é goleada tricolor na internet
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Publicada em 9 de fevereiro de 2020 às 23:44 por Marcelo Barreto

Marcelo Barreto

Minha Análise – Bahia 0 x 2 Vitória/BA

Meus Amigos,

Ontem em nova decepção do Esquadrão de Aço, o Bahia foi INCOMPETENTE e não conseguiu vencer o fraco time do Vitória da Bahia, complicando sua classificação na Copa do Nordeste 2020. Novamente atuando sem alma, sem sangue e com extrema dificuldade em criar jogadas por dentro, o Bahia aceitou a forma de jogar do time de Canabrava, que tentava cavar faltas de qualquer distância para os chutes de seu lateral, sendo incapaz de marcar gols nas chances criadas.

A equipe de Roger Machado teve em Élber o seu único jogador lúcido de ataque, com Capixaba e Daniel tentando se aproximar para construir jogadas. O problema é que o resto do time não acompanhava as jogadas do camisa 7. Clayson, Gilberto, Flávio e João Pedro fizeram uma partida muito ruim, sem levar qualquer perigo ao adversário.

Ademais, Douglas, antes tão seguro, fez a sua PIOR PARTIDA COM A CAMISA DO BAHIA. Não me recordo de uma partida tão ruim de um goleiro, em meus quase 34 anos de Fonte Nova. Todo chute a gol, de qualquer lugar, era um deus nos acuda. Nem quando Bechara fez 2 gols quase do meio campo em Jean, ou Marcos Assunção fez 3 gols pela Copa do Brasil no mesmo arqueiro, eu fiquei tão apreensivo quanto ontem. Foi surreal. Não vejo condições do bom goleiro tricolor continuar como titular neste momento. Até para voltar mais forte depois, em condições de retomar seu lugar, o banco deve ser seu lugar.

O mesmo serve para Gilberto. Nos últimos 23 jogos, somente 5 gols marcados. Apesar de não faltar luta, se a peça ofensiva principal não vem funcionando bem, talvez seja a hora de oxigenar o setor ofensivo com oportunidade para outras peças. É importante destacar ainda (para atenuar a fase ruim do camisa 9) que o principal erro de 2019 persiste em 2020, como já foi alertado aqui. A falta de meias ou pontas que se aproximam para uma tabela e que “pisam na área” é um erro do conceito de jogo adotado e que precisa ser corrigido já para o próximo jogo. O Bahia foi incapaz de dar um chute a gol de fora da área. Nossos volantes não se apresentam para o jogo ofensivo, se limitando a tocar para o lado, deixando para Daniel a responsabilidade total de armação do jogo, o que sobrecarrega a criação Tricolor. O time de transição, joga com 2 homens de meio campo que marcam e atacam por dentro (Arthur Rezende e Ramon), criando muito mais jogadas que o time principal. Inaceitável a manutenção desta forma de jogar.

Sobre o jogo vale destacar as falhas bisonhas de Douglas, aceitando um gol no seu próprio campo da intermediária e cedendo o escanteio para o segundo gol numa bola altamente defensável. Importante falar que tomamos mais um gol de escanteio, algo que precisa corrigido com urgência. Se não estou enganado, deve ser o décimo gol sofrido de cabeça nos últimos 25 jogos. E também que o time tricolor precisa treinar finalizações, pois consagrou o goleiro do Vitória com finalizações mal executadas. E não é a primeira vez que isso acontece em clássico. Ano passado sofremos com a mesma incompetência. Por fim, mas não menos bizarro, novamente vaiamos um atleta a cada toque na bola. O goleiro Douglas foi vaiando sistematicamente, assim como Guilherme, Nino, Moisés e Elber em 2019. Sinceramente, não entendo qual o sentido desta vaia durante a partida. Só piora a moral do atleta, aumentando o risco de erro do mesmo.

Douglas – O personagem do jogo. Sua falha e insegurança em todas as bolas contaminou a equipe tricolor. Uma partida para esquecer.
João Pedro – Uma partida ruim. Errou praticamente todos os cruzamentos, passes e tabelas que tentou.
Lucas Fonseca – Apesar da ausência do rival no ataque em boa parte do jogo, se posicionou mal em diversos momentos dando espaço para os atacantes adversários. Outro que vive uma fase técnica abaixo do normal.
Juninho – Erro crasso no 2. gol. Para ir ao ataque cabecear ele tem bom tempo de bola. Mas para defender permite que um atacante baixinho cabeceie nas suas costas? Precisa melhorar.
Capixaba – Buscou apoiar o ataque, fez uma partida interessante.
Gregore – Novamente, fez uma partida abaixo do normal. Chegou atrasado em diversas bolas e na construção das jogadas deixou a desejar.
Flávio – Foi inútil ao time, em face da ausência ofensiva do ex-rival e da incapacidade de ir a frente para auxiliar o ataque.
Daniel – Fez seu melhor jogo no Bahia. Mesmo fora de posição, buscou chegar à frente tabelando principalmente com Élber. Injusta sua substituição, ainda mais para manter Flávio sem função no jogo.
Élber – Partida muito intensa, buscando levar o time para o ataque. Chutou 3 bolas com muito perigo, mas parou no goleiro do Vice.
Clayson – Se duvidar, nem entrou em campo. Atuação miserável. Decepcionante mais uma vez.
Gilberto – Sumido, fez uma partida pobre. Se enroscou com os zagueiros e pouco contribuiu.
Rossi – Entrou e melhorou o lado direito ofensivo do time. Uma atuação que o credencia a titularidade, no lugar de Clayson.
Arthur Caike – Entrou e pouco produziu. Parece desmotivado.
Fernandão – Entrou e pouco produziu. Parece desmotivado.
Roger Machado – Um time sem alma, o reflexo do treinador. Além do isolamento de Gilberto, é inconcebível que o Bahia não jogue pelo meio, mas apenas pelas laterais. Ademais, manter Flávio em campo e não Daniel quando perdíamos por 2×0 é um erro de conceito grave. Ficou com 2 jogadores a menos, praticamente. Porque não mudar a forma de jogar? O time de transição joga num 4141 com 2 homens que tem liberdade para ir ao ataque. Não é possível reproduzir no time A? Porque não mudar as peças que estão em má-fase? Até para oxigenar o elenco e dar oportunidade a outros atletas, como Jadson, Ernando, Rossi, dente outros? O time continua tomando gols de cabeça dentro da pequena área e nada muda. Assim fica difícil sustentar o seu lugar no comando técnico do time. A cada dia cava sua saída. Se não ganhar quarta, será insustentável sua manutenção. Uma grande decepção a sua passagem pelo Bahia. Ganhou 3 partidas nos últimos 20 jogos. Não pode reclamar de chances e de paciência da torcida e da direção.

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