Importante é o time

O Bahia está em nova jornada. Agora é torcer pelo sucesso das pessoas que estão à frente do clube e deixar que outras questões sejam resolvidas à parte. Importante é o time de futebol nesse momento de retomada técnica. Criticar comissão técnica ou os jogadores, não seria o caso, pois o grupo deste momento é o mesmo que deslanchou no primeiro turno e foi elogiado por todos.

Paira no ar, outra vez, a dúvida de todos os anos, Segunda Divisão… Então é apoiar e torcer pelo Bahia mais que nunca! O clube não pode mais sofrer as consequências das brigas e disputas fora de campo. O momento é de paz e trabalho, e o time precisa ser blindado para evidenciar a sua magia dentro de campo e tornar a sua saga um motivo de orgulho na história.

Enganam-se profundamente, ou doentiamente, quem pensa e diz que farei oposição a atual diretoria. Ao contrário do que falam, terei a maior boa vontade e vai depender das ações das pessoas o elogio ou a crítica. Radicalismo, jamais! Não faz parte do meu caráter ser insensato e nem contraditório. Sou roteirista do meu próprio filme, afinal, do futebol nunca dependi para sobreviver.

Agora, não abandono o Bahia sob nenhuma hipótese, mas este é um relacionamento do coração com a paixão, como, aliás, sempre foi tendo obviamente a consciência como mediadora. É a partir dessa mediação que me relacionarei de forma equidistante com o meu clube. Ele no campo, e eu aqui, ou nas cadeiras da Fonte Nova.

Quero mesmo, de verdade, é que Cristóvão reaja juntamente com seus pupilos, ao ponto de a tranquilidade dentro de campo ser capaz de fazer a festa nas arquibancadas. Acho que o material humano que o técnico dispõe tem certa qualidade dentro das atuais circunstâncias, mesmo porque os acontecimentos anteriores não permitiram que o Bahia fizesse algumas contratações com maior proficiência, por motivos óbvios até.

Ninguém espere contratações fora da realidade do clube, nem agora e nem em breve. Os recursos são parcos e ninguém será capaz de fazer milagres sem dinheiro. Tirar de onde? A associação em massa parou num certo patamar e tende a ficar por aí mesmo. No estádio, a propalada lotação anda abaixo da crítica e muito menor que as expectativas mais pessimistas. O Marketing… continua inerte – embora ainda seja cedo, é verdade, para avaliações mais acuradas.

A torcida pode até sonhar com um Bahia gigantesco dentro de campo, mas a realidade é bem diferente do sonho do torcedor. O futebol tem a faceta de cegar, fazer chorar, acreditar, fazer sorrir e sonhar ao mesmo tempo o mais sensato entre os seres humanos – contanto que esse não esteja vivenciando os recônditos do clube.

É salutar, para a administração do Bahia, falar abertamente que montar um time para brigar na parte de cima da tabela em campeonato de cunho nacional é complicado e está distante de acontecer. Possa ser que alguns desses jogadores desconhecidos que ora se contrata despontem casualmente e até venham fortalecer o time num patamar mais elevado, mas só se acontecer um aborto da sorte, um bamburro, como se fala no garimpo do ouro.

Vamos ver o que acontecerá doravante, por enquanto tudo faz parte da expectativa que vem sendo refletida nos jogos do Bahia sem a presença marcante da torcida, quer seja pelo preço do ingresso, ou pela estacionada que deu o time no meio do campeonato. Porém, prevejo uma sequência de bons resultados após o jogo contra o Inter de Porto Alegre.

ANDERSON BARROS

Bom que ele tenha ficado no Bahia, mas seria melhor ainda se ele se voltasse para a formação de jogadores em casa. Isto seria a única fórmula viável e sem sofrimento de o Bahia formar um grande time de futebol em médio espaço de tempo… claro, reforçado com os melhores jogadores do elenco que aí está.