Acabou o que já sabíamos terminado desde a derrota para o próprio Atlético em BH. Adeus Copa do Brasil! Agora é focar no brasileirão e tentar pelo menos não ficar nessa briga de rochedo contra o mar, sendo a ostra. Desmontaram o time — que era sofrível — quase no meio do campeonato e não repuseram à altura. Coisas de contratos mal feitos com jogadores e seus “donos” por dirigentes incipientes no quesito futebol.
Certo é que se nem o Presidente Tricolor consegue se encontrar num meio que definitivamente não é o seu, e, muito menos é o do eterno vice-presidente, consequentemente é melhor o torcedor não se iludir e viver um jogo após outro até o final desta temporada e, se passar incólume para o outro ano, deve proceder da mesma forma na próxima temporada porque melhor do que se tem não será possível. Não com a diretoria atual. Bellintani prometeu uma nova gestão enfatizando uma revolução no futebol que jamais aconteceu.
Um remendo aqui e outro acolá, e empurra-se essa situação de incertezas entre um jogo e outro como faz um náufrago lutando contra afogamento, ora imergindo e ora emergindo em águas agitadas. Se não houver uma mudança estrutural nesse barco chamado Bahia, daqui a dois anos e meio aproximadamente, a toada será a mesma nos anos seguintes e nada de melhor que agora acontecerá.
É por essas e outras que clamo sempre nesta coluna; associe-se ao seu clube porque só assim haverá salvação. Fora disso nem reclame porque senão será como dar murro em espuma densa e gritar no deserto onde a voz não tem eco. Associar para mudar é o traçado mais reto da sensatez.
Esse “garimpeiro” que chamam de DADE deve servir apenas para manter diretor de futebol com o traseiro numa confortável poltrona e mostrar números fabulosos de eldorados imaginários repletos de jogadores “sensacionais”. Entretanto, acho até que alguém já sente remorso pelas lagartixas atiradas em Diego Cerri. Coitado, teria de haver um culpado…
Atualmente Cerri é o Diretor Executivo do Grêmio Porto Alegrense onde chegou para arrumar a casa a partir de Junho próximo passado. Ou será que alguém pensa que o Grêmio não disputará, no mínimo, a Libertadores do próximo ano? Quem duvidar verá.
Existem trocas que são seis por meia dúzia e aí fica tudo no mesmo “mané joão”. Está claro que a troca feita na diretoria de futebol Tricolor até agora não surtiu nenhum efeito de resultado prático. Lucas Drubscky pode até se tornar esse diretor no futuro, mas por enquanto faz estágio no DADE. Chavare… em minha opinião seria decepcionante se não fosse a dúvida que paira sobre as condições que ele talvez esperasse ter para trabalhar e não estão lhe dando — é o que parece diante de tão poucas ações.
Mais uma vez usando metáforas digo que o legítimo garimpeiro é o que vai à procura do ouro no meio do mato, nas encostas das montanhas ou nos leitos dos riachos e rios não perenes, são os lugares onde ele pode surgir. Todavia, no Bahia a filosofia é buscar o “ouro” no ourives, onde nem sempre esse “ouro” tem os quilates garantidos pelas ourivessarias.
Os argumentos acima são para deixar claro que o impacto da incompetência administrativa no departamento de futebol reflete no campo onde a bola rola. Só após 450 minutos sem marcar um mísero gol, o time conseguiu um resultado que, se não foi bom para seu obetivo maior, pelo menos deu uma freada nas derrotas em série e deixa o estado anímico dos jogadores bem melhor para enfrentar o Cuiabá.
Por falar em Cuiabá, lembro-me de Clayson que está emprestado a esse mesmo adversário do próximo Sábado, que segundo Cerri não teria custado 4 milhões ao Bahia… E não foi devidamente esclarecido ainda. Se não foi, que a diretoria diga o motivo, ou, se isto é verdade ou mentira, porque Cerri disse ao GE o seguinte; “O Clayson todo mundo ficou louco para trazer. A gente comprou por 1,8 milhão e saímos do Parque São Jorge comemorando, eu e o Guilherme.
Sobre o caso Léo Ceará, que ficou parecendo uma tacada de mestre de Bellintani (com qualquer coisa do tipo se colar colou), disse Cerri; “Para se ter uma ideia, insisti com os caras (…) e fiz um pré-contrato com Léo Ceará. O Bahia saiu com 1,6 milhão. O Vitória, que era o clube dele, não ficou com nada. Liguei para o Vitor — Ferraz — e pedi para ele correr no aeroporto para fazer um pre-contrato, Léo já ia viajar”.
Cerri falou essas coisas se defendendo e evidentemente trazendo esses créditos dos fatos para si porque esses estavam indevidamente com o Presidente Tricolor.
No Bahia a cultura do anacronismo continua e eu pensava que não. As coisas que acontecem lá dentro ninguém sabe exatamente e com isso o torcedor do lado de cá do muro fica ouvindo e acreditando no que Guilherme e Ferraz dizem. Acho que o torcedor merece da diretoria um algo a mais de transparência, que aliás, é cantada em versos e prosas pela diretoria… Será que a premiação e os salários estão em dia? Tudo vira dúvidas no Bahia quando se vê o time apático em campo jogando sem alegria.
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