NÃO GANHAR o campeonato baiano é o fim do mundo? Qual nada!… o Bahia tem o privilégio de uma outra decisão de maior relevância. É a vida que segue seu curso porque o Bahia não pode parar. Claro, preocupa sim, o fato de que o Tricolor não foi capaz de ganhar o fraquíssimo campeonato baiano.
De boa vontade vou apenas relembrar que o Bahia perdeu o campeonato no regulamento porque mostrou no curso da competição que este não era prioridade, ao alternar times durante a competição. Mas não foi e nem é este o mal.
O mal é diagnosticado em todos os finais de temporadas e continuam os dirigentes fazendo a mesma coisa maçante de sempre. Campeonato baiano não é parâmetro para a definição de um time bem preparado para a competição maior do nosso futebol, mas planejar o ano com eficácia é o que dá esse parâmetro.
Daí que acho de maior importância a Copa do Nordeste, principalmente em sua fase decisiva devido ao fato de a disputa ser entre os dois melhores clubes de futebol do Nordeste no atual cenário, porque a Liga Nordestina nas finais dá uma ideia de como estamos em relação aos clubes do Sul e Sudeste.
Sem essa de que não tem orçamento para fazer um time capaz de chegar no “brasileirão”, porque não é chegar exatamente o que a torcida exige. Ela quer que o seu clube esteja entre os dez melhores colocados, porque a partir disso fica mais fácil conseguir uma vaga para a Libertadores, e, convenhamos, estar nesse primeiro pelotão significa real condição de conquistas.
O que não adianta mesmo é em cima da perna contratar a inutilidade de outros clubes como nome de peso e depois dizer que é o Barcelona do Nordeste. Nesse caso, nome não joga, o que de fato joga é a determinação da entrega à camisa, da condição física e do amor pelo que faz — assim como Zé Roberto no Palmeiras que aos 43 anos é titular.
Allione e Régis, só para citar estes, era uma parte inútil no Palmeiras, porque jamais tiveram chances de mostrar o que efetivamente têm para dar. Sabíamos, porém, de antemão, que eram diferenciados na Argentina e no Sport, respectivamente. É assim que a diretoria do Bahia tem de agir, buscando a qualidade em detalhes.
O Bahia não contratou os dois jogadores citados acima pelo simples motivo de pertencerem ao Palmeiras — o mais qualificado elenco do Brasil –, sim pelo que fizeram em seus clubes de origem e ainda hoje pretenderem saltos maiores no futebol. São jogadores que aspiram de fato um lugar de destaque no cenário do campeonato nacional e que visam a extensão de suas carreiras.
CONCEITO
Gosto tanto do campeonato estadual que se dependesse de mim ele nem existiria mais. O modelo faliu e os dirigentes da FBF não conseguem reinventá-lo. Polos como Conquista, Feira de Santana, Juazeiro, e, rivalidades como Itabuna e Ilhéus não conseguem sequer apoio para viabilizar seus respectivos representantes às conquistas capazes de colocá-los na série B nacional.
DETALHE IMPORTANTE
A Chapecoense transformou uma tragédia em aprendizado de como se construir um grande clube. O Paraná Clube eliminou Bahia e Vitória de uma competição nacional e nem a elite do futebol ele pertence… é com esses detalhes que os dirigentes do futebol da Bahia precisam se preocupar.
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