Garra tricolor

O normal aconteceu, o Bahia venceu o Vitória moralmente na Fonte Nova jogando com destacada superioridade, foi ao Barradão e, lembrando o verdadeiro Esquadrão de Aço, fez valer a tradição de que nasceu para vencer. Ah! Não fosse o trio de arbitragem no jogo da Fonte e o também desastrado que “mediou” no Barradão, certamente estaríamos comemorando nossa classificação. Até acho que não houve uma “encomenda” para os “juízes” terem feito o que fizeram, o que eles não sabem mesmo é arbitrar com independência e competência, não são profissionais.

Vi na tarde do dia 21 de maio de 2006 o renascimento do ESQUADRÃO DE AÇO. Vi um zagueiro chamado Laerte botar ordem no sistema defensivo e impor respeito ao adversário. Não pelo gol conseqüência do momento, mas por ter demonstrado que sabe jogar de acordo com asituação. Vi um time inteiro num jogo de 180 minutos disputando uma batalha e jogando prá ganhar, apesar das suas limitações.

Vi ainda uma torcida que apoiou o time nos dois jogos fazendo uma festa que só ela sabe fazer. No Barradão foi algo emocionante, principalmente ao final da partida quando não arredou pé e aplaudiu o término de um tabu que não fazia sentido. Vi mais, um Barradão democrático bem ao estilo do meu amigo Alex Portella, que aliás, foi claro e elegante ao reconhecer que o Bahia foi superior, tecnicamente, nos dois jogos.

O noticiário diz que Mauro Fernandes não estaria satisfeito e aponta algumas causas. A primeira é quanto ao atraso dos salários no Fazendão. A segunda seria uma disputa entre Mota e o próprio Mauro, que, ao que parece, não concorda (ou não permite?) que o diretor contrate sem o seu aval. Aí me parece que as coisas pegam pois, hierarquicamente, o Mota é superior ao treinador. Por outro lado, as contratações de Mota na grande maioria não deram certo. O fato é que Mauro Fernandes está fazendo um bom trabalho e tem o perfil do técnico que o Bahia precisa para o momento.

Teria o Bahia feito um contrato com Mota, específico? Não creio, seria um absurdo! Mas Bobô deixa claro que há interesses empresariais, ao defender-se de Mota. Como surge a notícia de que há um racha entre Mota e Mauro… então, vamos aguardar que tudo se resolva e o Bahia mais uma vez não seja o prejudicado. Mauro disse que o Bahia precisa de algumas outras contratações, talvez aí esteja o grande impasse.

Pena que o Bahia tenha que ficar quase dois meses sem receitas de bilheteria. É aí que acho o grande pecado de quem está à frente do Bahia. Faltou ou não, planejamento? É claro que sim, um grande clube de futebol não pode se negar a um trabalho intenso de marketing, uma diretoria que quer se impor não pode negar ao torcedor o direito de ajudar o seu time, tornando-se sócio. Não cabe na minha cabeça tamanha falta de bom senso.

O Bahia finalizou sua participação no campeonato estadual, antecipadamente, devido ao desastre que foi o início. Tudo foi feito à queima roupa, faltou tudo que uma cartilha de administrador requer, o próprio conhecimento. Agora é ver como serão tratados esses dois meses, que tipo de ação será implementada para evitar que haja uma debandada do elenco. Seria o caos total, agora que o time parece ter renascido ao modo dos velhos tempos, pelo menos em garra!

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Os cães ladram e a caravana passa. Agradeço muito ao meu amigo Nelson Barros pelo apoio que tenho recebido. Não só dele, Nelson, mas de Júnior e Barreto. E isto é o mais importante para mim.

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Gelson Fogazzi deveria ser premiado como o técnico revelação juntamente com Ferreira do Colo Colo. Aliás, as revelações que estão vindo do Itabuna para o Bahia têm o aval de Gelson, principalmente o lateral-esquerdo que ele revelou em menos de um mês.

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Será uma injustiça se o Colo Colo não for o campeão deste ano. Ilhéus, pelas suas tradições na cultura baiana precisa e merece. Todos nós merecemos o evento de uma terceira força nesse combalido futebol baiano. Nada melhor, no futebol, se a morena Ilhéus nos proporcionar isto.