Tempos novos, ou novos tempos. Qual é mesmo a diferença? Bem, a diferença somos nós que haveremos de fazer. Encarar o Ano Novo com fé e devoção. Andar com fé eu vou, que a fé não costuma falhar… diz o refrão da música, do hoje Ministro Gil. Como o brasileiro é pródigo em ter fé e dar um jeitinho, lá vamos nós. Mas que tá difícil tá! Dizem que há melhoras, mas não chegou ainda aqui na ponta. Sinto a pancada quando vou ao mercado, os caras “tão dando no pescoço”, e os especialistas da economia dizendo que estamos crescendo… eu hein!
Fé mesmo eu tenho é em Deus e no meu Bahia… no meu Bahia?… ui!! Sei não. Do jeito que as coisas andam nem quero pedir a Deus pra chegar à série A, pois posso ficar decepcionado com a minha fé se Ele não me atender. Contente Ele não está com esse pessoal do Bahia, também tem essa. Pesadelos eu tenho tido, acordo no meio da noite suando que nem tampa de cuscuzeiro, pois nessas minhas incursões pelo mundo estranho dos pesadelos já estive várias vezes no barranco do Barirí do Engenho velho de Brotas e no campo da Liga do Monte Serrat, torcendo, alí, fiel, para o Bahia subir à série C. Isso mesmo, meus pesadelos já me levaram de volta à série C não uma vez, dez. Por isso é que tenho que ter fé, no mínimo de permanecer na série B. Como diz o ditado: “farinha pouca, meu feijão primeiro”.
Pesadelos à parte, este ano é o ano da decisão. Sabemos que a Fonte Nova não vai ser possível por pelo menos uns três anos. Depende do que o governo resolva a ser feito com ela, poderá acontecer uma nova Fonte só em 2014. Mas o Bahia não pode e não deve parar por mais três anos, é preciso pensar esse Bahia à médio prazo, aparecer logo alguém que se disponha a colocar tempo e inteligência a serviço do mesmo, isto pensando nas eleições do Clube lá por volta de Setembro. Particularmente, mais uma vez, eu não estou contando e nem sonhando com títulos neste ano. Se a coisa já estava ruím, ficou pior sem a Fonte Nova.
A galera tá furiosa porque as contratações não estão saindo à altura da expectativa. Mas como fazer boas contratações com o campeonato baiano já deficitário de outras épocas para o Bahia, tendo neste ano o mando de campo em Camaçarí? Seria insensato exigir isso agora, não há caixa e nem perspectiva deste, e isto é consequência de um Bahia mal pensado ao longo dos anos e mal administrado como clube grande que é. A filosofia administrativa atual seria compatível com um time sem torcida, sem o apelo nacional que tem o Bahia. Daí que se a situação permanecer por mais três anos a CBF vai ter que arranjar uma série D para não deixar clubes pequenos fora do seu calendário.
Noutro dia lí na seção Radar da revista VEJA que o presidente Lula, numa reunião com empresários da indústria petroquímica, em tom sério numa primeira investida num outro assunto, e depois em tom de brincadeira pediu a dois empresários Petroquímicos que ajudassem o seu time de coração, o Corínthians. Os empresários se esquivaram. Um dizendo que era torcedor do Palmeiras, o outro dizendo ser torcedor do Bahia, aliás, novo rival do Corinthians na Segunda Divisão. Só quero mostrar com isso que grandes empresários são torcedores do Bahia, que é preciso alguém buscar esse potencial no empresariado a nível nacional, inclusive, e trazer para investir no Clube.
O certo é que a cruzada pró mudança no Bahia tem que começar agora, neste início de ano. Deixemos as vaidades e os interesses sórdidos de lado e sigamos buscando efetivamente uma solução para o Bahia numa escala de porte maior. O Bahia é grande e precisa ser governado com grandeza, já chega dessa mentalidade de caciques no seu comando, o Bahia não é uma tribo, é uma nação. Porém que não apareçam aventureiros e empresários falidos para tentar tirar proveito da marca Bahia. O Bahia precisa de homens e não de oportunistas.
Ronaldo Fenômeno, que nem é mais fenômeno assim, tá com um pé no Flamengo. Na verdade só de o Flamengo anunciar o interesse por Ronaldo, várias empresas procuraram os diretores do Flamengo querendo patrocinar o jogador. O fato é que, pelo menos neste episódio, o marketing inteligente funcionou na Gávea. Jogaram a isca e o mercado se atirou a ela. Aqui no Bahia a coisa é pequena porque pequeno é como pensam seus diretores. Gostaria de ver se uma equipe profissional de marketing, atuando em cima da marca Bahia, não traria soluções à curto prazo. É claro, só traria!
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Nonato saiu, mas botou a boca no trombone, disse que o Bahia sofria determinados problemas porque seus diretores não cumpriam com as suas palavras. O salário ele recebeu em dia, mas o prêmio pela classificação é que é o nó da estória.
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Elias ameaçou ir pelo mesmo caminho de Nonato, aí foi aquela correria e calaram a boca do rapaz. Moral da história: no Bahia quem não grita não recebe. Pelo menos deu a entender isso Ruy Acyolli.
Feliz 2008 para todos!
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