O show já terminou, vamos voltar à realidade porque esta é a continuidade na série A. Fomos às cordas, mas não à nocaute. Nesse campeonato pra lá de sensacional o Bahia teve alguns espasmos de lucidez e momentos irreconhecíveis. Porém, apesar de tantos tropeços, cá estamos vivos e salvos da derrocada.
– As dificuldades estavam previstas e o sofrimento também, mas o otimismo sempre esteve alto na expectativa de atravessar a turbulência anunciada pelo comandante e sair a salvo dela, ainda que assustados.
Agora não adianta mais lamentar o que já passou porque tempo é importante e uma nova Era será iniciada para que o futuro seja tranquilo dentro das melhores perspectivas da família Tricolor. Caça às bruxas, por si só, é ação desinteligente porque é igualmente inútil. Não é tempo de resmungar, sim de comungar na mesma cartilha da reconstrução de um edifício que quase ruiu e terá de ser restaurado para transformá-lo numa fortaleza de vanguarda, moderno e estruturalmente perfeito. Acredito nisso porque confio na retaguarda que tem o Bahia.
Poucos são os clubes brasileiros que têm condições e capacidade de fazer acontecer o melhor dos mundos no futebol. O Bahia tem, e isso vai acontecer a partir de janeiro de 2024 quando efetivamente começa a Era do Grupo City em carreira solo no Bahia. Até o final desta temporada tudo foi transição e, quer queiram ou não, isso foi parte contribuinte para a instabilidade do time em campo.
– Agora dá para fazer um juízo de valor com mais clareza do discurso de Ferran Soriano quando ele falou de “muitas dificuldades e sofrimento” no curso deste ano. Afinal, quando se vai à guerra em campo de batalha desconhecido é sabendo que para sobreviver terá que sofrer.
Entendo o desapontamento do torcedor e sei o quanto ele foi humilhado porque também sou torcedor. Se este texto tivesse como conteúdo a revolta da maioria, o colunista seria naturalmente festejado. Mas o meu papel tende mais à realidade dos fatos e não à feiura das bruxas. É a realidade do momento bom ou ruim que me faz refletir com sensatez, senão eu seria mais um a atirar pedras na vidraça e isso não somaria nada – muitos, já fazem isso.
– Nada pode prosperar na diversidade dos âmbitos se as pessoas não mudam seus paradigmas.
Eu não posso deixar de exaltar e festejar os 27 mil bravos torcedores do Tricolor que quebraram os paradigmas da resistência imposta pelo medo da infelicidade e foram à Fonte Nova desafiantes, altaneiros e otimistas naturalmente, ver o Bahia transformar esse medo numa das suas mais autênticas jornadas e fazer ter valido a pena a ida das 27 mil almas tricolores para lutar e vencer a batalha final contra o Atlético-MG – Presença e cumplicidade são sinônimos de amor, especialmente quando o assunto é a torcida do Bahia.
O torcedor de bem não reza a cartilha de uma minoria propugnadora do terror com figuras mórbidas, coladas no muro do CT ameaçando explicitamente a vida de alguns atletas e diretores do clube. Esses infames problemáticos são da conta da Polícia e não da conta do torcedor cidadão. Os delinquentes não se importam com as imagens que o Bahia exporta para o mundo. Quem muito se importa com isso são os protagonistas das festas que acontecem na Fonte Nova… São crianças, casais enamorados, adolescentes, adultos, idosos, bem como uma miscigenação fabulosa. São essas maravilhas que fazem da Fonte Nova um lugar de cumplicidade sem sofismas.
Não critico o exacerbamento da torcida num momento em que a desolação causa uma sensação de vazio. Abomino sim, em alto tom, as manifestações dos vândalos que potencializam a violência fora do estádio num contexto desproporcional para com o entretenimento. É de fundamental importância que as autoridades competentes tomem atitudes drásticas contra os canalhas e a favor da sociedade. É ultra necessário pôr ordem no contexto do futebol. Se a Inglaterra acabou com os Hooligans, por que as autoridades brasileiras não fazem o seu papel e pratica a Lei severa, por aqui? Não é tão difícil assim como nos fazem crer.
BINHA DO S. CAETANO
Passou dos limites críticos da irresponsabilidade falando bobagens contra dirigentes do Bahia SAF. Chegou ao meu conhecimento que o departamento jurídico do Bahia estaria tomando as devidas providências para que o Binha sustente em juízo as acusações que ele faz contra os dirigentes do Grupo City. Certamente o Atlético-MG também irá pra cima do entrevistado e do entrevistador – caso o entrevistado sofra problemas de insanidade mental. A acusação, gravada em vídeo, é gravíssima e não deve passar em branco, até por uma questão exemplar.
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