Jogando melhor

“A vida não consiste em ter boas cartas na mão, e sim em jogar bem as que se tem”. E assim o jogo entre oposição e situação, no Bahia, está quase no fim. A primeira com boas cartas, mas sem saber jogar, e a segunda jogando bem com as cartas que tem. Parece mágica, mas até uma ação judicial que existia foi retirada. Por que?… Eu também não sei. Até porque ninguém explicou nada! Tenho que admitir que a situação está jogando melhor, contra fatos não há argumentos.

Ah! Mas tem aquele pedido de uma investigação no Bahia, sobre lavagem de dinheiro, venda de Daniel Alves, bam-bam-bam… caixa de fósforo… barata sem pernas… coisas que dificilmente encontrarão fundamentos. Vamos pra frente.

Escrevi aqui nesta coluna dizendo que “na tora ninguém tira a situação antes de 2008…”, o caminho para isto deveria ser político e polido, com muita inteligência. Não foi. O lado mais interessado deveria procurar o menos interessado (situação) e juntos discutir o Bahia na sua essência… Mas isto é pedir muito a quem só vê a coisa pelo lado pessoal. Medir forças é só perda de tempo e isto favorece a situação, qe está embasada na legitimidade de um mandato, quer queiram ou não. Ou provem o contrário.

A oportunidade que a oposição esperava seria esgotar o cofre tricolor com o “publico zero”, coisa que francamente nunca acreditei. Há também a estratégia de a situação deixar a comoção esfriar, afinal tudo passa, e a certeza de ver novamente a torcida prestigiando é mesma que tenho de que um dia morrerei. O “publico zero” poderia até ser um bom componente de pressão num determinado momento, mas não seria capaz de provocar uma renúncia por si só. Todo movimento popular tem uma tendência muito forte de se esvair antes do tempo devido aos desordeiros que se misturam às pessoas pacíficas e idealistas, com o fito de liberar o anjo mal que existe dentro deles.

Um outro fator que poderia ajudar a oposição seria o time não ir bem dentro de campo. Mas analisando o atual time e as condições psicológicas do momento devido aos problemas existentes, aumentando a responsabilidade do grupo que vem subindo de produção apesar de toda adversidade, chego à conclusão de que tudo está favorável para a situação. A cada resultado positivo do time, se distancia mais ainda a oposição dos seus objetivos imediatos.

A torcida está retornando, o que para mim não se constitui em nenhum fato novo, sabia que o time só precisaria de alguns bons resultados e tudo ficaria como “dantes no quartel de Abrantes”. O empate com sabor de vitória no BA-Vi caiu muito bem para a diretoria, eles sabem que no final das contas o que a galera quer mesmo é ver o time bem no campo, porque assim a Fonte Nova voltará a bater recordes de público e o apelo oposicionista fica enfraquecido.

Não entendi a mudança de esquema diante do Vitória, muito menos entendi a não entrada de Danilo Rios, sequer para o banco. Rafael Bastos, um baita jogador, seria uma ótima opção para o caso de Danilo não entrar bem, pois este dá mais poder agressivo ao time, cadencia melhor o jogo, além de saber deixar os companheiros na cara do gol. Não que o Rafael não tenha essas qualidades, só que com características diferentes. Acho que se o Bahia tivesse usado o 4-3-3, explorando a velocidade de Ednei, teria saido do Barradão com uma vitória tranquila.

Marcou tento o mentor da contratação de Moré. O moço é bom de bola e já houvera mostrado trabalho na Série C. O Bahia está com bons jogadores do meio pra frente. Acho que agora pegou moral, não porque empatou o clássico, mas porque melhorou bastante em relação à estréia. A crise não se apagará, mas pelo menos permanecerá em brasas cobertas de cinzas.

Quem parece estar em crise são as torcidas organizadas de Bahia e Vitória (Bamor e Imbatíveis), que mancharam o bom nome da Bahia, macularam o futebol baiano e esqueceram o respeito pela vida. Sabemos que não é o todo dessas torcidas, há muita gente ordeira e cristã entre as bestas travestidas de humanos naquele meio, mas neste momento as instituições é que ficarão maculadas pela bestialidade dos desordeiros assassinos que ceifaram a vida de dois pais de famílias, cujo “pecado” foi amar demais um futebol de terceira qualidade. Pagaram com a vida, mas talvez tenham deixado algum exemplo para as nossas autoridades.

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Moré e Preto, duas ótimas contratações para as circunstâncias atuais do Bahia. Aliás, o time do Bahia pinta como sério candidato ao título deste ano. Mudou muito de duas semanas para cá.

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Está muito bem de laterais o Bahia. Na direita, Carlos Alberto e Maricá são excelentes. Na esquerda, Boleta ganhou a posição de Ávine, que estava jogando muito bem . No miolo da zaga, torço para que Hebert consiga mostrar o futebol que o levou ao Bahia.

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Até achei desnecessária a contratação de Paulo Musse, não o vi emplacar por onde passou, mas no último BA-Vi ele mostrou qualidades que me surpreenderam. Parabéns!