Realmente, não faz sentido algum não concluir Pituaçu já com noventa por cento da obra adiantada, ou seja, perto do término. Ruim para o Estado seria a obra ficar abandonada e a corrosão acabando com o que foi feito. Aí sim é prejudicial, aí sim é não cuidar devidamente do dinheiro público, aí sim é devolver Pituaçu ao Pituaçu antigo e escravo da politicagem mesquinha que o relegou ao completo abandono.
Certamente foi isto o que enxergou o excelentíssimo desembargador José Olegário ao desembargar (a redundância é oportuna) o restante das obras. Ficar mais tempo embargado seria o retorno do antiquado. Deve ter pensado o Desembargador. Menos mal que a representante do Ministério Público, Dra. Rita Tourinho, tenha entendido que este não é o momento para que as obras fiquem estacionadas. Segundo a promotora, agora é apurar a responsabilidade de quem de direito. Pituaçu se vê assim livre das amarras, recebe o seu indulto, mas os gestores da obra não. Coerente.
Entretanto, parece que quem não se vê livre das amarras é o Bahia. Não adianta protestos, passeatas, tentativas etc e tal. Nada feito. Eles da situação não abrem mão do Tricolor e fim de papo. O inesperado, o susto, a fatalidade, o não anunciado que acontece, são alguns fatores que formam as surpresas. Pois é, daqui pra frente vou aguardar torcendo para que não me venham com esse negócio de surpresas. De surpresa em surpresa a Situação vai se eternizando e o Bahia se acabando.
O mal pior que vai matando o Bahia, aos poucos, cada vez mais, é compreensão. Falta isto. Moçada! O Bahia está morrendo! Deixem a inveja, o ódio, a usura, a vingança, brigas pessoais ou outros adjetivos que conotem desunião e pensem nesta maravilha que se chama E.C.Bahia. Esqueçam esse danino e miserável lado de alguns dos senhores, onde cada um fala uma “língua” diferente que conota prevenição de crédito pessoal para se tornar o artista principal da película.
O Bahia não está necessitando de pessoas vaidosas, muito menos de oportunistas. O Bahia tem necessidade premente de pessoas engajadas, verdadeiramente, no objetivo de salvá-lo. Que não cheguemos ao desespero de misturar alhos com bugalhos. Vi “protestos” pobres como o de transferir para o esporte uma briga entre siglas da política partidária, com “ameaças” veladas de que a torcida do Bahia não votará em candidatos de determinado partido. Patético esse apelo! Ninguém é dono da consciência alheia.
Não me custa lembrar a esses “gerentes da consciência alheia” que felizmente o Brasil está mudando neste aspecto, as eleições municipais de Outubro passado revelaram isto. Falta muito ainda, mas estamos chegando lá. Assim espero que no Bahia as coisas andem pelas vias do objetivo principal que é o próprio Tricolor. Tudo na vida é cíclico e todo ciclo tem um fim. Óbvio, ninguém poderá afirmar que o ciclo ruim do Bahia não esteja chegando ao seu final. Deixem os que lutam com nobreza e objetividade trabalhar em paz, e os frutos serão colhidos.
Vejo por aí artistas que estão no ostracismo querendo voltar à mídia através do Bahia. Na primeira passeata muitos lá estavam, já nesta última não tenho notícias deles por lá. Não os critico veladamente por isto, cada um usa a capacidade que tem de se fazer notar efetivamente. O que eu critico é a ausência deles que os deixam, no meu entendimento, como oportunistas. Talvez a primeira passeata não lhes tenha trazido o retorno necessário. Claro, há exceções.
Não cabe e nem deve haver duas candidaturas pela oposição. Não cabe porque isto prova e mostra o tamanho do racha que há na oposição. Não deve porque o bolo fica dividido de forma desigual, mais à favor da situação. O momento é de articulação, de sentar para dirimir dúvidas e abrir o coração tricolor. Se há uma oposição fortalecida na sua base o jogo fica duro para a situação. Mas do jeito que está fica mole, mole, para quem já está na dianteira com o poder.
O grande problema é que a torcida (maioria esmagadora) está unida, mas a minoria que faz a oposição burocrática, que deveria representar inteligentemente a maioria, está completamente desunida, e isto a faz perder forças. É aí que está o dilema de uma torcida sem líder. Sei que desagrado escrevendo assim, mas não posso ficar entupido vendo tantas mancadas e ajudando a complicar o que já caminha lento e difuso. Maldita desunião.
Temos uma oposição prolixa e com muitas vertentes (se for estratégico é falho), que tem vivido ultimamente às custas das formiguinhas incansáveis da Revolução Tricolor. Pode até não ser assim, mas é o que está na vitrine ao vivo e a cores, com letras bem legíveis para não deixar dúvidas. Quem me “autoriza” a pensar assim é Fernando Jorge, Rui Cordeiro e Ademir Ismerim. São ou não são grupos diferentes? Se não são, estão.
xxx
Melancolicamente, foi encerrada em campo a campanha do time do Bahia. Nesta altura dos acontecimentos o que menos importância tem é o time, para a torcida. Mas eu estava diante da TV vendo o que restou do Esquadrão de Aço. Não dá para sentir vergonha, dá para sentir saudade e vontade de acordar desse pesadelo infernal. Só pode ser pesadelo! Não dá para ser outra coisa…
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