é goleada tricolor na internet
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Publicada em 11 de agosto de 2022 às 17:30 por Autor Genérico

Autor Genérico

Ganhar ou perder é do jogo, falta de empenho não.

No Bahia existem expressões que estão acima da minha compreensão. A torcida é uma dessas. Ela sabe que tem um time de mediano para baixo – e aqui não incluo as novas contratações que ainda não atuaram à toda prova – e ainda assim enche a Fonte Nova e se faz sempre presente também nos jogos fora de casa. A torcida do Bahia é a expressão da verdade de um jeito de amar inconteste, que sustenta um casamento por puro amor, a despeito de ser enganada e traída pelo lado de dentro do muro, costumeiramente.  

Quem viu o Bahia jogando em São Luís do Maranhão, contra o Sampaio Correa, viu um time que começou a flertar com a estagnação técnica e com a descida na tabela. Ou Enderson muda radicalmente o aspecto da postura desse time em campo, ou brevemente outros ocuparão o lugar do Bahia no G-4. A grande dificuldade do Bahia da Era Bellintani é navegar com um “mar em calmaria” após conseguir se desvencilhar do “mar revolto”. Parece que perde a direção e fica à deriva, desnorteado, sem acertar o rumo do porto objetivo. 

Isto é o retrato de uma administração carcomida pelo tempo que vem durando o desconhecimento de causa. Ninguém acreditaria no atual staff do Bahia caso esse seguisse por mais um ano – contando a partir de dezembro próximo – à frente do clube, sem o risco iminente de uma nova queda – se subir à série A, é claro.  

Não gosto de publicar nome de jogador quando tenho de criticar qualidades, mas a falta de condições técnicas do Igor Torres, jogando como titular, é gritante. Enderson Moreira, recomendar a contratação de um jogador, depois insistir com o mesmo no time, só para provar que a recomendação foi acertada, é um erro imperdoável, além de estúpido. O que está em jogo não é a vaidade pessoal e muito menos a falta de humildade por não reconhecer erros, sim o futuro do Bahia nesta temporada. Abra os olhos, Enderson, enquanto é cedo, mude.   

Penso no Ituano e imagino o otimismo dos seus jogadores em relação ao que podem aprontar mais uma vez para cima do Bahia, já que ganharam o jogo de ida e sabem que o Bahia tem fraquejado muito na Fonte Nova. Então tento conjugar o verbo temer; eu temo tu temes nós tememos vós temeis… e paro de conjugar o verbo porque não dá para dizer que eles temem o Bahia. Podem respeitar, mas não temem. Nós sim, tememos pelo Bahia – exceto se o treinador Enderson Moreira escalar outro time que não seja o que jogou no Maranhão. Jamais vi um time tão disperso; sem garra; sem compromisso; sem responsabilidade – não é Daniel? –; sem técnica; sem absolutamente nada de positivo! Se tivesse que apostar, seria no Ituano. 

Não é uma ironia minha, é o quadro que esse time vem pintando dentro de casa que me torna reticente. As partidas que o Bahia jogou bonito e para valer, com uma dignidade impressionante para ganhar com autoridade, e, esbarrou nas suas próprias dificuldades com as finalizações, foi contra o Athletico, em Curitiba, pela Copa do Brasil, e o Cruzeiro, em BH, pela série B. Foi simples e tão somente esses dois jogos, e o torcedor ficou orgulhoso pelo que viu. Ganhar ou perder é do jogo. O que não deve ser do jogo é a falta de empenho. 

– Nada pessoal tenho contra as pessoas que compõem a diretoria do Bahia, sim, contra a forma como o clube vem sendo dirigido no tocante ao gasto equivocado do dinheiro que passou pelos cofres do Tricolor. Como é que um clube com orçamento em torno de 200 milhões vai para a Segunda Divisão? Enquanto isso outros de orçamentos inferiores sequer foram ameaçados de descenso.  

De bom mesmo na atual gestão está sendo o negócio com o Group City – ainda inconcluso, mas prestes a ser oficializado – porque traz um sentimento de liberdade excepcional ao torcedor, por incrível que pareça, e muita esperança, agora sim, de ver o Esquadrão de Aço de volta às paradas de sucesso interrompidas em 1988 quando conquistou seu último título nacional. Entretanto, ainda em 2022, entrará para a história do clube sua grande conquista internacional que é a venda do Bahia-SAF. Com isto, também ficará para sempre na história do clube, o nome do presidente Guilherme Bellintani como mentor e executor do maior feito do Bahia neste Século, pois, começar o ano de 2023 sob gestão do Group City, é a realização maior da torcida Tricolor. 

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