O Bahia sair do moderníssimo Centro de Treinamento Evaristo de Macedo para o antigo Fazendão, em minha opinião é coisa que não passa do imaginário. Não consigo ver isso de forma concreta. Em matemática diz-se de número complexo cuja parte real é zero – refiro-me à mudança do departamento profissional de futebol.
O Fazendão, em algum momento, será reformado e modernizado para alguma alternativa, logística talvez, mas nunca definitiva em detrimento da Cidade Tricolor. A partir do momento em que o City decidiu pela não venda do Fazendão é porque algum projeto grandioso está em desenvolvimento, bem além do fator logístico em função do elenco profissional de futebol.
A maioria dos jogadores e diretores moram em condomínios no Município de Camaçari, às margens da Linha Verde. Pelo aspecto logístico as dificuldades são relativas. Não vejo nenhum problema por esse lado. O Bahia não usa voos de carreira para viajar, já tem um acordo com uma empresa de aviação que tem contrato de exclusividade com a CBF, que por seu turno inclui descontos especiais a favor dos clubes. O Bahia só viaja em voo fretado. Nesse caso, a proximidade do aeroporto nem é problema porque a data e horário de voo quem marca é o Bahia.
A meu ver, a mexida na infraestrutura Tricolor será grande, mas acontecerá ao estilo peculiar do Grupo City. Creio sim numa reestruturação do Fazendão para algo fabuloso visando a preparação de um centro de excelência com hotelaria, escolas, campos, quadras, centros médico hospitalar e odontológico etc., incluindo moradia nas cercanias desse possível Complexo estrutural para famílias dos garotos prospectados e procedentes de outros estados, países, e do interior baiano, respectivamente.
A prospecção de jovens talentos é um dos principais alvos – senão o principal – para potencializar as metas de um imenso projeto. O Brasil é celeiro, o Grupo City bem o sabe e não veio à toa para cá.
Essa minha analogia embasa-se no discurso feito por Fernán Soriano, CEO do Grupo City, ao assumir o Bahia, dizendo que o Tricolor Baiano será o segundo maior clube do Grupo City. Então, guardando as devidas proporções dessa grandeza, vejamos nos parágrafos seguintes o que poderá acontecer com o Fazendão, até mesmo pela proximidade das duas cidades; Salvador e Lauro de Freitas, que suponho ser esse um detalhe fundamental para o projeto do Grupo City.
A City Football Academy (CFA) é um centro de treinamento de futebol localizado em Manchester, pertencente ao Manchester City Football Club. A construção do CFA exigiu um investimento de 200 milhões de libras – já escrevi sobre isso anteriormente aqui na coluna, agora o faço de forma mais detalhada –, demonstrando o compromisso do clube em fornecer instalações de primeira classe para o desenvolvimento de seus jogadores.
A estrutura impressionante abrange uma área de 320.000 metros quadrados, abrigando 17 campos de futebol. Desses campos, 12 são dedicados ao treinamento e desenvolvimento de jovens jogadores, enquanto um estádio com capacidade para 7 mil pessoas está disponível para uso das equipes principais, femininas e da comunidade local.
O centro de treinamento atenderá mais de 450 jogadores, desde os times sub-6 até os profissionais. Sua localização estratégica próxima ao estádio do clube é facilitada por uma ponte de cerca de 190 metros que o conecta ao Etihad Stadium. Essa proximidade permite uma integração perfeita entre as equipes e uma maior eficiência nos treinamentos e jogos.
A concepção do City Football Academy começou em 2008, quando o Sheikh Mansour adquiriu o Manchester City. O clube dedicou-se a criar um ambiente que promovesse o máximo desenvolvimento para as equipes, levando em consideração o conforto dos jogadores, torcedores, funcionários e jornalistas.
Localizado a apenas 10 minutos de carro do centro de Manchester, o CT está estrategicamente posicionado dentro da cidade para facilitar o acesso e criar uma conexão mais próxima com a comunidade local. Essas características garantem que o City Football Academy seja um local de treinamento de classe mundial, proporcionando as melhores condições possíveis para o crescimento e sucesso do clube.
A partir dessas características é que acho mais viável o Fazendão para o projeto City, num patamar razoável de proporções, incluindo nesse contexto o escritório central do clube. Nesse caso, sim, há uma logística bem mais adequada ao projeto do clube. Mas é somente uma questão de opinião deste colunista.
CAULY
O Sudeste ainda pensa no futebol do Nordeste como algo ainda muito pobre, tão pobre assim como a forma de pensar de parte da imprensa sudestina e de uma parte dos torcedores de clubes daquela região. Falando especialmente sobre o Bahia, alguns desavisados não sabem que o Tricolor Baiano atualmente é independente econômica e financeiramente – no atual patamar o Bahia é comprador de jogadores, não é vendedor e, muito menos, pretende reforçar seus potenciais concorrentes.
Só para abrir mais a mente dos sudestinos, cito o Abel Ferreira, em entrevista pós jogo contra o Deportivo Pereira, abre aspas: “não temos dinheiro para comprar jogadores por 15 ou 20 milhões de euros, e se começar a sair jogadores importantes – cita alguns nomes como Veiga, Roni e Gustavo Gomes –” eu também tenho de ir porque não faço milagres”.
ANIVERSÁRIO
No dia 24 próximo passado, fez aniversário Jussiara Gravatá, torcedora apaixonada pelo Bahia. Seu estado de espírito depende das vitórias do Tricolor. Parabéns pra você, Jukinha.
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