Continuo batendo favoravelmente na mesma tecla em relação ao treinador Renato Paiva, isso enquanto não derem a ele jogadores dignos do tamanho do projeto da Era City. Não adianta criticar o homem se ele não dispõe das peças necessárias para suprir deficiências gritantes. Seus equívocos, às vezes, são na tentativa de encontrar o melhor jeito de fazer com que o elenco lhe entregue alguma coisa boa quando solicitado por força das contusões e cartões. Essa é a dura realidade dos fatos.
Claro, há bons para ótimos jogadores no elenco, mas esses são poucos e nem sempre estão compondo integralmente o time que vai à campo, isso por força alheia à vontade do técnico. Tem jogador que toma cartão amarelo no banco de reservas – o que acho de uma imbecilidade a toda prova, assim como outros não menos imbecis comemoram gol tirando a camisa sabendo que será advertido com cartão amarelo –, o que aparentemente significa ausência de palestras sobre o aspecto disciplinar e comportamental específicos.
Esse lado disciplinar e a qualidade individual compromete todo um contexto. Se o treinador olha para o elenco e não vê opções confiáveis para substituir quem se machuca, vai fazer o quê? Não obstante há fatores que também culpam o treinador, como por exemplo a disciplina de Renato Paiva em se apegar demasiadamente à cronologia do departamento de fisiologia – isso é tão claro como a luz do Sol – quando essa predetermina qual jogador tem de ser substituído e em quais minutos do jogo.
Renato é induzido ao equívoco quando segue ao pé da letra – exageradamente – a orientação científica, pois, dá para perceber que na maioria das vezes, só substitui no limite físico determinado pela ciência e não pela deficiência técnica – Resende ao ser substituído tardiamente é um exemplo primário de como perder uma oportunidade de mudar o resultado de um jogo. É claro que não havia nenhuma certeza de que Daniel mudaria o jogo, mas havia a certeza de que Resende estava atrapalhando e isso já justificaria a sua ausência no início da segunda etapa.
O desequilíbrio que tomou posse do Bahia ao sofrer o primeiro gol no jogo com o Fluminense foi aterrador… uma paralisia mental que nem Sigmund Freud explicaria tal apagão em circunstâncias tão favoráveis, já que vencíamos com aparente tranquilidade – Freud, era médico pesquisador e criador da Psicanálise como tratamento das doenças mentais. Esse aspecto psicológico precisa e deve ser discutido incansavelmente com quem de direito nas hostes do Tricolor porque isso tem sido um fator negativo em momentos cruciais, principalmente ao “apagar das luzes”, como se diz popularmente — vale dizer que no passado toda essa situação era ao contrário.
Sofrer os gols que o Bahia sofreu contra o Fluminense, é culpa do treinador que não joga, ou de quem não está mentalmente confiante? Por que cargas d’água os gols que o Bahia vem tomando são absolutamente consequências das falhas individuais? Tornam-se eventualmente inaptos, em algum momento do jogo – o popular apagão –, esses atletas por falta de um trabalho executado com mais acuidade por profissionais específicos na área da psicanálise? Imagino que milhares de torcedores também questionem esse aspecto.
Aí vem a ‘janela”, esperemos para ver o que trará de novidade para o torcedor Tricolor, porque com esse plantel que se tem atualmente não há trabalho de treinador que dê equilíbrio à inconstância que se verifica no Bahia – o pior é que se já não bastasse de angústias, surge a dúvida sobre a chegada de Gilberto ao Bahia porque o Benfica não quer abrir mão do jogador. É como tenho dito: não adianta a impaciência porque nada será resolvido a contento antes que se cumpra o tempo da maturidade de um projeto. Como diz Paulinho da Viola em um refrão numa das suas belas composições musicais, “faça como o velho marinheiro que durante o nevoeiro leva o barco devagar”. É isso, por enquanto.
DOUGLAS FRANKLIN
Tenho o privilégio da sua amizade desde a nossa juventude, dificilmente passa dia sem que não nos falemos, ora por telefone, ora por mensagens de texto ou áudio. Recentemente o meu amigo passou por uma cirurgia muito delicada e nos deu um susto enorme! Mas Deus Poderoso está à frente de todas as nossas dificuldades e está cuidando desse amigo-irmão muito de perto, haja vista sua ótima recuperação a passos largos. Saúde! muita saúde, irmão!! Te aguardamos em outubro aqui na Terrinha.
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