Coincidência ou não, fato é que na semana passada escrevemos sobre a Taça Brasil e a injustiça cometida pela CBF até então, com os clubes campeões daquele evento que fazia a festa do futebol brasileiro nas décadas de 50/60. Para satisfação deste colunista, o assunto veio à tona com toda a urgência que se fazia necessário, definindo de vez o reconhecimento por parte da CBF. Claro, não estou pensando que devido ao protesto desta coluna houve o reconhecimento. Mas como o ecbahia.com tem excelente conceito nacional, no mínimo fomos lidos e somamos com os demais.
O Bahia é o primeiro campeão da Taça Brasil, feito memorável e do qual muito possivelmente Pelé não se perdoou. Dizem por aí que o Rei do futebol traz consigo a frustração de não ter sido o primeiro campeão do Brasil. O privilégio, entretanto, ficou para Nadinho, Beto, Henrique, Flávio, Nenzinho, Vicente, Mário, Marito, Alencar, Léo e Biriba. Um feito histórico nem só para o Bahia, mas para o futebol brasileiro.
Vale acrescentar que a decisão foi em pleno Maracanã, já que só as finais salvo engano do colunista era pelo critério melhor de três.
O Bahia foi o primeiro campeão brasileiro e, também, primeiro representante do Brasil na Libertadores da América. A estrela primeira à altura do peito e acima do símbolo maior do Tricolor, que é o seu inconfundível escudo, representa muito mais que uma conquista, representa o pioneirismo através do Bahia em relação ao primeiro campeonato, interclubes em nível nacional, e o primeiro representante do Brasil repito, de propósito na Libertadores da América.
A grandeza do Bahia vem por meio da sua história fantástica e cheia de acontecimentos que beira o inacreditável, enche de pesadelos os rivais que jamais conquistaram coisa alguma, entorpece corações e dá asas a inspiração… Somos a voz do campeão, somos do povo um clamor, ninguém nos vence em vibração está imortalizado na obra de Adroaldo Ribeiro, tá na voz de Caetano Veloso e tá na voz do povo… É a própria lenda.
Não se constrói uma história sem as conquistas peculiares a um vencedor, e como o Bahia nasceu para vencer… Daí a sua história que orgulha e dignifica o seu torcedor. Foi assim que a CBF premiou, merecidamente, a maior torcida do Norte e Nordeste do Brasil, ratificando o pioneirismo do Tricolor mais uma vez, através da sua torcida.
Podemos dizer que o ano de 2010 foi de pleno êxito para o Bahia, já que voltou para o seu lugar na Série A, está reconhecido de fato e de direito como primeiro campeão do Brasil, e ainda ganhou da CBF o prêmio de melhor torcida do Brasil. Para os que fracassaram resta a dor da volta à origem e a dúvida terrível de como recomeçar tudo outra vez agora dá pra entender o gesto deselegante do ministro dos esportes ao protagonizar o maior vexame já verificado no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
Pode vibrar, torcida tricolor, pode soltar a voz e dizer o que todos já sabiam e a CBF insistia em omitir: o Bahia é Bi-Campeão Brasileiro, as duas estrelas são legítimas, indiscutivelmente legítimas. O reconhecimento de forma oficial, ainda que tardio, chegou numa hora decisiva para coroar de êxito a história do Bahia e da Nação Tricolor.
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Imagine um absurdo… Pois é, Pelé sem um título de campeão brasileiro. Agora não falta mais nada ao Rei do futebol, ele é campeão brasileiro, sim, não uma vez, várias vezes nessa tacada única da CBF.
Mas o que eu gostaria mesmo era entender a causa desse descalabro causado pela CBF em relação aos campeões da Taça Brasil. Omitir propositalmente o primeiro campeonato brasileiro na Era em que existiam verdadeiros monstros sagrados como Pelé e Garrincha só para citar esses dois gênios , não dá mesmo para compreender tamanha injustiça.
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