Fim de ano é sempre tempo de olhar para trás e fazer um balanço do que aconteceu. Começamos 2022 por baixo, com um time sem perspectiva alguma e uma diretoria perdida. Disputamos um campeonato baiano de maneira medíocre, sequer chegando à etapa final. Na Copa do Nordeste, nosso destino não foi muito melhor. Lembro que muitos, eu incluído entre estes, tínhamos pouca fé na capacidade do tricolor disputar um campeonato brasileiro de maneira decente e ser capaz de dar alegrias ao seu sofrido torcedor, depois de um 2021 triste. Olhávamos para as contratações e éramos incapazes de achar uma que nos desse esperança.
Quis o destino que enfrentássemos o desafio do acesso durante 38 rodadas e, em todas elas, não saímos do G4, apesar de três treinadores e de esbanjarmos incompetência nas rodadas finais. Quis o acaso que um jogador de pouco prestígio na chegada fosse a maior estrela de nosso ataque, Jacaré. Quiseram os deuses do futebol que tivéssemos acumulado gordura o suficiente para lidar com a falta de critério da diretoria nas substituições dos técnicos e com a cartolagem da CBF e do STJD após encerrado o campeonato em campo, para beneficiar o carioca Vasco da Gama.
O ano do futebol, atípico por conta da Copa do Mundo, não podia se encerrar de maneira mais prazeirosa para o torcedor tricolor. Aprovamos a transformação do Bahia em Sociedade Anônima do Futebol (SAF) e também a escolha, como sócio para conduzir essa empreitada, de nada mais que o maior grupo investidor do futebol mundial, o City Football Group (CFG) ou simplesmente City, proprietários do Manchester City. E, para melhorar o clima natalino dos torcedores tricolores, não precisamos esperar muito para ver chegar as primeiras contratações dos novos gestores do clube. Seja na área de gestão do futebol, seja na surpreendente contratação do treinador, seja no anúncio de jogadores, o plantel é de dar inveja aos clubes tradicionais do centro-sul do Brasil. E é para nos deixar com água na boca, torcendo para se iniciarem as competições para vermos como nos comportaremos em campo com essas novas peças, de dentro e de fora dos gramados.
Claro, estamos também no momento de olharmos para frente e enxergamos nossas perspectivas no futuro próximo. É difícil antecipar como o Bahia vai atuar sobre esse novo comando técnico e administrativo. Mas, é muito fácil perceber que o torcedor já inicia o ano aliviado por saber que estamos nas mãos de profissionais e que deixamos para trás a era do amadorismo no futebol. Novos tempos nos esperam. Que este artigo seja o epitáfio de um Bahia recente que não deixa saudades e que possamos brindar no futuro breve pelas conquistas que as decisões dos sócios em 2022 nos trarão! BBMP!!
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