Não é querendo fazer caça as bruxas, mas o Vitória computa na sua história dois títulos de Campeão Baiano que não são oficiais. Explico: esses dois títulos aconteceram quando tudo era amadorismo absoluto e nem estádios existiam, muito menos existia a FBF, que só foi estabelecida no ano de 1914. Portanto, não são 26 títulos, sim 24.
Tal arranjo foi feito à época em que Virgílio Elísio esse grande tricolor era o Presidente da FBF e Sinval Vieira seu diretor pessoa de bem, diga-se.
Acho que a FBF não deveria oficializar tais títulos, posto que o campeonato antes dela, FBF, era amador e os clubes sequer tinham alguma consistência de base legal. Ou seja, clubes não existiam oficialmente porque a entidade que rege o futebol simplesmente inexistia.
Então, um dia um torcedor e ex-diretor do seu clube de coração se torna diretor da FBF e resolve legislar em favor do seu clube… Ora, isso mais parece abuso de poder sem embasamento jurídico, não tenho dúvida!
Depois dizem que o Bahia ganhava seus títulos de forma ilegal… Não me consta nenhuma ilegalidade nos títulos do Bahia, ganhava pelo carisma e pela natural condição de ter nascido para vencer, ganhava pelos times que possuía, daqui a pouco aparece quem venha dizer que o Bi-Brasileiro foi arranjado também…
Nunca o Bahia vendeu mando de campo para prejudicar outro time interessado no resultado do seu jogo, tampouco vendeu o próprio jogo como teria acontecido insinua o Correio da Bahia à época no dia 24 de Novembro de 1996, quando o Vitória perdeu de forma bisonha um jogo para um ridículo Fluminense, que precisava ganhar e ganhou por 3×1 e torcer para que o Bahia não ganhasse o Flamengo, no Rio, evitando assim cair para a Segunda Divisão. O Bahia ganhou e o Fluminense caiu.
O jornal Correio da Bahia estampou na sua página de esporte, à época, a manchete VERGONHA com o rosto de Paulo Carneiro enfiado no corpo de uma zebra, em cima de um monte de notas de dinheiro. Está nos anais do Correio da Bahia e no meu modesto arquivo.
Mas é o livro de Osório, que muita gente jamais leu e diz que leu, que transforma o Bahia pela boca dos mentirosos leitores de Futebol, Paixão e Catimba em vilão. Para governo desses tais mentirosos, o livro de Osório em momento algum depõe contra o autor e muito menos contra o Bahia. Pelo contrário. Faz apologia ao que é moral e legal. Os estúpidos devem ler para então falar sobre o conteúdo do livro Futebol, Paixão e Catimba.
Mas retomando o assunto sobre os títulos do Vitória… Merece ser revisto sim, a bem da verdade e da própria legalidade, pela Federação Bahiana de Futebol. Não sei se querem mexer com isso, mas seria bom, até para dignificar a história rubro-negra e a própria FBF.
CRUZEIRO X BAHIA
O Botafogo já deu uma ajudazinha ao Bahia ganhando da Portuguesa neste sábado, agora é a vez do Tricolor fazer a parte que lhe cabe. Até o final do campeonato não haverá mais espaço para errar. Todo cuidado é pouco. Tem que ganhar lá fora para ter tranquilidade dentro de casa. Veja que o Santos perdeu para o Atlético-GO, isso mostra que não há galinha morta na competição.
ANDERSON TALISCA
Antes tarde do que nunca… Assim é que Talisca, esse jovem promissor egresso da Base tricolor deve ter pensado melhor ou foi mais bem aconselhado por alguém mais sensato e voltou atrás, aceitando uma boa proposta do Bahia para continuar por mais quatro anos. A lição serve para que outros jovens não tomem decisões precipitadas e busquem o diálogo com seus clubes de origem. Isto é questão de caráter, boa formação e reconhecimento ao clube que lhe formou.
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