. Além da queda, o coice. Com a idéia do Presidente de ter um orçamento maior (não consigo entender o motivo disso) se projetou chegar a 4. fase da competição, que daria ao Esquadrão 5.9M de reais. Agora, precisaremos tirar 4.8M de algum lugar para compensar essa tragédia. Que o Conselho Fiscal e Deliberativo nunca mais permitam esta sandice. Não podemos nos dar ao luxo de repetir os erros dos clubes brasileiros. Sport e Cruzeiro são o exemplo disso. Sugiro pagarem uma consultoria a Marcelo Barros para que este explique como se faz um orçamento sem riscos.

Douglas – Era um mero espectador em boa parte do confronto. Foi o responsável direto pela derrota. Não pode cometer um erro crasso, chulo, juvenil como o de ontem. A bola no canto dele, fraca, com pouca curva.
João Pedro – Foi bem no apoio, criando boas chances, mas não teve um companheiro para lhe auxiliar. Elber e Rossi foram mal demais.
Lucas Fonseca – Partida discretíssima. O capitão da equipe precisa cobrar mais empenho dos atletas. Não pode ficar calado.
Juninho – Erro amador na falta que originou o gol. Porque chegar forte naquele lance? Qual a necessidade de fazer aquilo. Impaciente demais. Precisa melhorar.
Capixaba – O mais lúcido do time. Buscou apoiar o ataque, mas sentiu muita falta dos homens de frente. Não teve companheiros à altura.
Gregore – Oscilando bastante nos passes, fez uma partida bem abaixo no que tange a proteção da defesa. Aliás, tem subido muito ao ataque e não tem qualidade e cacoete para isso. Mais um ponto que Roger deve rever.
Flávio – Uma partida boa. Fez uma boa leitura de cobertura, mas pouco chegou na frente.
Daniel – Fez um jogo bem pobre. Continua fora de posição. Sua função é a de construir a jogada desde a defesa, trazendo a bola até a parte ofensiva do time. Não é jogador que entra na área para fazer gols. Roger precisa urgentemente mudar esta forma de jogar.
Élber – Partida desinteressada, sem alma. Poucas movimentações, poucos dribles e infiltrações. Quase um espectador em campo.
Clayson – Semelhante à Élber. Atuação miserável. Decepcionante.
Gilberto – Fez um jogo de luta, como sempre. Joga praticamente sozinho e nem sempre vai resolver.
Régis – Entrou e errou tudo que tentou. Entretanto dou um desconto pois não se omitiu em momento algum do jogo, com movimentação entre as linhas e mais aproximação com Gilberto.
Rossi – Entrou e pouco produziu. Deveria ter feito o gol de empate. Não era bola para colocar, mas sim bater forte no gol.
Arthur Caike – Entrou e pouco produziu.
Roger Machado – A evolução vista no jogo de terça ficou em Salvador. Novamente vi um time preguiçoso, lento, sem alma. Continua isolando Gilberto, que se esforça muito para fazer parte do jogo de equipe. Não entendi a escalação de Régis, que não tinha entrado um minuto sequer, na partida mais importante do ano até aqui, quando foi dito na terça passada que Régis deveria aguardar na fila sua vez. Realmente fica difícil defender o trabalho assim.

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