Desinteressante a fórmula do campeonato baiano deste ano. Não dá para compreender, não é coerente, pode punir desastradamente aquele que fez a melhor campanha até aqui. Como é que um time faz a melhor campanha, e depois com apenas uma derrota, poderá perder o campeonato? Culpa da Federação não é, a culpa é de quem aceitou tal estupidez, principalmente os dois maiores do nosso futebol.
Mas tem um detalhe: todos eles que concordaram com a fórmula, pricipalmente Bahia e Vitória, pensaram em passar a perna um no outro. É a tal lei de Gerson, todos querem levar vantagem. Porque se alguém não for bem nos pontos corridos da primeira fase, pode se recuperar e ser campeão num universo de 18 pontos, ou menos, depende. Pensaram.
Se o Bahia ou mesmo o Conquista, for campeão, menos mal. É justo. Mas qualquer dos outros dois que venha a ganhar o campeonato, não será tão justo assim. Acho que alguma vantagem haveria de ser dada ao Bahia como líder inquestionável devido a campanha regularíssima da fase anterior. E ao Vitória da Conquista, também, alguma vantagem deveria ser auferida.
Pra ser bem sincero, eu não acreditava que o Bahia com tantas adversidades neste ano, fosse tão longe! Na verdade, o Bahia não possui mando de campo algum, tem a desvantagem de ser nômade e apenas isto. Então ser o primeiro colocado não lhe dá vantagem alguma, exceto a obrigação de ganhar, à princípio, todas as partidas do quadrangular.
O jogo em Vitória da Conquista será o parâmetro para o Bahia. Se ganhar lá dentro ninguém segura mais esse time, até a última partida do quadrangular. É verdade que ainda não há um time pronto para a série B. Mas é verdade que o time para ganhar o campeonato baiano está pronto. É o que dizem os números que tornam os fatos favoráveis ao Bahia.
Ganhar do Vitória da Conquista por duas vezes, aqui dentro e fora, ganhar do Vitória da Bahia (desculpem, é só para diferenciar um do outro), lá dentro e lá fora, é algo que coloca o Bahia como favorito nesse quadrangular que começa domingo próximo 06/04. Mas mesmo assim, apesar dos pesares, o Vitória da Bahia (desculpem) ainda é o adversário que mais dificuldades tende à colocar nos objetivos do Bahia. Só pela tradição do clássico.
Tenho que falar aqui, por justiça, do grande comandante que tem sido Paulo Comelli. Um moço simples e organizado, que fala pouco e faz muito, que incutiu confiança nos seus comandados, confiança essa que foi transformada em arma para um objetivo maior. Méritos para quem o trouxe para cá. O Bahia, tudo faz crer, começou a ganhar o campeonato baiano a partir da sua contratação, e isto é relevante, não se pode desmerecer.
Foram boas as contratações de Cleverson e Cristiano, o time para a série B começa a ser montado de forma coerente. Tenho certeza que Paulo Comelli fará muito melhor com um grupo reforçado pela qualidade. Isto me parece um tanto obvio. Observem, não há casos de disse-me-disse, de brigas no grupo, de alguém fazendo carinha de choro por não estar jogando como titular… bem diferente do ano que passou, não?
Darci, eu que fui um dos críticos da sua contratação tenho que dar a mão à palmatória. É assim que os grandes profissionais fazem, calam os críticos com trabalho, competência e muita personalidade. Sem dúvida alguma, Darci é um dos principais responsáveis pela boa campanha do Bahia no campeonato baiano. Com a sua volta ao Bahia ele prova, também, que algo de errado partindo de Artur, o treinador anterior, o fez sair do Fazendão no ano passado.
Conquista, Itabuna, Ilhéus… e Feira de Santana, o quê é que há com o Fluminense de lá? Que políticagem é essa que impede o Flu de Feira, um time tão querido pelos baianos, de ocupar o lugar de destaque que ele merece? Feira de Santana está para Salvador assim como Campinas está para São Paulo, e o Flu de Feira deveria ser tão bem estruturado assim como é a Ponte Preta, por exemplo. Feira é uma cidade próspera.
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Depois dizem que treinador não ganha jogo! Zanata quase levou o Colo Colo ao quadrangular, rendeu-se ante o maior entrosamento do Vitória da Conquista. Ferreira, levou o Itabuna ao quadrangular. Falo desses times porque estavam na rabeira do campeonato e se recuperaram, mas o Fluminense nem alento deu aos seus torcedores. Palmas para o Feirense que fez bela campanha e ainda revelou alguns bons jogadores. É esse o objetivo dos campeonatos regionais.
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Apesar dos adversários, que vira e mexe estão procurando chifres na cabeça de cavalo, tentando colocar todo tipo de impedimento às obras do Pituaçú, que diga-se, necessárias por vários aspectos, mesmo assim o Governador Jaques Wagner vai levando de vento em popa a reforma do estádio. Tomara que logo após a conclusão de Pituaçú a Fonte Nova tenha a atenção que precisa ter do governo, também.
Aliás, por falar na Fonte Nova, tenho a honra de ser amigo de um engenheiro químico da Petrobrás, que é maior autoridade em corrosão aqui no Nordeste, com certeza entre os três melhores da Petrobrás no seu todo, que não cansa de me dizer que há tecnologia suficientemente adequada para a recuperação de toda a estrutura de ferro da Fonte Nova. Demolição, segundo ele, é absolutamente desnecessária e incoerente. Disse-me ainda que, o diagnóstico do estado da Fonte Nova (corrosão) poderá ser dado em 24hs.
Bato nessa tecla, mais uma vez, porque sempre fui contra a demolição da Fonte Nova. O Maracanã está aí novinho em folha, não é? Só lamento não estar autorizado a dar o nome do engenheiro, por motivos obvios, é claro. Mas achá-lo é a coisa mais fácil, Governador! Afinal o homem é da Petrobrás e mora aqui na Bahia. Apesar das suas constantes viagens para fora do País.
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