Ávine passou mais de um ano sem jogar futebol, praticamente. Machucava, operava, voltava, machucava de novo outra coisa, tratava, ad eternum. Enfim, desde o Baiano do ano passado que ele não está apto a jogar. Até agora. Finalmente, parece que Ávine pode jogar, curado dos problemas físicos. Mas, ainda, não está jogando bem, sobretudo para o que se espera dele. E, assim, tem sido preterido (como contra o São Paulo) ou substituído, gerando improvisações (como ontem contra o Grêmio).
Mas eu acho que temos que dar tempo a Ávine. Souza, quando chegou, vinha de um bom tempo sem atuar regularmente no Corinthians. Levou mais de seis meses sendo esculachado pela torcida e imprensa, até que passou a jogar bem e hoje é indiscutível no nosso ataque. Zé Roberto chegou esse ano, vindo de contusão e de um certo tempo de inatividade. Agora, em agosto, começa a mostrar um bom futebol. Outro que precisou de mais de um semestre pra calibrar.
Por isso que eu peço tempo a Ávine. Não acho que ele é o lateral que, na Série B, achávamos que ele seria na Série A. Mas tenho certeza que ele é muito melhor do que o que estamos vendo nesses poucos jogos em que ele atuou desde sua volta. Claramente, as pernas não acompanham as idéias da cabeça. A técnica que existe não consegue ser demonstrada. Falta ritmo de jogo, falta tempo de bola, falta a agilidade de movimentos. Coisas que, jogo a jogo, serão readquiridas e aprimoradas. É preciso um pouco de paciência e algum senso de justiça com o jogador.
É óbvio eu não quero um jogador enterrando o meu baba. Mas acho que Ávine está longe de ser a carniça que atrapalha o time. Não sei se o preparo físico dele ainda não está 100% pra jogar 90 minutos. Mas, ontem, contra o Grêmio, por exemplo, eu preferia ter continuado com Ávine em campo a ter improvisado Hélder de lateral. Deixa o rapaz jogar, que acho que ele, meio pereba do jeito que está, é melhor que Hélder improvisado ou Gerley no seu melhor dia. E eu aposto que ele vai evoluir bem, jogo a jogo. É só jogar.
Bom, sobre o jogo de ontem, nem vou falar nada, porque só em lembrar a roubalheira já me dá asco. Os lances não serão revistos, os pontos não irão voltar, mas a direção do Bahia tem, sim, que fazer zoada em cima disso. Representação na CBF, assumir uma postura e uma posição. É bem mais justo que nota de repúdio em cima de jornalista que critica a política do time.
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